Olá leitores! Começa a se aproximar aquele momento do clima de final de festa para alguns campeonatos, e um bocado de gente deve estar pensando no futuro para conseguir desempenhos melhores que esse ano. Lewis Hamilton colocou a última pá de cal na disputa pelo título de 2019 nos Estados Unidos, país onde ele se sente muito bem na vida pessoal e onde, certamente, comemorará muito seu 6º título mundial nos próximos dias antes de embarcar para o Brasil para a etapa tupiniquim do campeonato. Vitória ficou com Valtteri Bottas, que tendo feito 2 paradas de trocas de pneus possuía borracha em melhor condição no final da prova e ultrapassou o companheiro hexacampeão sem que ele pudesse fazer nada além de quase jogar o finlandês para fora da pista... enfim, uma merecida vitória para um dos mais obedientes segundos pilotos da história da categoria. Seu companheiro Lewis Hamilton teve que se contentar com o 2º lugar, que lhe assegurou antecipadamente o título da temporada de 2019 e garantiu que no parque fechado do pódio seu carro ficasse em lugar de destaque, sobre um tapete onde se lia “estacionamento reservado para o campeão do mundo de 2019”, aquelas coisas de eventos que os americanos tão bem sabem fazer. Em 3º chegou Max Verstappen, que até poderia ter tido uma chance de ultrapassar Hamilton e seus desgastados pneus se não fosse uma bandeira amarela ao final da maior reta do circuito na última volta, por conta do Kevin Magnussen que perdeu o freio no final da mencionada reta na penúltima volta... mas foi um bom resultado para o holandês. Seu companheiro Alexander Albon (5º) fez uma grande corrida após cair para último lugar logo na primeira curva da primeira volta. Desempenho impressionante que o fez vencer a votação como Piloto do Dia no site da FIA. Em 4º terminou Charles Leclerc, em um dia complicado, onde a Ferrari errou por atacado, o carro não reagiu bem aos pneus e o motor também não rendeu o esperado. Ao menos foi melhor que o domingo do seu companheiro Sebastian Vettel (20º), que foi o primeiro a abandonar a prova por conta da quebra da suspensão traseira direita. Final de semana para esquecer. Em 6º chegou Daniel Ricciardo, mais uma vez arrancando do carro da Renault um desempenho que ele não tem e fazendo valer o polpudo salário que a equipe francesa lhe paga. Seu companheiro Nico Hülkemberg (9º) não foi bem na primeira parte da corrida, mas reagiu na segunda para conseguir terminar na zona de pontuação. Em 7º, bem perto de Daniel, chegou Lando Norris, que mais uma vez fez uma bela prova com seu McLaren mesmo com as dificuldades demonstradas no começo da prova com os pneus macios. Seu companheiro Carlos Sainz Jr. chegou logo atrás, em 8º lugar, mesmo usando a pior estratégia para o dia (uma parada, ao contrário da duas paradas feitas por Lando). Em 10º lugar chegou Sergio Pérez, que na prática vinha em 10º até a última volta, quando foi abalroado pelo Kvyat, o Russo Trapalhão. Como os comissários decidiram (muito acertadamente, aliás) punir Daniil pela afoita e atabalhoada manobra, ele recuperou sua merecida posição, conquistada durante a prova com muito esforço pelo mexicano. Seu companheiro e Filho do Dono Lance Stroll não conseguiu nada melhor que o 13º lugar. A categoria apresentou as especificações esperadas para os carros de 2021... e pessoalmente gostei. 25 kg mais pesados que os atuais, com a volta do efeito solo, e menos sensíveis à turbulência do carro que estiver na frente. Acho que – se não aparecer uma equipe tão dominante como a Mercedes no atual regulamento – deveremos ter boas disputas. A MotoGP foi até a Malásia para uma corrida como poucas que aconteceram neste ano; afinal, desta vez o vencedor não foi Marc Márquez... Vitória em grande estilo de Maverick Viñalez, que assumiu a liderança ainda na primeira volta e lá se estabeleceu com certa folga até a bandeirada final. Em segundo chegou Marc Márquez, que largou muito bem para compensar a classificação nem tão boa assim e ao final da prova estava em posição confortável, sem conseguir pressionar o líder mas também sem receber pressão do 3º colocado, Andrea Dovizioso, que este sim teve que travar uma grande disputa pela posição e resistir aos ataques do 4º colocado, Valentino Rossi, que fez um excelente trabalho na parte sinuosa do circuito mas que – literalmente – não tinha motor para acompanhar Dovi nas retas, sendo quase 12 km/h mais lento que a Ducati do rival. Que 2019 termine logo para a Yamaha e que eles consigam acertar a mão da moto para o ano que vem, pois esse ano aqui foi terrível. A NASCAR foi para o Texas disputar a antepenúltima prova da temporada, e os ânimos estavam aquecidos... a quantidade de bandeiras amarelas chegou a impressionar no primeiro segmento da corrida, aí no segundo os pilotos se acalmaram um pouco para voltarem a se estranhar (com menos intensidade, é verdade) no último segmento. Vitória categórica do pole position Kevin Harvick, que também venceu o primeiro segmento e liderou 119 das 334 voltas da corrida. Carimbou seu passaporte para a decisão do título daqui a 2 finais de semana lá em Homestead com autoridade. Em 2º chegou Aric Almirola, segundo piloto a mais liderar voltas na corrida (62 voltas lideradas), vencedor do segundo segmento e que vez uma excelente corrida, pressionando Harvick nas voltas finais em busca da liderança mas sem conseguir se aproximar o suficiente para fazer o movimento decisivo. Em 3º lugar, para alegria da sua torcida que estava muito animada na arquibancada, terminou o mexicano Daniel Suarez, em uma das melhores corridas da sua carreira na categoria principal e mostrando que merece uma chance em uma boa equipe ano que vem (já que o carro dele terá outro piloto próxima temporada). Aliás, interessante salientar que os 3 primeiros colocados foram da mesma equipe, Stewart-Haas... desempenho impressionante. Em 4º lugar, completando o quarteto de Ford nas 4 primeiras posições, chegou Joey Logano, colocando-se como muito provável finalista do campeonato já que agora está 20 pontos acima da linha de corte da pontuação para se classificar para a final. Fechando o Top-5 o primeiro carro “não Ford” da corrida, Alex Bowman com seu Chevrolet #88. Próxima semana promete emoções, já que a decisão dos 4 finalistas do campeonato em um oval de apenas 1 milha promete ter muitos, muitos toques entre os carros... Uma nota final sobre a Cascavel de Ouro, um evento maravilhoso que acontece no interior do Paraná, mas que pelo segundo ano consecutivo acaba com problemas na definição do resultado final e questionamentos aos homens na torre de controle da prova. Lamentável. Até a próxima! Alexandre Bianchini |