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O show de Caio Collet em Monza e muito mais PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 12 July 2020 21:21

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Vamos para o segundo final de semana do meu projeto maluco de tentar escrever semanalmente para a galera que me acompanha no site dos Nobres do Grid sobre o que nossos pilotos estão fazendo pelo mundo. Neste final de semana teremos USF2000 em Road América, F. Renault em Monza e com a Fórmula 3 e a Fórmula 2 na Áustria para a segunda rodada dupla das categorias que correm junto com a F1.

 

Infelizmente terei que começar nossa coluna com uma má notícia: o pernambucano Kiko Porto foi proibido de ingressar nos Estados Unidos devido as medidas de prevenção ao coronavírus naquele país. Com isso ele deixará de participar da primeira rodada dupla. Um grande prejuízo para a disputa pelo campeonato.

 

Na nossa cobertura na semana passada, eu fiz um mix no que foi acontecendo durante o final de semana na Áustria. Vou fazer isso novamente, mas vou fazer a F. Renault e a USF2000 no sistema que usei até o ano passado. Como teremos finais de semana com diversas categorias, eu não pretendo fazer nenhum curto circuito na cabeça dos leitores – nem na minha – misturando tudo. Não tenho capacidade pra isso.

 

Fórmula Renault Eurocup.

Caio Collet vai disputar sua segunda temporada na categoria de formação da montadora francesa e, apesar de não ter sido o campeão no ano anterior, correrá com o número 1. Para quem está acompanhando as atividades de pista pela TV, a identificação dos pilotos está com um problema triplo: Caio Collet, Lorenzo Colombo e Franco Colapinto estão identificados como “COL” nos caracteres. Faltou atenção a esse detalhe. Poderiam ser criativos como CCO, LCO e FCO respectivamente. Vou mandar um email ou um twitter pra eles.

 

Caio Collet iniciou bem seu segundo ano na F. Renault Eurocup, andando entre os primeiros nos treinos em Monza.

 

O primeiro treino oficial, na quinta-feira, foi para a formação do grid da corrida do sábado e mostrou um grande equilíbrio, com 15 dos 18 competidores no mesmo segundo. Caio Collet foi muito bem, ficando com o segundo melhor tempo, atrás do já experiente Victor Martins. O nível do campeonato está muito alto este ano, com muitos pilotos tendo optado pela categoria francesa em relação a F3 regional, que está comum grid novamente pequeno para 2020.

 

Na manhã da sexta-feira (madrugada no Brasil), tivemos o segundo treino qualificatório este para a corrida da própria sexta-feira, que ocorreria algumas horas depois. A disputa foi apertada como na classificação de ontem e teve a complicação de uma bandeira vermelha a 6 minutos do final dos 20 minutos de tempo. Na saída, numa corrida pela melhor condição, todos saíram dos boxes para tentar melhorar seus tempos até então e Caio Collet chegou a ter o 3° tempo até os segundos finais do treino, mas acabou ficando em 6° pra corrida do domingo. Novamente 15 dos 18 pilotos ficaram dentro do mesmo segundo.

 

Na corrida 1, na sexta-feira, Collet tentou alcançar Colapinto e Quinn, mas teve que se contentar com o 3° lugar.

 

Pouco antes das 13 horas local, 8 horas no Brasil, os jovens pilotos largaram para a primeira de duas corridas, com 30 minutos de duração. Caio Collet estava na primeira fila e quando as luzes vermelhas se apagaram, o brasileiro pareceu ter patinado, mas na reta e antes da chegada na segunda chicane ele já era o 4° colocado. O grupo dos 4 primeiros já impunha uma vantagem em relação aos demais nas duas primeiras voltas, mas um carro na caixa de brita na volta 4 trouxe o safety car para a pista e juntou todo o pelotão.

 

Foi só uma volta e a ação voltou e os 4 primeiros largaram bem. Na saída da chicane, depois de ter atacado Colapinto na relargada, Victor Martins tocou a roda traseira esquerda do argentino e quebrou o bico, dando a Collet a 3ª posição. Mas um acidente na segunda chicane colocou o carro de segurança de volta à pista. Na nova relargada, Colapinto tomou a ponta e Collet continuou em 3°, passando a atacar o 2°, Alex Quinn. Apesar da disputa, os 3 se afastaram do resto do pelotão. Quinn ainda tentou retomar a ponta, mas não conseguiu. E assim terminou a corrida da sexta-feira, com Colapinto, Quinn e Collet no pódio.

 

Na corrida 2, largando na primeira fila, Collet tomou a ponta e a segurou até o final da prova, resistindo aos ataques.

 

No sábado, com um céu parcialmente nublado, mas aparentemente sem risco de chuva, os carros voltaram para a pista em Monza e, desta vez, com Caio Collet largando na primeira fila. Apagadas as luzes vermelhas, o brasileiro segurou sua posição de largada e junto com o líder, logo abriram vantagem para o pelotão. Contudo, um acidente antes da variante Ascari antes de se completar a primeira volta obrigou a entrada do safety car.

 

Meu twitter para o pessoal da categoria (que não deve ter sido o único) teve efeito e mudaram os caracteres na transmissão, com Franco Colapinto e Lorenzo Colombo passando a serem identificados como CPT e CLB, respectivamente. A corrida foi retomada com 18 minutos para o final e na relargada, as posições dos 3 primeiros não mudaram. Collet buscou atacar o líder, Victor Martins, mas de olho em Franco Colapinto.

 

Com a vitória na corrida do sábado Collet assumiu a liderança do campeonato (ao lado de Colapinto) com 40 pontos.

 

Na volta da disputa, Collet conseguiu passar Martins e tomou a ponta, mas Colapinto também passou o francês e tentou tomar a ponta, chegando a ir na grama, mas Collet segurou a ponta. A briga pelo 2° lugar deu um certo fôlego para Collet. Martins recuperou a posição para Colapinto, mas nos minutos finais, Martins foi para o ataque pela liderança, mas o brasileiro foi perfeito e conquistou sua primeira vitória na categoria. Collet e Colapinto dividem a liderança do campeonato com 40 pontos, seguidos de Michael Belov com 22 e Victor Martins com 19.

 

Fórmula 3 e Fórmula 2.

Na Áustria, tivemos a segunda rodada dupla da F3 e F2. Na manhã da sexta-feira tivemos os treinos livre e classificatório. No treino livre, os brasileiros não foram bem. Igor Fraga ficou 18° e Enzo Fittipaldi em 23°. Na hora da verdade, Igor Fraga era o mais rápido dos pilotos da Charouz e estava brigando para ficar entre os 10 primeiros quando, ocupando o 11° lugar e partindo para uma volta rápida seu carro apagou na reta, causando uma bandeira vermelha a 4m45s do final do treino. Enzo Fittipaldi não vinha bem. Era o mais lento dos pilotos da HWA e não conseguia ficar acima do 18° lugar. No final, ficou com o 21° tempo enquanto, severamente prejudicado, Igor Fraga ficou ainda com o 24° tempo.

 

Guilherme Samaia, na Fórmula 2, é um dos 5 brasileiros nas categorias de acesso da FOM/FIA para a Fórmula 1.

 

Na Fórmula 2, o treino livre também foi bem complicado para os brasileiros. Pedro Piquet foi o melhor colocado, mas com uma modesta 15ª posição., mas sendo mais rápido que seu companheiro de Charouz, Louis Deletraz. Felipe Drugovich teve um treino terrível, ficando em 20° e 1s mais lento que Nobuharu Matsushita, companheiro na MP. Pior ainda foi Guilherme Samaia, que ficou em 21° enquanto seu companheiro de Campos Racing, Jack Aitken foi o 10°.

 

No classificatório, tivemos praticamente uma repetição de estratégias da semana anterior, com os pilotos indo para a pista logo que abriram os boxes e fazendo uma série de voltas rápidas para se estabelecer nos primeiros 15 minutos e depois voltando para uma volta voadora no final e se estabelecer bem no grid. Nisso Drugovich ficou em 11°, Piquet em 18° e Samaia em 22°.

 

Nos treinos da sexta-feira, os brasileiros não conseguiram boas posições de largada. Na F3, o carro de Fraga apagou.

 

Na parte final, sempre com o risco de saídas de pista, bandeiras amarelas e sem direito de errar, foram todos tentar, com uso dos pneus mais macios do final de semana (e menos resistentes). Eles esperaram o que podiam e só começaram a sair dos boxes quando faltavam 10 minutos para o fim do treino de 30 minutos. Foi alucinante. 21 dos 22 pilotos no mesmo segundo! Drugovich ficou com o 10° melhor tempo, Piquet com o 17° e Samaia com o 22°. Mas tanto para a F3 como para a F2, a previsão de chuva no sábado, caso se confirme e tenhamos corrida, o cenário será totalmente diferente.

 

O sábado foi bem diferente do que vimos na ensolarada e quente sexta-feira e os pilotos da F3 encararam uma chuva constante e a pista molhada, mas volta de apresentação, o spray não era grande, ao ponto de alguns pilotos terem ido para os boxes. Na largada, todos passaram inteiros pelas primeiras curvas. Enzo Fittipaldi ganhou 3 posições, passando em 18° e Igor Fraga caiu para 25°. Na segunda volta, Fittipaldi já era o 14° quando, na volta 4, foi acionado o safety car virtual. Fraga era o 27°.

 

O sábado, debaixo de chuva, teve a corrida da F3 interrompida e os pontos pela metade. Enzo Fittipaldi foi o 15°.

 

A bandeira verde foi acionada na volta 7. Enzo Fittipaldi perdeu uma posição e Igor Fraga ganhou uma. A chuva foi ficando mais intensa e a pista sequer formava trilho. Logo, na volta 9 entrou na pista o safety car por mais um carro que saiu da pista após um pneu furado, com Fraga ganhando 3 posições antes de intervenção. Liberados na volta 12, Fittipaldi foi para 12° e Fraga para 21° com as condições de pista ficando piores.

 

Até que a direção de prova acionou a bandeira vermelha na volta 13. E os carros foram para o pit Lane na volta 14 das 24 previstas. A direção de prova. Após 10 minutos da corrida parada decidiu por encerrá-la. A classificação ficou aparecendo com a da volta anterior, devolvendo Fittipaldi para 15° e Igor Fraga para 26°. E a chuva continuou caindo pesada como previa a meteorologia.

 

Igor Fraga (24) continuou tendo problemas no sistema de combustível, que tirou sua competitividade no final de semana.

 

Depois do atraso no treino da F1, tivemos atraso para a corrida da F2 também e a pista muito molhada. Com o spray visto na atividade anterior, a direção de prova decidiu que a largada seria com o safety car. Nas voltas de apresentação Dan Ticktum teve problemas e parou na grama. Após 3 voltas, a direção de prova acionou a bandeira vermelha e levou os carros de volta ao pit lane.

 

Mais meia hora esperando e quase duas no total para o Safety Car voltar a puxar os carros pela pista e o plano voltou a ser uma largada após algumas voltas e com o Safety Car, com o plano de 36 voltas, algo que seria mais fácil ficar pelo limite de tempo (e antes de largarem, digo que não será surpresa terminarem a corrida com 75% da distância percorrida). Os carros saíram dos boxes e deram praticamente 2 voltas até ser acionado o cronômetro, mas o Safety Car continuou na pista.

 

Na corrida da F2, depois de algumas voltas, a corrida ficou interrompida com a bandeira vermelha e os carros nos pits.

 

Duas voltas depois tivemos bandeira verde e os brasileiros mantiveram suas posições na primeira volta de real ação, a 5ª das 36. Samaia começou a escalar o pelotão e com 10 voltas já estava em 17°, com Piquet caindo para 19°. Drugovich continuava em 10°. Com 16 voltas alguns dos pilotos no top 10 pararam para trocar pneus por novos pneus de chuva.

 

Drugovich ganhou duas posições e superou Armstrong na pista, indo para 7°, mas na volta seguinte, foi chamado aos boxes por excesso de temperatura nos freios dianteiros. Ele trocou os pneus, como outros e voltou em 15°. Samaia foi para último após sua parada e Piquet continuava em 18°. Com problemas nos freios, Drugovich não conseguiu recuperar posições e terminou em 13°. Piquet não foi além do 17° lugar e Samaia do 20°.

 

Quando a prova foi retomada, Drugovich chegou a andar em 7°, mas um problema de freios prejudicou sua corrida.

 

Na manhã do domingo, sem o aguaceiro de ontem e com sol, tivemos a segunda corrida da F3, com Enzo Fittipaldi largando em 15° e Igor Fraga em 26°. Uma tarefa difícil de chegar aos pontos para ambos nessa corrida mais curta. Apagada as luzes vermelhas, os carros passaram bem pelas primeiras curvas e ao fim da primeira volta Enzo mantinha sua posição enquanto Fraga subia dias posições.

 

O mineirinho começou escalando o pelotão e na 3ª volta já era o 19° enquanto Fittipaldi ia para 14°. Na 10ª volta, com a entrada do safety car e Igor Fraga já em 17° – Fittipaldi continuava em 14° – uma chance de juntar o pelotão e permitir uma nova tentativa de ganhar mais posições para ambos. A equipe de fiscais demorou para colocar a pista em condições e remover os carros acidentados.

 

Na corrida da F3 do domingo, mais uma vez Igor Fraga foi quem mais ganhou posições na pista, mas não pontuou.

 

Apenas na volta 16 tivemos a relargada e os brasileiros conseguiram manter suas posições, mas ainda na mesma volta Igor Fraga subiu para 16° enquanto Enzo Fittipaldi era ultrapassado e caia para 15°. Um pelotão do 9° ao 16° se estabeleceu, mas só ganharam posições quando os dois líderes, Hughes e Lawson se tocaram na 21ª e ambos subiram duas posições. Faltando apenas 3 voltas para o final, a corrida terminou sob bandeira amarela, com Enzo Fittipaldi em 13° e Igor Fraga em 14°. Enzo é o 15° no campeonato, com 2 pontos. Oscar Piastri lidera com 44.

 

Meia hora depois os carros da Fórmula 2 já estavam alinhados para a sua segunda corrida, com os brasileiros, da mesma forma que na Fórmula 3, precisando fazer corridas de recuperação. Felipe Drugovich largando em 13°, Pedro Piquet em 18° e Guilh erme Samaia em 20°. Apagadas as luzes vermelhas, os brasileiros perderam 1 posição na primeira volta, mas passaram ilesos a qualquer confusão na largada, mesmo com a entrada do safety car para retirada do carro do vencedor da corrida de ontem.

 

Na corrida do domingo da F2, os brasileiros tiveram uma performance discreta. Pedro Piquet foi apenas o 14°.

 

Com o abandono de Marino Sato, Piquet e Samaia subiram uma posição. Drugovich lutava para superar seu companheiro de equipe, Matsushita, ficando bloqueado na 14ª posição até Tsunoda perder potência e ele ganhar uma posição, o que para Piquet e Samaia foram duas com a saída de Roy Nissany. Matsushita, sem ritmo para acompanhar os carros da frente, visivelmente segurava Drugovich, que ia ficando longe do pelotão que brigava pela 7ª posição. Na volta 14, mais uma posição herdada com a parada de Mick Schumacher para os brasileiros.

 

Felipe Drugovich não conseguiu repetir a performance do domingo anterior e não chegou aos pontos nesse domingo.

 

Com os pneus desgastados, na parte final da prova Felipe Drugovich passou a ter que se defender dos ataques de Deletraz, companheiro de Pedro Piquet, que ficou para trás na disputa interna da Charouz enquanto Guilherme Samaia era o 17°. Drugovich acabou perdendo a posição na 21ª volta, caindo para 13° e passando a ser atacado por Pedro Piquet, mas conseguiu, ao fim, segurar a posição. Com isso, tivemos os brasileiros Drugovich em 13°, Piquet em 14° e Samaia em 17° após as 28 voltas da corrida 2. No campeonato, apenas Drugovich tem pontos, os 21 da primeira rodada dupla, sendo agora o 8° colocado na classificação. Robert Shwartzman lidera com 48 pontos.

 

USF2000.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, tivemos a abertura da USF2000, com uma rodada dupla, que tem dois brasileiros na disputa – Francisco ‘Kiko’ Porto e Eduardo Barrichello, mas devido ao bloqueio de viagens de brasileiros para os Estados Unidos, o pernambucano não conseguiu embarcar para a abertura do campeonato em Road América. Mas Eduardo Barrichello teve um ótimo desempenho.

 

Na corrida de abertura da USF2000, Eduardo Barrichello conquistou seu primeiro pódio na categoria americana.

 

 Após três sessões de treinos livres, os garotos que estão no programa Road to Indy foram marcar tempo e na sessão classificatória, Eduardo Barrichello, correndo pela equipe campeã de 2019, a Pabst, conseguiu o 5° melhor tempo, mas ganhou a posição do seu companheiro, Matt Garrido, que foi punido e largou em 6° O outro piloto da equipe largou em 10°.

 

Na corrida 1, na manhã da sexta-feira, o desempenho de Barrichello foi ainda melhor, com o brasileiro conseguiu se manter na sua posição na largada e com a perda de rendimento de Christian Brooks, superou o adversário e subiu para o terceiro lugar. Conseguindo manter seu companheiro de equipe atrás de si, Eduardo segurou a terceira posição até o final, conquistando seu primeiro pódio na categoria.

 

No longo e seletivo circuito de Road América, Eduardo Barrichello esteve sempre entre os primeiros.

 

Para a corrida 2, na parte da tarde, com a classificação definida pelas melhores voltas conseguidas na corrida 1, Eduardo Barrichello conseguiu o segundo melhor tempo, podendo assim largar na primeira fila, ao lado do vencedor da corrida 1. Desta vez, apesar de ser um bom resultado, as coisas foram mais complicadas e Barrichello não conseguiu se manter na disputa pela vitória, sendo superado por três competidores e terminando na 5ª posição. Eduardo saiu de Road América no 4° lugar na classificação, com 39 pontos. O líder, Christian Rasmussen, tem 66.

 

Mais um desafio vencido e espero que todos tenham gostado desta nova coluna semanal do nosso site. Domingo que vem vamos tentar fazer de novo.

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos