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Written by Administrator   
Sunday, 15 November 2020 23:04

O automobilismo é algo que corre nas veias da minha família há mais de 50 anos. Meu pai foi piloto de velocidade na terra e desde os tempos em que eu era carregada num cestinho, que no Paraná, onde nasci, chamamos de “Moisés”, eu ia comer poeira nas pistas do estado e era embalada com o ronco dos motores.

 

Quando adolescente, fiz parte da equipe do jornal do colégio onde estudei e essa era uma grande paixão, mas a vontade de ajudar pessoas era algo maior e daí veio a opção pela psicologia. Assim, velocidade, jornalismo e psicologia foram três coisas que se estruturaram na minha formação como ser humano desde cedo.

 

Em 2010 eu descobri um site chamado Nobres do Grid e em 2011, com pouco tempo de formada como psicóloga e profissional concursada, descobri que poderia voltar a reunir minhas paixões em uma coisa só, escrevendo para um site de automobilismo, falando sobre psicologia e voltando aos tempos de escritora. Desde então, foram 204 colunas, publicadas quinzenalmente e diversas coberturas em autódromo desde que vim morar nos Estados Unidos.

 

O Nobres do Grid deu para mim o presente de poder estar nas pistas como eu ia na minha infância e adolescência. Pude conhecer pessoas, unir meu trabalho como psicóloga para fazer um trabalho cada vez melhor. Cresci como “jornalista” e como psicóloga, vendo aquelas pessoas lidando e trabalhando sob intensa pressão. Respeitei e conquistei o respeito de muitas pessoas.

 

Há três anos assumi o cargo de Editora Chefe e uma das primeiras coisas que disse a todos foi: aqui não fazemos automobilismo por dinheiro; fazemos por paixão! Esta frase, para mim, é uma pedra fundamental, um alicerce para todo um trabalho. Todos que vieram até nós, por convite ou por interesse próprio receberam de forma bem clara qual era a nossa filosofia de trabalho e como formamos um grupo unido em torno de uma causa.

 

Nada nunca impediu que pessoas pudessem fazer do site Nobres do Grid uma vitrine para ganhar visibilidade e mesmo ganhar dinheiro (nós nunca pedimos um centavo de quem conquistou patrocínios e/ou vendem produtos graças ao site). Afinal, como sempre disse, não fazemos automobilismo por dinheiro; fazemos por paixão! Além disso, sejam aqueles que escrevem semanalmente, sejam aqueles que escrevem esporadicamente, todos sempre foram tratados com a mesma consideração e respeito.

 

O respeito é um caminho de duas vias. Devemos respeitar as pessoas se queremos ser respeitados. Esse caminho nos leva a harmonia e ao entendimento. Mas há o momento em que além do respeito é preciso se observar a igualdade de tratamento entre todos. Todas as pessoas que trabalham ou trabalharam para o nosso site precisaram assumir compromissos. Nas nossas vidas nós sempre temos que assumir compromissos e quando não fazemos isso, acabamos por nos excluir. No nosso caso, no site Nobres do Grid, não há lugar para tratamentos diferenciados, privilégios ou “Primadonnas”.

 

Muitas pessoas já ouviram essa palavra, mas talvez não tenham o conhecimento de seu real significado. A origem italiana da expressão refere-se àquela pessoa que se acha autossuficiente; pessoa que faz o que acha ser certo ao seu ponto de vista; pessoa que faz o que quer. Em uma coletividade, pessoas com esse perfil psicológico acabam sendo um ser destoante, não se enquadrando em um trabalho em equipe.

 

Pessoas com vasto conhecimento e com muito a acrescentar sempre se destacarão, mas pessoas com este capacidade são pessoas que agregam, que somam, que elevam o padrão de um trabalho em equipe, estimulando o crescimento e não exigindo tratamento diferenciado, querendo privilégios ou tentando impor suas vontades. Pessoas assim não tem lugar entre nós. Pessoas assim são livres para seguir seus próprios caminhos, mas não conosco.

 

Meu avô não era psicólogo, era agricultor, mas na sua imensa sabedoria, dizia – entre outras coisas que me lembro – que “não é o rabo que balança o cachorro”! Assim, uma abertura que foi dada, termina. Não temos lugar para “Primadonnas”, mas espaço para quem tiver vontade de trabalhar (em equipe), este sempre haverá.

 

Catarina Soares

Editora Chefe