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Planejamento e dificuldades para um calendário PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 21 October 2020 20:36

Caros Amigos, uma das chaves do sucesso para qualquer empresa, negócio, estudo e/ou afins é o planejamento. A falta de planejamento reduzirá as chances de êxito de qualquer ação profissional e até mesmo amadora de se atingir um determinado objetivo.

 

Um exemplo disso é o que estamos vendo no setor industrial do Brasil, onde uma importante decisão a ser tomada no Senado Federal está deixando todo o setor em compasso de espera. Os parlamentares precisa decidir se aprovarão ou não a continuação da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores.

 

Qualquer empresa precisa traçar suas estratégias de investimento e seu budget anual em cima de dados concretos e para isso necessita de informações e com isso planejar seus investimentos. Sem uma definição, sem ter como calcular o impacto com pessoal, não há como definir os demais itens do planejamento.

 

Aquilo que – em muitos casos – passou a ser chamado de “jeitinho brasileiro” não é uma exclusividade nossa. Em algumas situações vê-se, ao longo de processos previamente planejados, determinados “ajustes”. Desvios do planejamento original causado por determinadas circunstâncias. Um exemplo disso e em escala global foram as mudanças em todos os setores da economia e na vida das pessoas devido ao coronavírus.

 

Concentrando nossa atenção ao meio do esporte a motor, vimos que há uma diferença de postura entre dirigentes e, certamente, não cabe a nós julgar que está agindo da maneira correta. O único fato comum é que, em agosto, no mais tardar setembro, categorias como a Fórmula 1, a Moto GP e a Fórmula Indy já tem seus calendários para a temporada seguinte divulgados, sejam estes provisórios ou mesmo definitivos. Estamos na segunda quinzena de outubro e, a exceção da categoria norte americana, tanto a Fórmula 1 como a Moto GP ainda não divulgaram seus calendários, ainda que provisórios, mesmo que estes já existam.

 

Segundo a organização da Fórmula Indy, a abertura da temporada de 2021 em 7 de março nas ruas de St. Petersburg, Flórida. Algumas mudanças foram feitas, como a definição que o Texas Motor Speedway realizará uma corrida dupla em maio, a outra corrida da IndyCar de 2019 no Texas no Circuito das Américas foi excluída da programação. Outras mudanças notáveis ​​incluem a passagem dupla de Detroit para o segundo fim de semana de junho e o Mid-Ohio Sports Car Course indo para o fim de semana de 4 de julho. O Indianapolis Motor Speedway, fará uma segunda corrida no traçado misto, em uma programação conjunta com a NASCAR para o fim de semana da Brickyard 400 no sábado, 14 de agosto, enquanto em maio acontecerá a corrida no circuito misto no meio do mês e a Indy 500, como de praxe, no último domingo do mês. A temporada tem seu final programado para 19 de setembro, em Laguna Seca. Entretanto, tudo isso ainda está sujeito aos efeitos do covid 19.

 

A Moto GP, segundo o CEO da DORNA, Carmelo Ezpeleta já tem quase todas as datas. O dirigente evitou até o momento divulgar qualquer prévia do calendário por considerar ainda não estar em condições de divulgar datas e locais. De forma inteligente (exemplo a ser seguido) a categoria vem trabalhando com a Fórmula 1, para evitar confrontos potenciais. A ideia é ter um cronograma de oito meses.

 

Isso nos leva para a categoria do Grupo Liberty Media, que nos últimos dias teve um calendário “vazado”, mas sem que ninguém assumisse por parte da FOM qualquer posição sobre o calendário desde que, no final de semana do Grande Prêmio da Inglaterra, Jean Todt disse que a FIA estava trabalhando com a F1 no calendário do próximo ano e que buscariam “um calendário padrão” (22 corridas?), mas enfatizou a necessidade de flexibilidade no planejamento.

 

Buscando evitar os contratempos de 2020, o Grupo Liberty Media está acompanhando o movimento dos registros de casos do covid 19 lembrando que, mesmo tendo um evento no calendário, estarão sujeitos ao país vir a considerar que nenhum evento esportivo poderá ser sediado ou poderá considerar que a quarentena será obrigatória na chegada ou retorno a um país.

 

Considerando este aspecto e o que está acontecendo em 2020, o calendário de 2021 deverá ter “alternativas” para casos de impedimento por parte das autoridades. Embora ainda não tenha sido divulgado pela Fórmula 1, Chase Carey disse na semana passada que o esporte agora estava “muito perto de ter um calendário mais próximo do normal”. Contudo, nada oficial foi divulgado até final do dia de hoje, véspera da publicação desta coluna.

 

Em todo caso, como sempre acontece, extraoficialmente chegou a algumas redações pelo mundo algumas “versões” do calendário de 2021. Em uma delas, o campeonato teria abertura na Austrália, seguindo-se Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Mônaco, Azerbaijão, Canadá, França, Áustria, Inglaterra, Hungria, Bélgica, Itália, Singapura, Russia, Japão, México, EUA, Brasil e Abu Dhabi. Em outra, o GP da Austrália ocorreria depois do GP do Japão, o do Azerbaijão seria após o GP da China, o da Áustria antes do francês, o da Russia seria antes de seguirem para Singapura, o dos EUA ocorreria antes do México e em lugar do Brasil teríamos o GP da Arábia Saudita. Com a atual relação da categoria com o verdadeiro promotor local no Brasil e essa obscura relação com o autódromo inexistente e o Sr. JR Pereira, o segundo seria mais plausível.

 

Ao contrário do que fez a Indycar, os promotores europeus ainda resistem em avançar na divulgação de seus calendários. É uma situação complexa e que, diante das singularidades atuais, não podem ser recriminadas.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva 
Last Updated ( Thursday, 22 October 2020 00:40 )