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Written by Administrator   
Monday, 17 June 2019 07:28

Olá leitores!

 

Descontando a categoria principal, QUE CORRIDA MARAVILHOSA que tivemos em La Sarthe esse final de semana! Na LMP1, o pé congelado do “Pechito” López arrancou a vitória (merecida) do carro #7 e deu a chance dos cartolas da Toyota mandarem um “traga o carro pra casa” e selarem a vitória do carro #8, com Don Lloronso de las Astúrias, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Entretanto, nas outras categorias nem pareceu uma corrida de 24 Horas, os pilotos duelaram como se fosse uma prova de 500 km ou algo semelhante. Simplesmente emocionante as disputas, principalmente entre os Gts. Em 3º na LMP1 chegou o carro #36 da SMP Racing, com os russos Mikhail Aleshin e Vitaly Petrov e o belga Stoffel Vandoorne. Na LMP2 tivemos vitória na categoria E no campeonato de pilotos para o trio da Signatech Alpine formado por André Negrão/Nicolas Lapierre/Pierre Thiriet no carro #11, que faturaram a corrida e o título do campeonato 2018/2019 sobre o carro da Jackie Chan Racing #38 pilotado por Gabriel Aubry, Ho-Ping Tung e Stéphane Richelmi. Em 3º na LMP2 chegou o carro #28 com François Perrodo, Loïc Duval e Matthieu Vaxivière. Na GTE-Pro, mais um brasileiro no topo do pódio: comemorando os 70 anos da primeira vitória da Ferrari em Le Mans, o trio da Ferrari 488 GTE Evo #51 da AF Corse formado por Daniel Serra, Alessandro Pier Guidi e James Callado levou a melhor sobre os dois carros da equipe oficial da Porsche que chegaram em 2º e 3º na mesma volta que eles, respectivamente o #91 de Frédéric Makowiecki/Gianmaria Bruni/Richard Lietz e o #93 de Earl Bamber/Nick Tandy/Patrick Pilet. Um certo clima melancólico na categoria por ser a última prova dos Ford GT como carros oficiais e a última prova dos Corvette C7R, que devem ser substituídos pelo C8R com motor central, para tristeza dos puristas. Quem também se despediu foi a BMW, que resolveu levar seus M8 para competir no IMSA, onde os regulamentos são menos “viajantes” que os do WEC. Na GTE-Am também tivemos brasileiro no topo do pódio: o Ford GT #85 de Felipe Fraga/Ben Keating/Jeroen Bleekemolen se impôs sobre o Porsche #56 de Egidio Perfetti/Jörg Bergmeister/Patrick Lindsey (em 2º na categoria) e a Ferrari #84 com o brasileiro Rodrigo Baptista compondo a equipe com Jeff Segal e Wei Lu terminando em 3º lugar. Simplesmente uma das melhores edições das 24 Horas de Le Mans dos últimos tempos para os pilotos brasileiros, mostrando que sim, existe vida fora da decadente Fórmula 1, e ela pode ser muito promissora.

 

Na hora final das 24 Horas de Le Mans tivemos a largada da MotoGP na chata pista de Montmelò… bom, não preciso dizer que vi apenas o VT depois da prova, e agradeci muito por não ter largado a competição na França para assistir ao ex piloto em atividade Jorge Lorenzo mostrar que a viagem que fez até a sede da Honda lá no Japão serviu para ele aprender outro estilo de dominar a moto: o estilo kamikaze, que fez com que logo na segunda volta o elemento pernicioso abusasse da moto, perdesse a aderência da dianteira e caísse, levando junto Andrea Dovizioso, Valentino Rossi e Maverick Viñales… depois foi se desculpar nos boxes da Yamaha, mas aí não adiantava mais. A decisão de comissário da FIA já tinha sido feita e a corrida de outros 3 pilotos, inclusive o único que ainda tinha alguma esperança de duelar com o parceiro de equipe dele, já tinham sido arruinadas. Por conta desse strike do espanhol, Marc Márquez foi acompanhado no pódio por Fabio Quartararo em 2º lugar e por Danilo Petrucci em 3º.

 

Na Sardenha mais uma edição do Rali da Itália, e após 6 anos Dani Sordo voltou a sentir o gosto da vitória. Esse era um piloto que eu tinha muita esperança quando apareceu no WRC pela Citroën, mas que “se perdeu” na pilotagem e na escolha de equipes onde correr. O tempo passou e ajudou ele a se focar novamente, e com um pouco de sorte (graças ao problema na direção hidráulica do Toyota de Ött Tänak) voltou ao posto de honra no pódio com o Hyundai. O estoniano teve de se contentar com o 5º lugar, à frente de seu rival no campeonato Thierry Neuville, que chegou em 6º. O pódio foi completo com Teemu Suninem (Ford) conquistando sua melhor posição na categoria principal do rali chegando em 2º e com Andreas Mikkelsen (Hyundai) conquistando a 3ª posição após ser o mais rápido piloto do último dia de competição.

 

O momento mais bizarro da semana que passou foi o “glorioso” Emanuelle Porra, digo, Pirro, tentando “justificar” a descabida punição ao Vettel. Segundo o mais medíocre piloto a vencer as 24 Horas de Le Mans, tentando defender a decisão dos comissários e indo contra opiniões MUITO mais abalizadas que a dele (como Mario Andretti, Nigel Mansell, Jenson Button, Damon Hill, entre outros), “o mundo mudou”. VERDADE. O mundo mudou. Inclusive mudou o suficiente para dispensar a figura do comissário. Para que se precisa de seres humanos? Para INTERPRETAR as regras e PENSAR se aquela ação, naquele momento, é passível OU NÃO de punição. Se é para aplicar ao pé da letra o regulamento, se é para não diferenciar uma saída da pista na área de escape de asfalto de uma saída na grama (com coeficiente de aderência muito inferior), então NÃO SE PRECISA de comissários. Temos softwares de leitura de imagens que podem interpretar a imagem e verificar se houve uma “infração” ou não, inclusive muito mais rapidamente que os comissários, e aplicar a punição prevista pelo regulamento. Para fazer aquele LIXO de julgamento, repito, NÃO PRECISAMOS DE COMISSÁRIOS, softwares são capazes de fazer aquela m… mais rápido, melhor e mais barato. Mundo mudou? Sim, inclusive o suficiente para dispensar a ultrapassada, caquética e tendenciosa figura do “comissário desportivo”. Agora é só esperar a Mercedes vencer todas as outras provas do calendário (afinal, o carro não quebra, os pilotos não erram e segundo os “comissários” da FIACEDES, punições são aplicáveis apenas se você não for da Mercedes) e o campeonato acabar, no máximo, em Spa-Francorchamps. Próximo domingo teremos o GP da França, mais uma pista que favorece MUITO os Mercedes, assim como devem ser os favoritos na Inglaterra, Áustria, Alemanha, Bélgica, Itália, Rússia, Japão, México, EUA e Brasil, no mínimo. Acho que Hungria e Singapura pode ser que a Red Bull consiga, talvez, e se os comissários deixarem, ameaçar a supremacia da Mercedes, mas bem talvez. Não apostaria dinheiro nisso. Aliás, a vontade de não mais comentar F-1 até o final do ano é ENORME. A FIA conseguiu matar a F-1, agora é só deitar no caixão e colocar embaixo da terra. A propósito, meu paradigma para “coisa inútil” passou de “anjo da guarda da família Kennedy” para “comissário da FIA”.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini