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Viva as maratonas do esporte a motor PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 July 2020 01:02

Olá leitores!

 

Enquanto o mundo segue animado com as notícias a respeito das pesquisas de vacinas contra esse maledetto COVID-19, nós estamos animados com a quantidade de categorias que estão voltando à atividade ou fazendo verdadeiras maratonas para repor a quantidade de corridas previstas no calendário.

 

A NASCAR, por exemplo, fez algo que eu não me lembro: a categoria principal não correu nem no domingo nem no sábado, mas... na quinta-feira. Corrida até que foi interessante, confesso, mais do que o resultado final poderia deixar transparecer, mas o “novo normal” (para usar essa expressão horrível que está muito em moda) da categoria pós paralização por conta da pandemia está na alternância de vitórias entre Kevin Harvick e Denny Hamlin, com um ou outro felizardo conseguindo se sobrepor aos dois supramencionados. E não deu outra: após duas corridas oficiais e uma extra-campeonato vencidas por “outsiders”, voltamos a ter uma disputa polarizada entre os dois. Nessa 5ª feira foi a vez do Denny Hamlin chegar na frente após um intenso duelo contra Harvick, com o bônus de nas voltas finais ter resistido com garbo aos ataques de Brad Keselowski, que tentou bastante repetir no último segmento a vitória no 2º segmento, mas teve que se contentar com o 2º lugar. Em 3º chegou outro especialista em oval de uma milha e meia, Martin Truex Jr., piloto que começou bem a corrida, piorou um pouco no final do segundo segmento, mas voltou a ser combativo no último segmento. Talvez não o suficiente para vencer a prova, mas o suficiente para deixar para trás Kevin Harvick, que teve de se contentar com o 4º lugar na bandeirada final. Encerrando o Top-5 chegou Erik Jones, em uma bela corrida para quem largou apenas em 21º lugar. As decepções da corrida foram Jimmie Johnson, mais uma vez envolvido em um acidente com o qual nada tinha a ver, e Kyle Busch, que após a vitória no primeiro segmento começou a andar para trás e o golpe de misericórdia foi o furo do pneu a 40 voltas do final da corrida, que acabou definitivamente com as chances que ele tinha de ficar entre os 5 primeiros. No final ainda se recuperou um pouco, mas não foi capaz de alcançar nada melhor que o 11º lugar... e já vão 19 corridas sem vencer. É bom o atual campeão começar a abrir os olhos...

 

A MotoGP fez sua segunda corrida seguida no autódromo de Jerez de la Frontera, dessa vez nomeada GP da Andaluzia, e assim como na corrida anterior a vitória ficou nas mãos de Fabio Quartararo, uma vitória de ponta a ponta em um pódio totalmente Yamaha, cena que não víamos há muito tempo... cena essa que – ao que tudo indica – não deve ser repetir muitas vezes esse ano, já que as motos da marca do diapasão estão mais velozes que ano passado, mas as motos têm apresentado problemas de motor durante a prova. Sinal que os engenheiros conseguiram arrancar potência, mas ainda não conseguiram a compatibilizar com a confiabilidade. Essa vez a vítima foi Franco Morbidelli, companheiro de equipe do vencedor Quartararo. Ele foi seguido pela dupla da Yamaha oficial, com Maverick Viñalez em 2º lugar e Valentino Rossi em 3º, após ter passado boa parte da corrida em 2º lugar. Coisa curiosa foi que “Il dottore” estava ofegante ao final da corrida (previsível, estava muito quente e ele já não é nenhum garotinho), mas o Maverick, bem mais novo que o Rossi, também estava ofegante... rapaz, tome vergonha nessa cara e pare de descuidar da forma física! Aliás, outra bizarrice (não tem como usar outro termo) foi o Marc Márquez, que operou o braço direito fraturado na corrida anterior na terça feira... e na sexta queria correr. Até foi divulgado vídeo dele fazendo flexão de braço para “provar” para o médico da MotoGP que ele tinha condições de correr sim... como o rapaz é o maior vencedor das últimas temporadas, corre pela principal equipe do grid, o “dotô” deixou ele ir para a pista... apenas para que o próprio Marc se convencesse que não, não tinha condições de pilotar nem entupido de analgésicos até a orelha (eu gostaria de usar outra expressão, mas acho que o baixo calão dela seria suficiente para gerar alguns estresses no site... deixa pra lá). Coisa que o bom senso diria que não dava, mas como o ego do Márquez é inversamente proporcional à altura dele teve que ir comprovar empiricamente o que o bom senso já dizia que não daria certo. A lamentar a corrida de MotoE, onde Eric Granado vinha para um bom 2º lugar após a vitória na semana passada mas acabou fora da prova já nas voltas finais, por conta de um incidente de corrida – li um bocado de gente escrevendo que ele foi “tirado da prova de propósito”... eu vi a cena pelo menos 5 vezes e em todas achei acidente de corrida – opinião que os comissários também tiveram, então embora seja contra meus princípios concordar com comissários, segue o cortejo.

 

E tivemos também a estreia da Stock Car, na pista de Goiânia. Gostei dos carros parecerem mais com os carros “de rua”, mas ODIEI aquela ideia tosca do escapamento saindo logo atrás da roda dianteira. Assim, na boa, é carro de arrancada? É um dragster Funny Car, um Top Fuel, algo do gênero? Não? Então qual é o problema de fazer um escapamento que saia onde todo escapamento em todo carro sai, lá na parte traseira do mesmo? Até acho que o incêndio que teve no reabastecimento do carro do Marcos Gomes pode ter a ver com essa posição infeliz do escapamento... enfim, alguém ganhou uma grana considerável para projetar essa m... ercadoria insegura e desnecessária. Foi bom ver a Toyota ganhando as duas corridas (muito curtas, por sinal, 30 minutos mais uma volta, quase corrida de WTCR, mas sem aquele contato físico que faz o WTCR ser interessante), mas temo pela politicagem... já ouvi que podem entrar mais cedo com as medidas de equalização entre os carros. Ora, as pistas são diferentes, o carro que foi bem em uma pista pode não ir bem na outra, esse tipo de equalização deveria entrar mais perto da metade do campeonato, mas... acho que a chance de errarem a mão na equalização é grande, e acho que errando a mão a Toyota pula fora dessa canoa. Enfim, vamos ao que interessa: na corrida 1 vitória de Ricardo Zonta (Corolla), seguido por Allam Khodair (Cruze) em 2º e por Ricardo Maurício (Cruze) em 3º lugar. Talvez o melhor momento tenha sido a briga pelo 10º lugar entre Vitor Genz e o argentino Matias Rossi. Na corrida 2, trifeta da Toyota no pódio, com o vencedor Rubens Barrichello, o 2º colocado Nelsinho Piquet e o 3º colocado Bruno Baptista competindo com Corolla. Aí, como automobilismo tapuia é coisa de freiras, acharam que o Ricardo Maurício (4º colocado na pista) atrapalhou propositalmente Thiago Camilo nos boxes e após a prova os comissários deram 20 segundos de punição por “atitude antidesportiva”... aí eu li essa decisão com aquele monte de “piiiiiiiiiiiiiiiii” que apareciam nos rádios do Petter Solberg quando algo de errado acontecia e ele soltava impropérios à moda espanhola, emendando um xingamento no outro.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini