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Final de semana lotado de opções para os fãs de esporte a motor PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 28 October 2019 04:55

Olá leitores!

 

Final de semana lotado de opções para os fãs de esporte a motor! Das leves motocicletas do Mundial de Motovelocidade até os pesos pesados da Copa Truck, tivemos uma grande variedade de corridas para acompanhar.

 

Fórmula 1 foi até o México para mais uma etapa no outrora desafiador e empolgante Hermanos Rodriguez, em uma corrida que foi marcada pelo quase: quase Hamilton levou o título, quase a estratégia da Ferrari funcionou, quase foi uma boa corrida.

 

Vitória esperada de Lewis Hamilton, conquistada na estratégia da equipe e no talento do piloto. Mesmo com o carro avariado pelo toque entre ele e Max Verstappen na primeira volta, manteve um ritmo forte e conseguiu seguir a estratégia planejada pela equipe quando antecipou a parada nos boxes. Mais uma corrida inspirada do virtual campeão de 2019. Seu lacaio Valtteri Bottas (3º) não recebeu a mesma estratégia do piloto principal e após a parada nos boxes ficou preso atrás da Ferrari, que tinha maior velocidade de reta. Não foi mal, mas também não brilhou.

 

Em 2º chegou Sebastian Vettel, que demonstrou não ter confiança nos estrategistas da Ferrari (justificadamente, aliás) e adiou sua parada nos boxes para ter pneus melhores no final. Acabou não dando muito certo, mas ainda foi um bom resultado. Seu companheiro Charles Leclerc (4º) foi para uma estratégia de 2 paradas nos boxes, que acabou não surtindo o efeito desejado. Ao final da prova, mostrou ser discípulo da escola Max Verstappen de reclamação e reclamou de quase tudo, menos do erro que ele mesmo cometeu na pista.

 

Em 5º terminou Alexander Albon, que esteve muito bem o final de semana todo, pilotou rápido e sem erros, e não fosse o tráfego após a primeira das 2 paradas para troca de pneus poderia ter almejado uma posição melhor. Uma das gratas revelações do ano. Seu companheiro Max Verstappen (6º) além de ter perdido a pole position por burrice (desrespeitar a bandeira amarela é uma coisa, dizer que fez de propósito é outra completamente diferente) acabou se tocando com Hamilton na primeira volta e depois teve o pneu furado ao tentar passar o Bottas. Não exatamente um final de semana memorável...

 

Em 7º chegou Sérgio Pérez, muito feliz por pontuar em frente à sua animada torcida e com a sua boa pilotagem na corrida, sendo o primeiro tirando os carros das grandes equipes. Conteve com habilidade os ataques de Ricciardo, que tinha pneus em melhor estado. Seu companheiro e filho do dono Lance Stroll (12º) foi bem na primeira parte da prova, menos bem na segunda, e acabou ficando sem pontuar.

 

Em 8º terminou Daniel Ricciardo, satisfeito por conseguir pontuar em um final de semana em que as coisas definitivamente não funcionaram bem para a Renault. Arrancou do carro mais do que ele tinha para oferecer. Seu companheiro Nico Hülkemberg (10º) deveria ter cruzado a linha de chegada logo atrás de Daniel, mas foi atingido pelo Daniil “Torpedo” Kvyat e foi parar de traseira no muro... com a punição dada ao russo desastrado, ainda conseguiu um pontinho de consolação.

 

Em 9º chegou Pierre Gasly, definitivamente mais à vontade com o carro da Toro Rosso que com o da Red Bull, mostrando um desempenho satisfatório e extraindo do carro aquilo que ele é capaz de entregar. Seu companheiro Daniil Kvyat (11º) praticamente só ficou lembrado por tocar no Nico na última curva da última volta... mas conhecendo a ficha corrida do elemento, nada surpreendente.

 

Semana que vem deveremos ter enfim a celebração do campeonato do Hamilton, já que não acredito que Bottas consiga adiar mais uma vez o inevitável.

 

Na Austrália tivemos mais uma etapa da MotoGP, com mais uma previsível vitória de Marc Márquez, mas o resto do pódio felizmente não seguiu os padrões costumeiros. Previsível, mas não fácil, já que foi uma liderança conquistada no final da penúltima volta, e o campeão antecipado da temporada teve muito trabalho para alcançar essa posição. O resultado final, com mais de 10 segundos sobre o 2º colocado, não reflete a realidade da corrida. Graças, principalmente, a Maverick Viñales, que a poucas curvas do final quis tentar recuperar a liderança numa freada em descida com a pista começando a ficar úmida e... foi direto para o chão, quase levando Márquez junto (a moto passou perto, bem perto do espanhol da Honda). Sorte de Cal Crutchlow, que subiu ao pódio em 2º lugar, e de Jack Miller, que chegou em 3º e fez uma excelente corrida com a Ducati da equipe Pramac, inclusive recebendo os parabéns do D’Aligna, chefe da Ducati oficial de fábrica. Quem sabe não surge uma vaga na equipe principal em 2021 para Miller? Afinal, os pilotos da equipe de fábrica ficaram lá pra trás, com Petrucci abandonando e Dovizioso apenas em 7º lugar. Aliás, a outra Ducati da Pramac (a de Bagnaia) chegou em 4º à frente da Suzuki de Mir (que fez uma grande prova) em 5º e da Aprilia de Iannone em 6º. Iannone é um caso estranho: extremamente rápido nos dias que está inspirado... o problema é que não dá pra saber com antecipação se estará ou não inspirado no dia da corrida.

 

A Copa Truck foi até o Velopark para sofrer com as condições climáticas neste domingo, pois a chuva chegou e chegou com muita força. Ambas as corridas do dia começaram em bandeira amarela com o carro madrinha na frente, mas a primeira foi encerrada quando completou 75% da duração e pôde ser considerada a pontuação integral... as condições da pista estavam realmente complicadas para veículos tão pesados e com tanta potência. Nessa primeira prova, vitória de Roberval Andrade (Mercedes), seguido de Beto Monteiro (VW) em 2º e Paulo Salustiano (VW) em 3º. A segunda corrida conseguiu ser feita com a totalidade do tempo previsto pois a chuva não piorou, e vimos uma prova bastante movimentada graças ao grid invertido para os 8 primeiros colocados. E se a vitória ficou nas mãos de Wellington Cirino (Mercedes), que largou em 2º lugar, o 2º lugar na bandeirada ficou com Paulo Salustiano, que largou em 6º, e o 3º com Roberval Andrade, que largou em 8º. Quem não deve ter gostado nada da corrida foi o pessoal que cuida dos gramado da área de escape da primeira curva, vão ter um trabalho razoável pra consertar o que os caminhões fizeram de estrago por alí...

 

 Com certeza vocês poderão ter uma matéria muito mais completa a respeito da etapa espanhola do WRC na coluna dos nossos especialistas em rally, mas não posso deixar de dar os parabéns ao Ott Tänak (Toyota Yaris) pela conquista antecipada do título e de recordar um dos momentos mais hilários do final de semana, quando logo no primeiro dia de competição o hexacampeão Sébastien Ogier teve problema de vazamento que o deixou sem a assistência hidráulica do seu Citroën C3... aí a esposa do Ogier entrou muito brava (o termo correto não foi esse, mas...) no Twitter e soltou que “era uma vergonha a Citroën entregar um carro daqueles para um campeão mundial” e completou com a hastag “Shitroen”... eu não deveria, mas ri. Ri muito. Gargalhei, na verdade. Com Ogier fora da disputa pelo título, cabia a Thierry Neuville (Hyundai i20) vencer o rally e torcer para Tänak não chegar em segundo lugar... até venceu, mas o estoniano terminou o rali em 2º lugar e foi o primeiro campeão mundial de rali nascido na Estônia e o primeiro desde 2003 (título do meu ídolo Petter Solberg) a não ter Sébastien como primeiro nome (deu Sébastien Loeb de 2004 a 2012 e Sébastien Ogier de 2013 a 2018), assim como o primeiro título de pilotos para a Toyota desde Didier Auriol em 1994. Pódio completo com Dani Sordo, também de Hyundai i20. A título de curiosidade, Ogier terminou a corrida... em 8º lugar, atrás de Loeb (Hyundai), Latvala (Toyota), Evans (Ford) e Suninen (Ford). Talvez, bem talvez, a esposa do Ogier não esteja tão errada assim...

 

E a NASCAR foi para mais uma etapa dos playoffs, em uma pista que confesso que me falta a bagagem cultural do “Bible Belt” para conseguir gostar: sim, os sulistas estadunidenses gostam de Martinsville... mas eu não consigo ver a menor graça naquilo ali. E o problema não é ser um oval curto: adoro Richmond, adoro Bristol, mas aquele treco ali não tem a menor condição. Se ao menos produzisse corrida boa... a desse domingo foi tão, mas tão emocionante, que comecei a alternar na TV a cabo entre a NASCAR e o jogo de futebol americano com o Patriots – que por sinal também não estava assim uma beleza, nem torço pros Patriots, mas estava melhor que aquela sinistrice redneck. Uma parte da chatice foi por conta do excesso de competência de Martin Truex Jr., que dominou 464 das 50º voltas da prova. Uma vitória das mais maiúsculas, verdadeiramente categórica. Em 2º chegou William Byron, que se esforçou ao máximo mas não conseguiu chegar próximo o suficiente para tentar uma ultrapassagem sobre Truex, mesmo tendo sido o “melhor do resto” do pelotão. Truex esteve em um domingo inspirado. Em 3º terminou Brad Keselowski, em 4º Denny Hamlin e fechando o Top-5 Ryan Blaney. Após a bandeirada, o Joey Logano foi tirar satisfação com o Hamlin pois entendeu que o piloto do carro #11 teria “jogado ele de propósito no muro” (como se o Logano não fosse famigerado por fazer isso com os outros pilotos...), e a discussão ficou civilizada até o Logano dar um pequeno empurrão no ombro do Denny e dar as costas para ele... aí largaram os entretanto e partiram para os finalmente, sendo separados pelos chatos da “turma do deixa disso”. Sinceramente, não vi nada que o Hamlin tenha feito com o Logano que o Logano não faça com os outros, mas enfim...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini


Last Updated ( Monday, 28 October 2019 06:18 )