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Momentos decisivos no esporte a motor, para alegria de todos nós, fãs da velocidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 19 October 2020 00:37

Olá leitores!

 

Mais um final de semana repleto de momentos decisivos no esporte a motor, para alegria de todos nós, fãs da velocidade.

 

Comecemos com uma das mais importantes corridas de endurance da América do Norte, a Petit Le Mans, no belo circuito de Road Atlanta. Como o próprio nome indica, uma prova de menor duração (no caso, 10 horas) que seleciona algumas vagas para as 24 Horas de Le Mans. A vitória ficou com o trio Ryan Briscoe/Scott Dixon/Renger van der Zande (Cadillac DPi #10), que completaram 460 voltas e foram escoltados no pódio pelos dois carros da Penske, sendo que o Acura DPi #7 de Hélio Castroneves/Alexander Rossi/Ricky Taylor chegou em 2º e o carro #6, pilotado pelo trio Dane Cameron/Juan Pablo Montoya/Simon Pagenaud, terminou em 3º. Eram grandes as chances da vitória ficar com o Cadillac #31 de Filipe Albuquerque/Felipe Nasr/Pipo Derani, mas a 12 minutos do final, com Derani em 1º e Taylor em 2º, Taylor tentou uma ultrapassagem, digamos, muito ousada pra cima do Pipo enquanto lidavam com o tráfego na região dos Esses, tocou na traseira dele e o fez rodar e parar na caixa de brita. Com isso van der Zande – que estava em 3º lugar – passou ambos e herdou a vitória. A rodada custou 2 voltas ao carro #31, que terminou a corrida em 5º lugar e com o Pipo Derani MUITO bravo com o Ricky Taylor... o Cadillac #85 em que estava Matheus Leist apresentou problemas, e terminou em 26º lugar na geral, 54 voltas atrás dos líderes. Na GTLM, categoria que infelizmente alinhou apenas 5 carros, o BMW M8 GTE 24 de John Edwards/Augusto Farfus/Jesse Krohn estava na liderança a poucas voltas do final, com Farfus ao volante, mas acabou sendo empurrado para fora da pista por um dos protótipos, trouxe muita grama presa na frente do carro e teve que fazer uma parada não programada para limpar a grade dos radiadores, caindo para o 3º lugar. A vitória na GTLM ficou com o Porsche 911 RSR #911, primeira do ano para a Porsche, com o Corvette C8.R #3 no segundo lugar.

 

A Stock Car foi para mais uma rodada dupla, desta vez no Velocittá, pista muito moderna, segura, mas com dois problemas sérios: travada a ponto de restringir as tentativas de ultrapassagem à reta de largada e a saída dos boxes fica exatamente no ponto de freada para a tomada da primeira curva. Para track days e para categorias que não preveem paradas nos boxes, tudo bem, mas para categorias maiores, onde os pilotos têm que fazer essas paradas, é uma saída de boxes com potencial para acidentes. Como as ultrapassagens são difíceis, as duas corridas mostraram grandes jogos de estratégias para alcançar resultados bons, já que apenas o talento dos pilotos não seria suficiente para grandes conquistas de posição. A primeira prova foi vencida por Júlio Campos (Cruze), fazendo valer a pole position conquistada na véspera com uma ótima largada. Em 2º lugar terminou Gabriel Casagrande (Cruze), que largou muito bem, tomou a 2ª posição de César Ramos (Corolla) e tentou com muita persistência passar Campos, mas o bom desempenho do pole position e o traçado travado impediram a concretização da ultrapassagem. Fechando o pódio da primeira corrida chegou Allam Khodair (Cruze), que ultrapassou Ramos na parada nos boxes. Com o grid invertido para os 10 primeiros colocados, Diego Nunes (Cruze) largou na pole e a manteve com muita competência para conseguir a primeira vitória da equipe Blau Motorsport. Em segundo lugar, para surpresa de alguns, chegou o argentino Matias Rossi (Corolla), que por ter terminado a primeira corrida em 7º acabou largando em 3º lugar, defendeu muito bem a sua posição nas primeiras voltas e tentou atacar Nunes depois que Daniel Serra abandonou com problemas no escapamento. O ataque foi efetivo até começarem as paradas nos boxes, quando a equipe devolveu Nunes 2 segundos mais rápido que Rossi, que nesse momento perdeu o momento de luta pela primeira posição. Nas últimas voltas o argentino sofreu forte pressão de Ricardo Maurício (Cruze), que tentou um movimento mais ousado na última volta e... segundo a cronometragem oficial da CBA, localizada na linha da bandeirada, não passou o argentino. Pela cronometragem da Stock, que por algum motivo fica alguns metros à frente, conseguiu concretizar a ultrapassagem. Como o que vale é a cronometragem da CBA, Rossi em 2º e Maurício em 3º.

 

A MotoGP foi até Aragão para mais uma etapa, com bastante frio apesar da localização termicamente privilegiada da Espanha em relação a outros países europeus, o que fez com que a largada de todas as categorias fossem atrasadas em uma hora para ver se a temperatura tornava menos difícil a tarefa de manter os pneus em temperatura ideal de funcionamento. Na Moto2 não adiantou muito: na curva 2, que é a primeira para a direita após duas retas e duas curvas para a esquerda, a falta de cuidado na tomada da curva fez com que as duas motos da equipe VR46 caíssem praticamente da mesma forma, quase como se um acidente fosse replay do outro. Na categoria rainha, entretanto, felizmente não tivemos esse tipo de ocorrência. O que vimos foram excelentes corridas tanto do vencedor Alex Rins como do segundo colocado Alex Márquez. Márquez poderia ter feito o movimento decisivo de ultrapassagem sobre Rins, mas após uma derrapada que Márquez controlou com muita habilidade as posições se mantiveram as mesmas. Quem saiu no lucro foi Joan Mir, que com o 3º lugar conquistado e com o mau desempenho de Quartararo quebrou o jejum de 20 anos sem um piloto da Suzuki liderar a classificação do Mundial de Pilotos. A grande ausência da etapa foi de Valentino Rossi, que testou positivo para o COVID-19 e está de molho por 2 semanas.

 

A NASCAR foi correr no Kansas com a etapa sendo patrocinada por um cassino, sob um céu cinzento quase carrancudo. Pois bem, foi uma corrida na qual o clima da pista estava como o do céu. A tensão pairava como se o autódromo fosse uma mesa de pôquer com altas apostas sendo feitas em dinheiro vivo. Com o primeiro estágio sendo vencido por Chase Elliott e o segundo por Denny Hamlin, o estágio final se desenrolou como uma grande partida de xadrez entre Joey Logano e Kevin Harvick. Por mais de 40 voltas Harvick tentou ultrapassar Logano, mas nunca conseguiu criar a oportunidade decisiva, pelo que a corrida terminou com a vitória de Logano (primeiro piloto a se classificar para a final em Phoenix) e Harvick teve que se contentar com o 2º lugar. Em 3º chegou Alex Bowman, que no finalzinho tentou se aproximar de Harvick mas também não chegou a conseguir o movimento decisivo, em 4º terminou Brad Keselowski e fechando o Top-5 Kyle Busch, que agora que as chances de título foram embora parece ter localizado o desempenho que passou o ano se escondendo em algum canto do carro.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini