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A Fênix de Nashville PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 17 March 2021 20:51

Caros Amigos, Acredito que muitos de nós já ouvimos que “todos merecem uma segunda chance.” Normalmente, esta colocação costuma vir atrelada a um erro que alguém possa ter cometido.

 

E quando alguém acaba sendo vítima, julgado e condenado, independente de ter feito algo? Todos nós merecemos uma segunda chance para recomeçar, trilhar uma nova jornada, se redescobrir, se reinventar.

 

Muitos dos meus estimados leitores certamente já devem ter ouvido, mesmo que superficialmente, sobre a lenda da Fênix. Ela surgiu no Egito antigo, milhares de anos antes de Cristo, representando a imortalidade e os ciclos da natureza. Segundo o mito, quando sentia que ia morrer, a fênix montava um ninho com incenso e outras ervas aromáticas para ser incinerada pelos raios do Sol. De suas cinzas, nasceria uma nova ave. Assim que se sentia forte, a nova fênix embalava as cinzas de onde surgiu em um ovo de mirra e o transportava para o templo do deus Rá, na cidade de Heliópolis.

 

Neste final de semana teremos o retorno às pistas de Ana Beatriz Figueiredo. Bia, como ficou conhecida desde a infância no kartismo, construiu uma carreira sólida e quando foi para os monopostos, venceu corridas na Fórmula Renault no Brasil e na Fórmula Indy Lights nos Estados Unidos, onde foi a primeira mulher a vencer nesta categoria em uma corrida na cidade de Nashville.

 

No ano passado, em meio a sua gravidez, viu seu nome envolvido com as investigações que envolveram seu sogro e seu marido. Mesmo sem que nada fosse feito em termos de acusações, suspeições ou ligações dela com os assuntos envolvidos, Bia Figueiredo perdeu seus patrocinadores – alguns de longa data – e ficou longe do meio automobilístico, até mesmo para se preservar durante a gestação.

 

Há algumas semanas, de volta ao meio, renascida como a mitológica ave da antiguidade, Bia Figueiredo surgiu forte e confiante. Além do reconhecimento por parte da Confederação Brasileira de Automobilismo, que a nomeou para representar o Brasil junto à Federação Internacional de Automobilismo no programa “Girls on Track”, do qual participaram em 2020 as pilotos Julia Ayoub e Antonella Bassani, que a própria Bia acompanha há alguns anos.

 

Com uma carreira respeitada fora do Brasil, Bia Figueiredo foi convidada por Katherine Legge e Christina Nielsen para reeditar o time feminino que já disputou algumas corridas nos Estados Unidos e estará na pista neste final de semana nas 12 Horas de Segring, tradicional corrida norte americana. Por esta equipe, no ano de 2019 Bia Figueiredo fez o melhor tempo nos treinos da categoria nas 24 horas de Daytona.

 

Assim como a Fênix, que Bia Figueiredo possa voar muito alto, mostrar que todos merecem uma segunda chance e que tenha sucesso em uma carreira internacional. Grandes pilotos brasileiros tem capacidade para isso e você é um desses pilotos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva