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Final se semana com altos, baixos, muita chuva e pouca neve PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 February 2020 02:44

Olá leitores!

 

Final de semana muito interessante, com elétricos, longa duração e chuva, muita chuva... no sábado foi disputada a etapa mexicana da Fórmula E, enfim com a correção do erro histórico da chicane no meio da Peraltada. Corrida até que interessante, creio que dentro de um pequeno prazo (10 anos, no mínimo) eu deva realmente gostar da categoria. Vitória maiúscula de Mitch Evans, que assumiu a liderança logo na largada, em uma manobra arrojada logo na primeira curva, abriu uma vantagem que permitisse controlar o ritmo e venceu com pouco mais de 4 segundos de vantagem ao final. Em 2º lugar chegou o luso António Felix da Costa, que tentou bravamente alcançar Evans, mas não conseguiu, em que pese o bom desempenho da equipe DS Techeetah (seu companheiro Vergne terminou em 4º lugar) e o pódio ficou completo com Sébastien Buemi, pouco mais de 6 segundos atrás do líder. Foi uma corrida com quantidade razoável de abandonos, em sua maioria por erros próprios dos pilotos, como foi o caso de Felipe Massa, que saiu logo nas primeiras voltas. Lucas di Grassi fez uma corrida boa, terminando em 6º lugar vindo lá do pelotão de trás com decisivas ultrapassagens. Sim, não gosto de elogiar o piloto com QI de 6 dígitos, mas dessa vez ele fez por merecer.

 

No Jaguar iPace eTrophy, vitória brasileira de Sergio Jimenez, após uma disputa acirrada com Simon Evans, que ao final teve de se contentar com o segundo lugar,  seguido pelo piloto convidado local Mário Dominguez... entretanto, como pilotos “wild card” não sobem no pódio, e o 4º lugar também ficou com um convidado, quem completou o pódio foi o 5º colocado Takuma Aoki. O estreante (na categoria, deixemos bem claro) brasileiro Adalberto Baptista terminou em 6º, à frente de Cacá Bueno (que foi o autor da volta mais rápida da corrida) em 7º lugar.

 

Esse final de semana o WRC teve sua segunda etapa, o Rali da Suécia, marcado pelo anticlímax da falta de neve... das 18 etapas previstas, foram disputadas efetivamente apenas 10, prova que os organizadores e a FIA não tiveram a flexibilidade necessária para lidar com a situação. Já era sabido que a possibilidade de falta de neve era real... podiam ter levado além dos conjuntos de pneus pra neve/gelo os jogos de pneus pra cascalho, né? Seria um “segundo rali da Finlândia”, mas teríamos a prova em sua totalidade. Confesso que fiquei decepcionado. Maiores informações podem ser conferidas na coluna de nossos especialistas de rali, pelo que informarei apenas que a Toyota só não fez barba, cabelo, bigode e cortou as unhas: os 4 primeiros lugares só não foram da marca japonesa, porque o campeão de 2019, Ott Tänak, trocou de equipe e agora está na Hyundai, chegou em 2°. Pela ordem: Elfyn Evans, Kalle Rovanperä e Sébastien Ogier foram 1°, 3° e 4°. Esperemos que a próxima vez a Dona FIA saiba lidar melhor com a situação...

 

A temporada oficial da NASCAR começou com a tradicional etapa de Daytona, onde tivemos grandes corridas na Truck Series e na Xfinity Series, com direito àquilo que o público gosta (ou seja, “big one”) e tudo o mais na noite de sexta e na tarde do sábado... a prova da categoria principal no domingo foi adiada para esta segunda feira após 20 das 200 voltas previstas por conta da chuva, que chegou inclemente sobre a pista e não propiciou a menor condição de disputa da corrida.

 

O próximo assunto é delicado... a iniciativa da FASP em reviver as tradicionais Mil Milhas Brasileiras foi altamente louvável, mas algumas coisas definitivamente não deram certo, e tenho certeza que podem servir de lição para o ano que vem. As Mil Milhas do passado chegaram a ter 60 carros largando, ao passo que essa edição que tive o prazer de acompanhar “in loco” (minha primeira experiência em balada automobilística, ops, prova noturna) tivemos 12 carros largando... sim, isso mesmo, 12 carros. Decepcionante? Sim. Talvez a data (uma semana antes do Carnaval), talvez o tempo entre o anúncio da realização da prova e a data da disputa tenha sido muito curto, talvez uma série de outros fatores nos bastidores tenham contribuído para o baixo quórum da corrida. Como pontos positivos devo ressaltar que a estrutura funcionou perfeitamente, e os poucos carros que foram à pista não deixaram a desejar no quesito competitividade. Olhando apenas o resultado final (vitória do Ginetta GT3 sobre o Mercedes AMG GT3 com 5 voltas de vantagem) podemos ter uma noção errada do que foi a prova... pelo menos até a oitava hora de corrida a disputa entre Ginetta (mais leve, porém com menos velocidade de reta) e Mercedes (um canhão de reta, mas 500 quilos mais pesado) teve até pequenos toques entre os carros, com curvas sendo feitas lado a lado pelos pilotos e, na parte noturna, o belo espetáculo dos discos de freios incandescentes nas freadas mais fortes. Inclusive enquanto o Mercedes estava trocando as pastilhas de freio (as com que começou a corrida pediram arrego) o Ginetta parou para reabastecer e um pouco de gasolina acabou respingando nas partes quentes do carro gerando um princípio de incêndio rapidamente controlado e que não interferiu no desempenho do carro. Teve a participação de um velho Chevrolet Omega dos tempos da Stock Car, e apesar de problemas que incluíram a troca do diferencial no meio da corrida e uma falha no motor nas voltas finais que fez perder (ainda) mais tempo nos boxes ele conseguiu receber a bandeirada final. Tivemos poucos protótipos nacionais, mas o importante é que estavam lá. Espero que a organização pense com carinho na edição 2021. Teve muita coisa que deu errado (se não desse não teríamos apenas 12 carros largando), mas o que deu certo passou uma imagem e uma mensagem promissoras. Espero, certamente, conseguir presenciar uma edição 2021 com no mínimo 30 carros largando.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini