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A expectativa pela F1 e MotoGP, mas tivemos NASCAR e Sebring PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 March 2021 08:57

Olá leitores!

 

Tudo bem convosco? Mais uma semana de expectativa para o começo das temporadas de Fórmula 1 e de MotoGP, mas felizmente tivemos Endurance e NASCAR para saciar nosso desejo por assistir corridas.

 

Após as 24 Horas de Daytona, outra prestigiada corrida de Endurance aconteceu na Flórida, as 12 Horas de Sebring. Mais uma vez a participação brasileira na categoria esteve garantida, e pelo que me lembre (minha memória não é a coisa em que eu mais confio em mim mesmo) foi a primeira vez que tivemos brasileiro no pódio sem ser na pista... explicando: a equipe vencedora na Geral e na categoria principal (a JDC-Miller Motorsports) tem como diretor esportivo o sobrinho do maior nome do automobilismo brasileiro, Christian Fittipaldi. Sim, o trio de pilotos do Cadillac DPi #5 é francês (Sébastien Bourdais/Loïc Duval/Tristan Vautier), aliás o que Bourdais fez nas voltas finais, com o aerofólio traseiro danificado, foi coisa de gênio. Chegou a ser dito que o trio do Cadillac #5 foi beneficiado pela falta de sorte dos ditos “favoritos” da prova... não tenho certeza disso. Em uma corrida de 12 horas de duração, vence quem erra menos... e eles erraram menos. Todo mundo (eu disse TODO MUNDO) errou, e calhou que os erros deles foram mais suaves. Tiveram sorte da asa traseira não apresentar problema antes? Tiveram. Assim como tiveram sorte de, no final, estarem com o piloto mais habilidoso do trio (Sébastien Bourdais) ao volante para controlar o carro com problemas de estabilidade nas voltas finais. Eles foram acompanhados no pódio pelo Mazda DPi #55 de Jonathan Bomarito/Oliver Jarvis/Harry Tinknell em 2º lugar e pelo Acura DPi #60 do trio Dane Cameron/Juan Pablo Montoya/Olivier Pla no 3º lugar. O triste espetáculo da LMP2 (1º e 2º colocados na mesma volta, 3º colocado 78 voltas atrás...) foi vencido pelo trio Scott Huffaker/Mikkel Jensen/Ben Keating no carro #52, ao passo que a crescente categoria LMP3 (que continua com tempos de volta mais altos que os GTLM, mas ao menos dessa vez teve mais competitividade que nas 24H de Daytona) apresentou uma situação bem mais interessante, com os 3 primeiros na mesma volta e 4º e 5º colocados apenas uma volta atrás. No mundo dos GTs, a GTLM teve a vitória caindo no colo do Porsche 911 RSR #79 do trio Matt Campbell/Mathieu Jaminet/Cooper McNeill depois que o piloto do BMW M8 #25 escolheu lugar e momento errado para tentar ultrapassar o Corvette C8.R #3 e ambos saíram da pista. Com o Corvette tendo de voltar aos boxes para consertar os danos recebidos e o BMW recebendo uma (merecida, por sinal) punição, deu Porsche na cabeça. Mesmo com a punição pela manobra estabanada, o BMW #25 ainda ficou com o 2º lugar na classificação da categoria, com o outro BMW #24 do trio John Edwards/Augusto Farfus/Jesse Krohn ficando com o degrau mais baixo do pódio da GTLM. Já na GTD, dobradinha da Porsche, com 1º e 2º lugares ficando com os modelos 911 GT3-R #9 de Lars Kern/Zacharie Robichon/Laurens Vanthoor na frente do #16 pilotado por Jan Heylen/Trent Hindman/Patrick Long. A ressaltar que o carro #9 largou lá no fundo do pelotão, uma dessas recuperações propiciadas apenas por corridas de longa duração. Completando o pódio tivemos o Aston Martin #23 de Roman de Angelis/Ross Gunn/Ian James, herdando a posição que poderia ser do Porsche #88 do trio feminino Bia Figueiredo/Katherine Legge/Christina Nielsen, pódio esse que teve que ficar para uma próxima vez. Foi um grande retorno às pistas para a Bia, e já disse antes e repetirei agora: no lugar dela, eu me mudaria em definitivo para os Estados Unidos. Lá ela é respeitada (coisa que quase nunca o foi aqui na República Sebastianista da Banânia), tem oportunidades de correr que dificilmente terá aqui, terá com toda a certeza um ambiente muito melhor para criar o filho dela, apenas o fator “ficar próximo dos parentes” é favorável à permanência dela nessas terras aqui.

 

No mundo da Fórmula 1, o grande assunto da semana foi o lançamento da 3ª temporada da série da Netflix “Drive to Survive”, em que Valtteri Bottas teria exibido sua alva região glútea para as câmeras... felizmente deve ter aparecido em algum dos momentos em que eu percebia que a entrevista seria com o Bottas e saía para pegar mais gelo para o refrigerante, ou mais salgadinhos, ou algo do gênero. Fiquei sabendo dessa aparição depois ao conferir postagens femininas no Twitter encantadas com os glúteos do “gluteão” (se preferirem e não entenderem o neologismo por mim criado, o “fat bottomed driver”)... não vi toda a temporada, mas até onde vi (o episódio tratando da Ferrari) achei inferior à primeira e segunda temporadas. Vamos ver se até o final da temporada melhora... afinal, ano passado foi pródigo em assuntos para uma temporada do Drive to Survive, seria realmente uma pena se eles não aproveitassem. Tenho a dizer, entretanto, que senti-me representado por Sebastian Vettel, seu começo de calvície e sua barriguinha de chope, #tamojunto, Vettel. No mais, muito buxixo proveniente dos 3 dias de testes de pré temporada, que convenhamos não serviram para muita coisa, então... passarei batido.

 

No mundo das duas rodas, aparentemente na primeira etapa da temporada teremos mesmo a presença de Marc Márquez. O processo de recuperação está sendo acelerado, e parece que o HRC não quer mais deixar seu mais precioso investimento parado. Em tudo correndo como esperado pelo HRC, creio que no meio da temporada já deverá ter recuperado a velha forma. Como em tese a moto desse ano não foi feita “sob encomenda” para o estilo de pilotagem do #MM93, vamos ver como ele se comportará, ou se entregarão para ele um chassi 2020, que foi feito ao gosto do espanhol. Muitas dúvidas, que espero sejam respondidas já no próximo final de semana.

 

A NASCAR Cup foi até Atlanta para uma corrida que, se não foi sonolenta como um fim de tarde de domingo, também não ofereceu diversas emoções como a prova da Xfinity Series no sábado, que teve direito até a “troca de carinho” entre Daniel Hemric e Noah Gragson após a bandeirada. Justiça seja feita, Gragson mereceu uns sopapos após dar ré nos boxes e acertar o Hemric... pena que a turma do “deixa disso” sempre chega para atrapalhar o espetáculo. Mas voltando à categoria principal, tudo indicava que a vitória ficaria com Kyle Larson, que não apenas venceu os dois primeiros estágios como estava com tudo encaminhado para vencer o estágio final... até que começou a perder rendimento no final, pouca coisa, mas o suficiente para ser ultrapassado por Ryan Blaney, que teve uma progressão interessante: 3º no primeiro estágio, 2º no 2º, e vencedor no estágio final. A Larson restou o consolo de um 2º lugar e de ter liderado 269 das 325 voltas da corrida. Ele parecia bem chateado na entrevista ao final da prova... em 3º chegou Alex Bowman, em 4º Denny Hamlin e fechando o Top 5 veio Kyle Busch. Estou na expectativa para a próxima corrida, afinal será em Bristol (pista que por si só eu já gosto muito)... coberta de terra. Vi imagens do trabalho de colocação e compactação da terra na pista e... que trampo animal. Enfim, nesses tempos de pandemia ao menos garantiu emprego para um bocado de gente na região.

 

E mais um grande nome das pistas nos deixou semana passada: infelizmente Sabine Schmitz, a Grande Dama do automobilismo, a Rainha de Nürburgring, nos deixou na terça-feira aos 51 anos após perder a corrida contra o câncer. Acho que todos os necrológios a respeito dela falaram do recorde de volta com um Porsche GT3 naturalmente aspirado, que ainda permanece com ela. Ela foi a primeira – e até agora única – mulher a vencer as 24 Horas de Nürburgring, e por duas vezes (1996 e 1997), foi a primeira a oferecer o serviço de “Taxi-Ring” no Nordschleife, e conquistou fãs ao redor do mundo com suas aparições no programa Top Gear e suas bem humoradas interações com Jeremy Clarkson. Tenho certeza que assim que ela chegar nas pistas do Além ela chegará ao recorde de volta com facilidade... resquiat in pace, Sabine. Muito triste uma perda dessas justamente no mês em que se celebrou o Dia Internacional da Mulher.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini