Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

Estou devendo para a galera que me acompanha e para os pilotos brasileiros que eu acompanho. Mas o motivo foi sinistro. Peguei o covid19! Fiquei hospitalizado, mas graças a Deus não precisei ser entubado. Ainda estou afastado do trabalho, mas já estou em casa e me recuperando devagar.

Como todos sabem, nesse período entre as temporadas, vivemos aquilo que no mundo da Fórmula 1 alguns chamam de ‘Silly Season’, onde se falava muita bobagem e entre as bobagens, algumas coisas sérias, projeções ou mesmo previsões do que iria acontecer... e que muitas vezes acontece.

Vou ter que fazer uma recapitulação sobre o que aconteceu desde que fui forçado a ir para os boxes: Não consegui cobrir a última rodada tripla do FIA Ásia F3, onde o meu parceiro, carioca, Roberto Faria estava representando o Brasil. Na coluna anterior eu havia celebrado a excelente P5 na última corrida da rodada tripla, mas depois da corrida ele acabou recebendo uma punição e caindo para a P9.

 Roberto Faria teve duas punições que lhe custaram pontos importantes no campeonato, mas fez algumas boas provas na F3 Ásia.

A última rodada tripla não foi nada fácil em Yas Marina. Dois abandonos e uma corrida terminada na P11, fora dos pontos encerrou a participação do piloto brasileiro que, no total, somou 6 pontos, fruto das 3 P9 conquistadas e isso o deixou na 18ª posição no campeonato, vencido pelo chinês Guanyu Zhou. O próximo desafio de Roberto Faria é o campeonato inglês da F3, que terá início no final de semana 22 e 23 de maio, em Brands Hatch.

O que tivemos essa semana foi a pré-temporada da F2 com três brasileiros na pista: Felipe Drugovich pela Uni Virtuosi, Guilherme Samaia pela Charouz – ambos indo para a segunda temporada – e o estreante Gianluca Petecof, pela equipe Campos. Eles foram para a pista em Dubai, onde dagui há duas semanas farão a etapa inicial do campeonato com uma uma rodada tripla, nesse que é o novo formato da categoria. Serão duas corridas curtas no sábado e uma corrida longa no domingo.

 Caso a Uni Virtuosi mantenha o bom desempenho de 2020, Felipe Drugovich pode ser um dos favoritos ao título.

Nos três dias de treino pré temporada os pilotos (os três dias de testes foram divididos em uma sessão de manhã e tarde, com um total de seis horas de tempo de pista disponíveis por dia). A sessão da manhã era executada das 9h às 12h (horário local), enquanto a janela de teste da tarde era aberta às 14h e durará até às 17h (horário local).

As equipes tiveram a escolha de compostos duros e macios, com cada carro atribuído seis conjuntos de pneus prime (macios) e dois conjuntos de pneus opcionais (duros) para os três dias de testes, a mesma alocação que os pilotos receberão para a rodada de abertura da temporada. Logicamente isso provocou grandes variações nos tempos em cada uma das sessões. Além disso, não havia informações de quanto combustível os carros carregavam em cada saída.

 Guilherme Samaia aposta na mudança para Charouz e com a nova equipe ter uma temporada melhor do que no ano passado.

Entre as 6 sessões, tivemos momentos distintos dentro da mesma equipe e pilotos foram das primeiras as últimas posições ao longo dos três dias e isso fez parte da performance dos três brasileiros. Gianluca Petecof foi da antepenúltima posição da primeira sessão para a segunda posição na última ida dos pilotos na pista, deixando evidente que vamos precisar esperar pelos treinos oficiais na sexta-feira dia 26 para sabermos quem realmente vai estar em condições de sair na frente pela disputa do título.

 Gianluca Petecof fez uma aposta alta indo para a F2 e assinando com a Campos Racing, que precisa ter um desempenho melhor em 2021.

A Fórmula 3 só vai estrear em maio, quando a Fórmula 1 for para Barcelona, mas antes disso também teremos a pré-temporada da categoria e, ao menos para mim, ainda tenho a esperança de ver o anúncio de Igor Fraga para a disputa deste ano. As alternativas são poucas. A Hitech, onde ele treinou no final do ano passado e que seria uma ótima opção está completa e entre as que ainda possuem vagas disponíveis, a Carlin parece ser a melhor opção. Vamos torcer para termos outro brasileiro além da Caio Collet na categoria.

A minha próxima coluna deve ser a do último final de semana do mês, quando teremos a abertura da Fórmula 2 em Bahrain e nos Estados Unidos, teremos a abertura da Fórmula 4 FIA e da Fórmula Regional Américas. Ainda não temos confirmação de pilotos brasileiros para esta temporada, mas caso tenhamos, iremos acompanhar de perto como fizemos com Victor Franzoni no ano passado.

Farei todo esforço possível para manter o compromisso assumido em 2020, escrevendo todos os finais de semana sobre o desempenho dos pilotos brasileiros pelo mundo em busca de seus sonhos! 

Um abraço a todos,

Genilson Santos