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Final do Dakar, show em Santiago e a semana macabra no Rio PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 19 January 2020 20:16

Olá leitores,

 

Olha eu invadindo a vila dos Smurfs novamente no lugar do Gargamel. Um passarinho me contou que ele foi tomar banho de chuva na praia em São Paulo, mas vamos tratar logo dos assuntos de automobilismo porque assunto não falta, apesar de estarmos em janeiro.

 

Eu sei que o dono da coluna não gosta da Fórmula E, chama de corrida com carros com motor de furadeira (ou algo do gênero), mas foi uma corridaça!

 

Os dois brasileiros tiveram duas histórias bem diferentes na ensolarada e quente Santiago, que felizmente fez um traçado de pista com largura para pista e carros de corrida (espero que os promotores da categoria tenham neurônios suficientes nos seus cérebros para admitir que este tipo de pista faz corridas melhores, como são aquelas da Alemanha, disputada em um aeroporto). Enquanto Lucas Di Grassi fez uma grande corrida de recuperação e contou com o mal resultado dos vencedores da primeira etapa para não ficar muito longe do líder do campeonato, Felipe Massa, que fez uma ótima classificação, ficou para trás durante a corrida.

 

O 7° lugar do eletrodriver Lucas Di Grassi foi uma prova de que, caso ele não tivesse tido problema na classificação (o que só não o fez largar em último porque tiveram dois pilotos punidos), poderia ter ficado entre os 5 primeiros, na briga pela vitória, depois de uma grande recuperação. Ele terminou 14 segundos atrás. Ainda assim, com a louca dança das cadeiras que acontece na categoria, ele não está longe do novo líder do campeonato, Stoffel Vandoorne, que viu o líder anterior zerar na corrida com um abandono.

 

Do outro lado, o Macarroni (ah, o Macaroni)... pais uma vez perdeu o ponto na fervura e mesmo não estando “al dente” há anos, foi devorado pelos concorrentes desde a largada, quando caiu de um excelente 4° lugar para 6° ainda na primeira volta. Depois disso, falou inteligência pra fazer jogo de equipe na hora dos “modo ataque” com o companheiro de equipe, faltou esperteza pra não perder posição para os adversários e faltou rendimento(?) para cair até o 11° lugar. Beneficiado pelas punições de Daniel Abt e Sebastien Buemi, subiu pra 9° e saiu do zero na pontuação.

 

Quem também fez uma corridaça de recuperação foi o portuga Antonio Felix da Costa, o piloto com nome de lata de atum e sardinha escalou o pelotão desde a 10ª posição onde largou para fazer uma disputa épica pela vitória contra Max Gunther, que conquistou soa primeira vitória. O alemão que veio da F2 correu entre os três primeiros desde o início da corrida, mas só tomou a ponta, ultrapassando o pole position e líder, Mitch Evans, na metade da corrida, usando o Attack Mode na reta oposta.

 

A parte final, como disse, foi épica. Da Costa ganhou a segunda posição em uma manobra de força sobre Evans e partiu pra cima do lider, antes de fazer uma manobra sobre Gunther na antepenúltima volta da corrida. Mas em seguida tomou o troco e o alemão conseguiu retomar a ponta e seguiu para a vitória em uma corrida onde todos os carros chegaram praticamente sem bateria.

 

Como sempre teve o pessoal que ficou pelo caminho, despedaçou o carro em disputas e com isso o campeonato embolou. A corrida teve um breve período de bandeira amarela em todo o circuito para retirar a BMW iFE.20, pilotada por Alexander Sims, embora vários pilotos abandonaram com danos ao longo da prova.

 

Um deles foi o atual campeão Jean-Eric Vergne, que sofreu danos na dianteira esquerda em seu carro DS Techeetah, mas continuou pilotando pela pista até que a caixa da roda saiu na pista. Apesar de perder o pedaço solto da sua carenagem, o francês decidiu encerrar sua corrida mais cedo. Os destroços permaneceram na pista, sem intervenção para coletá-lo do meio da reta. Neel Jani foi outro fora depois de abandonar a primeira volta com danos causados por um grupo no meio do grupo em um dos grampos. A etapa atual teve sete abandonos oficiais, enquanto Oliver Rowland, apesar de ter sido creditado como classificado, terminou com quatro voltas de desvantagem e uma punição na bagagem.

 

Lá nas areias da Arábia Saudita, o “DE LÁ” terminou. Tristemente com a morte do português Paulo Gonçalves nas motos. Mas como primeira edição, a competição, principalmente entre os carros, foi sensacional. Os três primeiros chegaram separado por menos de 10 minutos, com a vitória do “gran matador” Carlos Sainz, que conseguiu seu terceiro título. O espanhol precisou de praticamente 43 horas acelerando para superar os 5 mil quilômetros cronometrados.

 

No final, também nas motos, o piloto holandês Edwin Straver ficou em estado crítico depois de sofrer uma queda no decurso da 11ª etapa. Ricky Brabec conquistou pela primeira vez a vitória nas motos no Rali Dakar de todo-o-terreno, interrompendo um domínio de pilotos da KTM que vinha desde 2001. rabec, que venceu duas das 12 etapas da 42.ª edição, que hoje terminou em Qiddiya, na Arábia Saudita, foi segundo classificado na especial desta sexta-feira, a 53 segundos do chileno Jose Ignacio Cornejo (Honda), resultado suficiente para garantir a vitória final. O piloto da equipa Honda, gerida pelos portugueses Ruben Faria e Hélder Rodrigues, gastou 40h02m36s para cumprir os cerca de cinco mil quilómetros cronometrados em 12 etapas, deixando o chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna), segundo, a 16m26s de distância.

 

Nos caminhões a Kamaz continuou na frente, mas trocou de vencedor, com Eduard Nicolaev, Evgeny Yakolev e Vladmir Rybanov. Nos UTV (agora SSV) os brasileiros Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin terminaram vencendo a última especial e ficaram em 9° lugar na classificação geral. Lincoln Berrocal, o único brasileiro nas motos, terminou em 67° lugar e, apenas para citar, D. Choronso das Lamúrias foi o 13°.

 

Pra chorar – de raiva – mesmo a gente chora por aqui. O parque olímpico, vulgo parque dos elefantes brancos, construído no lugar do autódromo de Jacarepaguá foi interditado na última quarta-feira pela justiça federal. A decisão atende a um pedido do Ministério Público Federal, alegando que as instalações não podem ser usadas devido a ausência das licenças que atestam os requisitos de segurança desses locais, como o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros e o 'habite-se' da Prefeitura do Rio. A prefeitura, por meio da Procuradoria Geral do Município, afirmou que irá recorrer da decisão. A falta de alvarás para funcionamento do Parque Olímpico não é um problema recente. Desde a inauguração, o local está sob uma licença temporária, que foi renovada pelo governador Wilson Witzel no dia 6 de maio, poucos dias antes da antiga autorização expirar. Por uma manobra da gestão anterior do Governo do Estado, em 2017, foi realizada uma autorização especial para o funcionamento temporário por dois anos, com a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) e a prefeitura adequando as estruturas de acordo com as normas do Comitê Olímpico Internacional.

 

E pra completar, não teremos mais MotoGP na TV – e o narrador e o comentarista foram demitidos da emissora que transmitia as corridas.

 

Falta muito pra 2020 acabar?

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar