Olá leitores!

Vocês devem saber como é, quando as coisas começam a quebrar nunca quebram isoladamente... e infelizmente os consertos do desktop seja do notebook acabaram demorando mais do que eu esperava (até porquê confesso que pensei em comprar equipamentos novos, mas o preço dos mesmos aqui na Banânia fez com que eu percebesse que teria que consertar os antigos mesmo), enfim, ficam meus públicos agradecimentos ao Paulo, que tão bem me substituiu nestas duas semanas em que, fora do trabalho, tive que escrever apenas naquela odiosa tela touchscreen do celular. Desculpem os fãs de novas tecnologias, mas teclado “físico” ainda é o melhor para escrever. Em tempo: já tive experiência com caneta touch e também achei muito ruim.

Enfim, vamos adiante com o carrinho de rolemã: final de semana começou com a DTM fazendo uma de suas mais tradicionais provas, a corrida na pista de rua de Norisring, em torno daquela arquibancada enorme feita para os discursos furados do austríaco de bigodinho ridículo em um parque de Nuremberg. Na corrida do sábado, Pietro Fittipaldi percebeu da pior maneira possível que corrida de carro de turismo em circuito de rua é uma arte que necessita de experiência para ser bem sucedida: adotou posicionamento de piloto de fórmula e acabou levando a pior na disputa interna da equipe Aston Martin entre o menino Habsburg e o experiente Di Resta: o primeiro tocou no segundo, que perdeu o controle e “carimbou” o carro do brasileiro, levando este a abandonar a corrida quase que imediatamente parando o carro em um ponto que oferecia risco de acidente com outros pilotos, provocando o acionamento do safety-car... safety-car esse que salvou a corrida de René Rast (Audi). Explicando: ele largou MUITO mal, caiu dos primeiros para os últimos lugares e a equipe resolveu partir para uma estratégia ousada: fazer o quanto antes a parada obrigatória pra troca de pneus e apostar que a durabilidade deles fosse o suficiente até o final. Deu certo, com contribuição do pesado pé direito do piloto, que ao final estava 34s498 à frente do segundo colocado, Nico Müller (Audi), isso em uma pista onde a pole position para a prova foi de 46s337... mais de meia pista de vantagem. Fechando o pódio, grudado em Nico, passou o BMW de Joel Eriksson em 3º lugar. No domingo, uma prova histórica para Bruno Spengler (BMW), que encerrou um jejum de vitórias na categoria que já durava 2 anos. Foi acompanhado no pódio nesse momento de grande felicidade por Jamie Green(Audi) em 2º lugar e por Mike Rockenfeller (Audi) em 3º lugar. Mais uma corrida difícil para Pietro, que não passou de um 15º lugar a 2 voltas de atraso do vencedor.

No Mundial de Superbike, o inacreditável aconteceu: após um início de temporada absolutamente dominante, Alvaro Bautista (Ducati) conseguiu a proeza de perder a liderança do campeonato... agora Jonathan Rea (Kawasaki) é o novo líder após as duas etapas disputadas neste final de semana em Donington Park. Na molhada corrida do sábado, Bautista caiu e abandonou na metade da corrida, ao passo que Rea venceu a prova acompanhado no pódio por Tom Sykes (BMW) em 2º lugar e por Leon Haslam (Kawasaki) em 3º lugar. A corrida do domingo teve tempo limpo, e uma nova vitória de Rea, mas dessa vez acompanhado no pódio pelo (impronunciável e quase impossível de escrever) Toprak Razgatlioglu com sua Kawasaki independente em 2º lugar e por um atônito Álvaro Bautista em 3º lugar. Após esse final de semana, acredito que Rea se encaminha firmemente para mais um título, já que a pontuação atual é de 376 pontos para Rea e 352 para Bautista, sem perspectivas de uma recuperação psicológica do piloto da Ducati...

A MotoGP foi até a Alemanha para mais uma etapa na pista de Márquezring, digo, Sachsenring, onde de maneira absolutamente previsível Marc Márquez conquistou sua 10º vitória consecutiva nesta pista. Sim, 10 vitórias nos últimos 10 anos... ainda bem que do 2º lugar para trás a briga foi acirrada, ao menos evitou que o público caísse no sono. Marc foi acompanhado no pódio por um Maverick Viñalez (Yamaha) que mostrou muita combatividade e velocidade nesta pista e pelo sempre falastrão Cal Crutchlow em 3º. Fora do pódio, a dupla da Ducati oficial fechou em 4º e 5º lugares, respectivamente Petrucci e Dovizioso... Dovi precisa urgentemente “acordar pra cuspir” se não quiser perder o vice campeonato. Valentino Rossi mostrou que apesar do seu enorme talento já chegou aquele difícil momento de pensar em aposentadoria, já que o 8º lugar em que terminou é inadequado à história dele como piloto. Adoro ele, mas... uma hora todo esportista tem que pensar em se retirar.

A IMSA foi até Mosport Park para mais uma etapa, e dessa vez teve dobradinha da Mazda Joest, que fez 1º e 2º lugares respectivamente com Oliver Jarvis/Tristan Nuñez e Harry Tincknell/Jonathan Bomarito. O pódio foi completo pelo Acura de Dane Cameron e Juan Pablo Montoya em 3º. Os brasileiros Pipo Derani e Felipe Nasr terminaram em 4º lugar e o carro de Hélio Castroneves/Ricky Taylor em 5º lugar. Victor Franzoni teve um domingo para esquecer e terminou em 32º lugar, com 25 voltas de atraso. Na GTD a dupla feminina do carro #57 de Katherine Legge/Bia Figueiredo terminou em 6º na classe e 25º na geral... not bad, really not bad.

E a NASCAR deveria ter corrido na noite de sábado em Daytona, mas a forte chuva impediu a concretização do planejado, pelo que a prova noturna do sábado acabou virando a prova diurna dominical. Prova diurna essa que terminou mais cedo devido à inclemência climática, mas que teve tempo de acontecer aquilo que o povo da NASCAR gosta, um “Big One” envolvendo ao total 18 carros, inclusive os 4 da Joe Gibbs Racing... acidente esse causado por uma “fechada” de Austin Dillon em Clint Bowyer digna do trânsito das grandes cidades, não de uma disputa a mais de 300 km/h. Sabe aquela fechada que você leva no trânsito e xinga o outro motorista? Pois é, foi aquilo. Ao final a vitória ficou com o estreante (3ª corrida na categoria principal) Justin Haley, seguido por William Byron em 2º, Jimmie Johnson em 3º (até que enfim...), Ty Dillon em 4º e com Ryan Newman fechando o Top-5. Não lembro de cabeça a última vez que carros da Chevrolet fecharam de 1º a 4º lugares na corrida, talvez por isso a tempestade de raios e depois a chuva que caíram no autódromo...

Até a próxima!