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Que final de semana! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 16 December 2019 08:22

Olá leitores!

 

Que final de semana! Uma bela prova de longa duração no meio do deserto, mais duas finais de campeonato, fizeram a alegria do fã de esporte a motor.

 

No sábado foi disputada mais uma etapa do WEC, 8 Horas do Bahrein, onde apesar de todo o BoP (balanço de performance, artifício usado para equilibrar as forças na pista) desfavorável aos protótipos híbridos da Toyota (que estão em média 3 segundos mais lentos que os mesmos carros em 2017, para terem uma ideia do quanto estão sendo tolhidos; alguns pilotos de carros da LMP2 e da GTE-Pro chegaram a perguntar pros diretores da Toyota qual o procedimento para os ultrapassar...), os mesmos acabaram fazendo a dobradinha de primeiro e segundo lugares, com o carro #7 do trio Mike Conway, Kamui Kobayashi e “Pechito” López chegando uma volta à frente do carro #8 de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Kazuki Nakajima. Um pequeno aparte: a ideia do BoP é ótima, mas implica que o carro por ele atingido perca potência... e portanto fique menos sujeito a quebras. Em uma época na qual a eletrônica já faz os carros quebrarem muito menos do que antigamente, pode ser que não funcione do jeito que os idealizadores pensaram... enfim, como não tenho certeza que apenas aumentar o peso do carro funcione, é uma alternativa. Foram acompanhados no pódio pelo único Rebellion que participou da prova, o #1 de Gustavo Menezes, Norman Nato e Bruno Senna, que completou a corrida mesmo tendo sido atingido logo na primeira curva em uma atitude no mínimo impensada do Charlie Robertson, que deve ter entendido que uma corrida de 8 horas era na verdade de 80 segundos e quis resolver a parada logo na largada... como os dois carros da Ginetta não terminaram a prova, todos os que cruzaram a bandeirada na categoria subiram ao pódio. Na LMP2, vitória do carro #22 do trio Filipe Albuquerque, Paul di Resta e Phil Hanson, seguidos pelo #38 (equipe JOTA) de António Felix da Costa, Anthony Davidson e Roberto Gonzalez em 2º lugar e pelo #37 da equipe Jackie Chan DC pilotado por Gabriel Aubry, Will Stevens e Ho-Pin Tung em 3º lugar. Xandinho Negrão acabou em 5º na categoria e 8º na geral, nada mal.

 

Entre os GTs, na GTE-Pro tivemos a vitória do Aston Martin #95 de Marco Sorensen e Kurt Thiim, pouco mais de 10 segundos à frente da Ferrari #71, vítima de uma daquelas excrecências de regulamento que você só percebe o quão ridículas são quando alguém é punido por aquilo... receberam punição por terem saído da última parada nos boxes destracionando (ou “cantando”) pneus, o que por mais bizarro que possa parecer... é proibido por regulamento. Foram acompanhados no pódio por Alex Lynn e Maxime Martin, do Aston Martin #97. Na GTE-Am, vitória do Porsche #57 de Jeroen Bleekemolen, Bem Keating e Larry ten Voorde, seguidos do Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana, Ross Gunn e Darren Turner em 2º lugar e pelo Porsche Gulf #86 de Benjamin Barker, Michael Wainwright e Andrew Watson.

 

Para encerrar o assunto Endurance, ao mesmo tempo que existem grandes expectativas para a futura classe Hypercar do WEC, que deve substituir a LMP1 como categoria topo, aparecem alguns sinais de alerta... uma das entradas mais esperadas seria a da McLaren, que faz ótimos superesportivos de rua, mas a equipe já disse que a não ser que o regulamento seja compatível com o novo da DPi no IMSA ela não se interessará... por enquanto, garantidas Peugeot (em parceria recém firmada com a Rebellion), Aston Martin e Toyota.

 

Em Interlagos, sob um calor ainda maior que o do final de semana passada na Truck, foi decidido o campeão de 2019 da Stock Car, e Daniel Serra igualou o feito de seu pai Chico Serra alcançando seu terceiro título consecutivo. Merecido, já que é atualmente o mais completo piloto de turismo no Brasil, inclusive sendo considerado piloto categoria Ouro nas provas de Endurance quando vai lá fora competir. Após um início de prova que mais parecia WTCR do que Stock Car, com diversos pilotos se tocando e batendo entre si, a vitória ficou com Thiago Camilo, um prêmio de consolação por ter feito a parte dele mas que não foi suficiente para alcançar o título, já que com Thiago vencendo o título viria desde que Daniel Serra chegasse de 6º lugar pra trás... mas Daniel chegou em 2º, mais do que suficiente para levar o caneco pra casa. Assim, Thiago alcançou seu tetra vice campeonato... agora á trabalhar e tentar de novo ano que vem! Fechando o pódio, em 3º chegou Marcos Gomes, coroando um ano cheio de dificuldades, nenhuma vitória e apenas uma pole, que o impediu de chegar em posição melhor que o 9º lugar no campeonato.

 

Maiores informações sobre a Stock com certeza virão da coluna de nosso especialista na categoria, Milton Alves, na terça-feira!

 

A categoria mais legal da atualidade terminou sua temporada esse final de semana em Sepang, com o vencedor sendo coroado “The King of WTCR”, com direito a trono e tudo mais. Foram 3 corridas muito emocionantes, com chuva, muita chuva, seja com luz natural ou à noite, com direito a uma bandeira vermelha no meio da segunda corrida após o holandês Nicky Catsburg bater em Yvan Muller e seu carro começar a pegar fogo ao retornar à pista... o argentino Esteban Guerrieri (Honda) lutou bravamente, mas ao final das 3 corridas da etapa final o húngaro Norbert Michelisz (Hyundai) foi o campeão da temporada, e coroado “rei do WTCR”, com o argentino tendo de se contentar com o vice campeonato. Provavelmente o título foi perdido em uma saída de pista, onde ele deve ter trazido grama para o radiador e causado o alerta de superaquecimento que fez com que ele diminuísse o ritmo nas voltas finais. Em 3º e 4º lugares na pontuação final ficaram os pilotos Yvan Muller e Thed Björk, cooperando para a equipe Cyan Racing, que compete com os sedãs chineses feitos pela Lynk & Co, atingir o título entre as equipes à frente da BRC Hyundai N Squadra Corsa (equipe do Norbert). A destacar a excelente atuação do estreante da temporada, Mikel Azcona, que pilotou MUITO, mas MUITO mesmo na chuva, com direito a traçado pela parte menos emborrachada da pista nas curvas e tudo o mais. Uma aula de pilotagem na chuva, espetacular o que ele fez. Não ganhou nenhuma das 3 corridas do final de semana, mas encheu os olhos do público que acompanhou a categoria e certamente atraiu atenção para seus patrocinadores, já que sua pilotagem ganhou atenção da transmissão pela TV. Esse vai dar trabalho nos próximos anos... em sua estreia na categoria, o brasileiro João Paulo de Oliveira, há muitos anos radicado no Japão, conquistou o troféu da volta mais rápida patrocinado pela TAG Heuer.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini