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Collet foi gigante em Ímola. Pettecof continua líder PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 01 November 2020 21:06

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Estamos na reta final dos campeonatos de 2020 e certamente eu teria outros assuntos para escrever aqui na abertura da coluna, mas sou obrigado a fazer uma abertura triste com a trágica notícia da morte do Sr. Amadeu Rodrigues na noite do último sábado.

 

Não o vi competir como piloto, mas soube por artigos históricos do seu grave acidente e do drama que foi sua recuperação, as cirurgias (48... uau), o corpo todo queimado... ele foi um sobrevivente e, como sobrevivente, foi mais além, tendo um grande sucesso como empresário e chefe de equipe. É disso que lembro dele, como chefe de equipe, principalmente na Stock Car.

 

Fica o sentimento de perda e dor, ficam o sentimento de solidariedade e o abraço aos membros da família que perderam este ente certamente muito querido por todos. Fica o sentimento do mundo do automobilismo em que, pelo que procurei saber, ele era muito querido e respeitado. Fique com Deus, Sr. Amadeu, obrigado por tudo.

 

Respirada funda e vamos falar de velocidade que esse é o nosso negócio como foi o do Sr. Amadeu Rodrigues. Neste final de semana tivemos mais uma etapa da Fórmula Renault Eurocup, em Ímola, com Caio Collet na luta pelo título, e na Alemanha, em Lausitz, uma rodada tripla da Fórmula Regional Europeia, com Gianluca Petecof defendendo a liderança do campeonato.

 

Fórmula Renault Eurocup

A categoria onde corre o brasileiro Caio Collet foi neste final de semana para o circuito de Ímola, bem modificado depois da morte de Ayrton Senna e com o privilégio de fazer uma das preliminares da Fórmula 1 no final de semana encurtado que a categoria fez, sem ter treinos na sexta-feira (algo que achei péssimo e que espero tão ver acontecer novamente, exceto em caso de chuva).

 

 Caio Collet não teve o desempenho de costume nos treinos do sábado, ficando com a P3, mas ficou no lucro com a P5 de Martins.

 

Seguindo o seu modelo de programa, que é de dois dias de pista, a Fórmula Renault Eurocup colocou seus carros na pista na manhã do sábado para a primeira das duas sessões de treino (cada uma com 20 minutos de duração). Os pilotos estavam com dificuldades para não ultrapassar o limite da pista e com isso muitas voltas rápidas foram deletadas, torna. Mudaram a representação de Caio Collet de COL para CLL. O que não mudaram foi a capacidade do brasileiro fazer voltas voadoras no final da prova, mas o grid ficou bem diferente das últimas corridas, com Caio Collet em 3° e Victor Martins, o líder do campeonato apenas em 5°.

 

Com a Fórmula 1 colocando alguma ordem na casa francesa, o treino 1 serviu para a corrida 1, como seria a lógica das coisas. Assim, na tarde do sábado vimos os carros irem para o grid onde teriam 30 minutos, mais uma volta, para a corrida do sábado, com Caio Collet largando na segunda fila e com uma boa chance de diminuir a diferença entre ele e o líder do campeonato.

 

 Depois de uma largada sensacional, ainda na primeira volta Caio Collet tomou a ponta para fazer uma corrida impressionante.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Caio Collet, aproveitando o fato de largar do lado mais emborrachado da pista, favoreceu o piloto brasileiro, que tomou a P2 antes da primeira curva, mas Collet foi fantástico e na curva seguinte atacou o líder, Lorenzo Colombo (que fez uma passagem pela brita na chicane da Tamburello), para tomar a assumir a ponta ainda na primeira volta.

 

Isso aconteceu antes da entrada do safety car, devido ao acidente na chicane da Tamburello no fundo do pelotão que deixou alguns carros atolados na caixa de brita. Martins era o 5°. Um detalhe que observei nos replays: Collet foi um dos poucos que não travaram rodas no contorno da chicane da Tamburello na aproximação da largada.

 

 De ponta a ponta caio Collet, diante dos olhos dos chefes de todas as equipes da Fórmula 1, venceu a corrida do sábado.

 

Depois de 3 voltas tivemos bandeira verde novamente e Caio Collet largou muito bem e manteve a ponta. Na mesma chicane da Tamburello, o 6° colocado, Greg Saucy exagerou, passou reto e ficou na brita, fazendo o safety car voltar para a pista. 20 minutos e nem uma volta sequer completada com bandeira verde. Essa foi rápida e na relargada Caio Collet foi novamente soberbo e manteve-se na liderança.

 

Colombo foi pra cima e após um erro de Collet o italiano colou no carro do brasileiro e tentou a ultrapassagem sem sucesso. Na volta seguinte, foi Colombo quem errou e acabou ultrapassado por Alex Quinn. Collet ganhou uma confortável vantagem com a disputa pena P2 que tinha um pelotão de 8 carros. Tranquilo na ponta, o brasileiro ia aumentando a vantagem fazendo volta mais rápida sobre volta mais rápida enquanto Victor Martins ficava preso atrás de Colapinto na P5.

 

 No pódio, Caio Collet ergueu o trofeu e fez o hino nacional brasileiro ser tocado em um autódromo icônico para nós, brasileiros.

 

O brasileiro fez uma grande apresentação diante de todos os chefes da Fórmula 1 em Ímola enquanto seu oponente repetiu erros e terminou apenas em 5°. Com isso Collet deu uma boa encurtada da diferença entre os dois e, caso conseguisse repetir o feito, poderia desestabilizar Martins, que demonstrou ser vulnerável quando sob pressão.

 

Na manhã do domingo tivemos o segundo treino classificatório, que dessa vez teria que ser para a corrida 2, que aconteceria apenas duas horas depois. Caio Collet só saiu dos boxes faltando 12 minutos para o fim do treino, que mostrava voltas mais lentas com uma temperatura mais baixa pelo horário do treino, mas na parte final a coisa ficou quente, com Martins na pole provisória e Collet na P3. Nos minutos finais o brasileiro conquistou a P2, mas com Martins na pole. E no pior lado da pista.

 

 No treino do domingo, Caio Collet (e seu grande adversário, Victor Martins) voltaram a monopolizar a primeira fila.

 

Ainda na manhã, poucas horas mais tarde, os jovens pilotos da categoria voltaram para o grid a fim de disputarem a segunda corrida do programa. Caio Collet estava lá, na primeira fila, precisando novamente de uma grande largada para ficar à frente do líder do campeonato. Apagadas as luzes vermelhas, Collet fez uma largada sensacional. Primeiro segurando Colapinto, depois, atacando o pole, Martins.

 

Ainda na primeira volta, David Vidales, que vinha em 4° errou, bateu em Franco Colapinto, cruzou a faixa de grama desgovernado e acertou o carro de Caio Collet, que estava saindo da curva, acabando com a corrida do Brasileiro que tinh tudo para superar o líder da corrida e tomar a ponta. Collet foi forçado a abandonar e – pior – viu Martins vencer a corrida e ampliar a vantagem na liderança para 33 pontos (282x249) e agora faltando apenas duas etapas para o fim do campeonato.

 

 Depois de mais uma largada sensacional e de estar brigando pela ponta, ainda na 1ª volta, Collet foi acertado por Vidales e abandonou.

 

Em Barcelona, na Espanha, Gianluca Petecof foi para mais uma rodada tripla da Fórmula Regional Europeia onde ele chegou liderando o campeonato, impondo-se entre os pilotos da academia da Ferrari sobre o irmão mais novo de Charles Leclerc, o piloto número 1 da Ferrari, Arthur.

 

Os treinos da categoria aconteceram todos no sábado e tem aquele formato de, carros na pista, três baterias de 20 minutos e em cada uma é definido os grid das corridas 1, 2 e 3. O piloto precisa achar logo o acerto ideal para fazer grandes voltas e largar na frente. Dessa vez Gianluca Petecof não conseguiu achar esse acerto tão rápido e ficou com a P7 para a primeira corrida, P5 para a segunda e a P3 para a terceira.

 

 Nos treinos para a rodada tripla da Fórmula Regional Europeia em Barcelona, Gianluca Petecof não foi tão bem como de costume.

 

Na tarde do sábado os pilotos foram para a pista para disputar a primeira da 3 corridas do programa não bastasse ter como complicação largar na quarta fila, Gianluca Petecof ao menos tinha o alívio de ver Leclerc largando apenas na P5, ou seja, uma posição de fila à sua frente e, em se tratando de Barcelona, de forma importante, estar largando do lado “limpo” da pista.

 

Apagadas as luzes vermelhas, o pole ficou parado e os carros da Prema se aproveitaram. Rasmussen foi para a P1, Leclerc para a P2 e Petecof para a P5, com Hauger e Pasma entre ele e os companheiros de equipe. Ao final da primeira volta, os 4 primeiros estavam compactos, com Petecof um pouco atrás, sendo atacado por Matteo Nanini, mas na volta seguinte ele já estava longe o suficiente para pensar em atacar ao invés de se defender.

 

 Gianluca Petecof fez uma grande largada, ganhou posições, mas ficou em sesvantagem para seu grande adversário, Arthur Leclerc.

 

O problema de “ninguém passar ninguém” na reta de Barcelona se repetia na categoria. Petecof era muito rápido na volta inteira, mas não conseguia chegar na tomada da curva 1 em posição de ataque e o pelotão da frente estava junto, com 7 carros. Foi só com um erro de Nanini que algo mudou na volta 7, afastando os 5 primeiros dos demais, mas o ritmo de Rasmussen não era forte o suficiente e o Lappalainen o alcançou em 2 voltas.

 

O ritmo era tão lento que o pole, Chovet, que ficou parado, recuperou a distância que ficou para trás, alcançou o pelotão, fez ultrapassagens e na volta 10 era o P7, no mesmo pelotão do líder. Pretecof não conseguia uma aproximação para atacar Pasma, contando com Lappalainen pra segurar Chovet. No terço final da corrida Petecof não conseguia mais acompanhar Pasma. Lappalainen e Chovet se aproximavam. O brasileiro ainda fez uma aproximação nos minutos finais da corrida, mas terminou a corrida 1 na 5ª posição.

 

 Assim como os carros de F1, os carros da Fórmula Regional também tiveram enorme deficuldade em fazer ultrapassagens.

 

Na manhã do domingo tivemos a corrida 2 onde Gianluca Petecof fez o 5° melhor tempo, atrás de seus companheiros de equipe, Oliver Rasmussen (P3) e Arthur Leclerc (P4). Na primeira fila, Hauger e Chovet. A vantagem de largar do lado limpo e emborrachado da pista continuava com o brasileiro ante seu adversário na luta pelo título.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Chovet largou mal de novo, ajudando Leclerc. Hauger pulou na ponta, com Rasmussen em segundo, seguido de Leclerc e Petecof, que também superou Chovet. O problema foi o Brasileiro tentar, por fora, na curva dois, tentar passar Leclerc. O Monegasco espalhou e Petecof foi parar na caixa de brita. Voltou pra pista, mas perdeu muitas posições, caindo para 10°.

 

 Após a largada da corrida 2, uma disputa com Leclerc Fez Petecof cair muitas posições e tendo que fazer uma corrida de recuperação.

 

O brasileiro teve que partir para tentar fazer uma corrida de recuperação em uma pista de difíceis ultrapassagens. A grande sorte (sorte de campeão?) foi o mal rendimento de Arthur Leclerc e outra grande corrida de Pierre-Louis Chovet, que não queria saber de dificuldade para ultrapassar e recuperou-se na corrida. Leclerc caiu para 5° e como Petecof conseguiu subir até a P6, mesmo não tendo chegado para brigar com o companheiro de equipe, o que vale são os 2 pontos que separam a P5 da P6.

 

Na tarde do domingo os pilotos voltaram para a pista, com sol e frio (13 graus). Gianluca Petecof não só tinha sua melhor posição de largada no final de semana como era o primeiro entre os carros da Prema, com Rasmussen ma P4 e Leclerc na P5. Uma boa largada seria fundamental para manter os dois carros da Prema atrás dele e fazer mais pontos do que Leclerc para continuar líder do campeonato.

 

 A largada da corrida 3 foi sensacional, com os 3 primeiros descendo a reta dos boxes lado a lado. 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Petecof largou muito bem, fez um three wide na reta com Chovet (que dessa vez largou bem) e Hauger, mas na sequência de curvas, sem ir para o tudo ou nada, ficou na P3 enquanto Leclerc conseguiu superar Rasmussen para assumir a P4. Os carros da Van Amersfoort Racing dominaram o final de semana e Hauger, que disputou o FIA F3 deu uma embaralhada no campeonato. Nannini superou Rasmussen e passou a atacar Leclerc, afastando o monegasco de Petecof.

 

Petecof não conseguis acompanhar o ritmo de Chovet e Hauger, mas conseguia se manter distante o suficiente de Leclerc para não ser atacado enquanto o monegasco ia à frente de um pelotão de 5 carros. Quando Rasmussen passou a atacar Nannini mais forte, Leclerc teve uma folga, mas Petecof já tinha 1.6s de vantagem para o monegasco e o ritmo de corrida era muito parecido.

 

 Estando em 3° lugar e com vantagem para Leclerc, Petecof tentou buscar as posições da frente, mas não conseguia se aproximar.

 

No início da volta 15, Rasmussen passou Nannini após um erro do italiano. As distâncias entre os 4 primeiros era grande como nunca foi nas corridas anteriores e GianLuca Petecof, mesmo sem chances de alcançar Dennis Hauger, via de longe Rasmussen chegar em Leclerc, uma ultrapassagem que seria muito boa para o brasileiro. Rasmussen tentou na volta final, mas não conseguiu e os carros da Prema foram P3, P4 e P5, atrás da dobradinha da Van Amersfoort Racing.

 

A categoria sai da Espanha com Petecof ainda líder (306x302) em relação a Leclerc, mas Oliver Rasmussen com as duas vitórias em Barcelona se aproximou, com 287 pontos. Com duas rodadas triplas, em Ímola e Vallelunga, está tudo em aberto.

 

 Com uma corrida tranquila, sem ser ameaçado, Gianluca Petecof saiu de Barcelona ainda na liderança do campeonato.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

  
Last Updated ( Sunday, 01 November 2020 22:39 )