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Final de semana de gala para o automobilismo PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 May 2019 04:07

Olá leitores!

 

Final de semana de gala para o automobilismo: F-1, Indy 500, Coca Cola 600 em Charlotte e brasileiro no lugar mais alto do pódio na F-E, um verdadeiro prato cheio para o fã de esporte a motor.

 

Comecemos com a Fórmula 1, que foi fazer sua mais charmosa etapa em Mônaco sob o manto de luto da morte por problemas renais de Andreas Nikolaus Lauda, o homem que contornou a morte mais de uma vez… muitas foram as homenagens, todas mais do que merecidas a um dos (em minha opinião) 10 melhores pilotos da história da categoria.

 

Vitória de Lewis Hamilton, cada vez mais próximo do sexto título mundial. Pelo ritmo da coisa, acho que ele será campeão de 2019 em Monza, na casa da Ferrari. Nas voltas finais batalhou muito para conseguir fazer a estratégia pensada pela equipe funcionar, e deu certo em parte devido ao fato que em Mônaco se o piloto da frente não quiser deixar o de trás passar, ele não passa. Merecida vitória, dedicada ao Niki Lauda, homenageado pelo inglês na pintura do capacete. Seu companheiro Valtteri Bottas (3º lugar) o acompanhava de perto até a entrada do safety-car, onde perdeu um pouco mais de tempo por ter entrado imediatamente atrás do Lewis para a troca de pneus e ainda levou um toque do Verstappen na “divisão” de espaço no apertado pit lane de Mônaco. E como desgraça nunca vem sozinha, o pneu furou e teve que voltar aos boxes, o que o fez perder mais uma posição (para Tião Alemão), resultando em cruzar a bandeirada em 4º lugar… aproveitou-se da punição dada ao Max para estar em 3º, que foi o pior resultado dele no ano e o colocou 20 pontos atrás do Hamilton na pontuação.

 

Em 2º chegou Sebastian Vettel, que desta vez não rodou nem bateu e acabou contribuindo para um resultado menos pior da Armata Brancaleone, digo, Scuderia Italia/Mission NoWin, ops, Scuderia Ferrari/Mission Winnow. Depois do vexame na classificação a equipe fez o básico com o carro do alemão e apenas escolheram pneus que não esquentavam o suficiente para ele. Claro, seria impossível ficar um dia inteiro sem a equipe errar… seu companheiro Charles Leclerc (20º) estava muito animado para correr perante sua torcida, mas… no sábado perdeu a chance de passar do primeiro segmento da classificação por conta de uma economia burra de jogo de pneus macios, e teve de largar em 15º… quando se larga lá atrás, numa pista de rua, se é obrigado a correr mais riscos, e na tentativa de passar Hülkemberg teve um pneu furado, que no caminho pros boxes danificou o assoalho do carro e o forçou a abandonar a prova. A Ferrari de 2019 me lembra muito a mesma equipe no ano de 1992… e isso NÃO é um elogio.

 

Em 4º na classificação final, mas 2º na pista, graças à inteligência do regulamento da categoria, que preconiza que erro da EQUIPE seja compensado com punição ao PILOTO, chegou Max Verstappen. Foi o grande destaque da prova, certamente, e merecia seu lugar no pódio. Enfim, é um piloto que perante os comissários de prova paga pelos seus erros do passado. Seu companheiro Pierre Gasly (5º) mostrou que está se adaptando melhor ao carro e terminou a prova a, arredondando, 10 segundos de Hamilton… o que não deixa de ser um sinal promissor para quem começou tão mal o ano.

 

Em 6º chegou Carlos Sainz Jr., conseguindo um grande resultado para a equipe McLaren, que se desacostumou a ser a “melhor do resto” da categoria. Após a ultrapassagem que fez nas Toro Rosso na primeira volta, um resultado pra lá de merecido. Além disso, a equipe montou uma estratégia que funcionou, coisa que certos italianos não conseguem… seu companheiro, Lando Norris (11º) não conseguiu lidar bem com os pneus e teve seu desempenho comprometido por isso no final, mas por ser um piloto em seu primeiro ano na categoria completamente perdoável.

Em 7º e 8º chegou a dupla da Toro Rosso, respectivamente Daniil Kvyat e Alexander Albon, excelente resultado para ambos e que mostrou que em pistas travadas a Toro Rosso tem um pacote competitivo. Ambos souberam administrar a questão do consumo de pneus e o tráfego muito bem.

 

Em 9º terminou Daniel Ricciardo, voltando a pontuar com seu Renault mas ainda não satisfeito com o desempenho do carro. Perfeitamente compreensível, embora tenha sido prejudicado pelo momento escolhido pela equipe para a troca de pneus (durante o safety-car). Seu companheiro Nico Hülkemberg (13º) esteve em um daqueles difíceis dias em que tudo deu errado, começando pelo furo de pneu causado por Leclerc e depois ficou encaixotado no meio de outros carros com menos ritmo de corrida que ele… agora é torcer por melhor sorte na próxima etapa.

 

Fechando a zona de pontuação chegou Romain Grosjean, que até que obteve um resultado positivo para quem largou em 13º em um pista sem ponto claro de ultrapassagem. Seu companheiro Kevin Magnussen (14º) perdeu posições na largada e daí para frente foi administrar o prejuízo… outro que não tem muito o que agradecer pelo domingo.

 

Próxima corrida na Ilha de Notre Dame, no Canadá, pista que deve trazer o mundo de volta à normalidade, ou seja, dobradinha da Mercedes com 3º lugar da Red Bull… vamos ver.

 

Outra prova importante desse domingo foram as 500 Milhas de Indianapolis, que tiveram de tudo que se possa imaginar: de erro infantil de Hélio Castroneves a aula de defesa nas voltas finais. Ao contrário da sonolenta edição do ano passado, essa no mínimo conseguiu manter o público atento aos acontecimentos. Jordan King mandou um mecânico seu para o departamento médico, ao atropelar um dos pneus que seriam colocados no seu carro, e o grande herói Kyle Kaiser (aquele que no carro da equipe com menos recursos tirou Fernando Alonso da corrida) também abandonou após visitar o muro graças a um furo de pneus. O autêntico jogo de xadrez sobre rodas terminou com a vitória do francẽs Simon Pagenaud, que conteve os ataques de Alexander Rossi (2º) e deu uma verdadeira aula de pilotagem defensiva nas voltas finais. Os brasileiros não tiveram o resultado desejado: o melhor foi Tony Kanaan, que conseguiu ótimo ritmo de corrida com o carro de A. J. Foyt mas sofreu com o trabalho da equipe abaixo do esperado e ainda assim terminou em 9º lugar. Seu companheiro Matheus Leist, 15º, até que fez uma corrida razoável para uma primeira 500 Milhas em uma equipe pequena, resultado bastante aceitável levando em conta a conjuntura. Já Hélio Castroneves, penalizado por um drive-through por causa do toque infantil, não passou de 18º lugar.

 

Sábado tivemos a Fórmula E correndo na pista feita no antigo aeroporto de Tempelhof, e a boa notícia foi a vitória de Lucas di Grassi, em uma grande atuação e fazendo importantes ultrapassagens. Essa atuação o deixou em condições de disputa do título, que é difícil mas não impossível… vamos ver as próximas etapas. Foi acompanhado no pódio por Sébastien Buemi em 2º lugar e por Jean-Éric Vergne em 3º, este ainda franco favorito ao título. Felipe Massa não teve um sábado glorioso, e foi apenas o 15º colocado… embora justiça seja feita, seu companheiro de equipe não passou de 11º, ou seja, ambos os carros da Venturi andaram mal.

No Jaguar i-Pace e-Trophy, dobradinha brasileira, com Cacá Bueno em 1º e Sérgio Jimenez em 2º lugar. Com esse resultado, Sérgio passa a ser o líder do campeonato com 6 pontos de vantagem pra Bryan Sellers. A rodada dupla de Nova Iorque, encerramento do campeonato, promete…

 

Na NASCAR a prova comemorativa do feriado do Memorial Day nesta segunda-feira, as 600 milhas de Charlotte, viram Martin Truex Jr. conquistar sua 3ª vitória do ano com uma excelente relargada a 5 voltas da bandeirada e uma intensa luta contra Joey Logano, que fez tudo o que podia para vencer a prova mas teve que se contentar com o 2º lugar. Em 3º chegou Kyle Busch, que fez um bom 3º segmento mas não esteve suficientemente veloz nas voltas finais, ainda assim conseguindo um grande resultado. Em 4º chegou Chase Elliott, que mais uma vez foi o melhor dos Chevrolets e está em grande fase, e fechando o Top-5 tivemos Ricky Stenhouse Jr., em uma de suas melhores corridas dos últimos tempos.

 

 

Como nota triste, mais uma morte no Superbike Brasil. Dessa vez foi Danilo Berto, 35 anos, que sofreu as consequências da não adoção de proteção adequada (como o air fence) para motos em Interlagos. Sentimentos à família e amigos do piloto.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini