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25 anos de muita saudade... PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 23 April 2019 21:24

25 anos. 1º de maio de 1994. Difícil encontrar um brasileiro que não se lembre deste dia. Pra mim, um dos mais tristes da história do esporte mundial. Ainda me lembro como se fosse hoje. A batida, a tensão, a falta de informações, a confirmação da morte e toda a comoção nacional. Eu, você, muita gente “perdeu” naquele dia o seu maior ídolo.

 

Ayrton Senna da Silva não foi grande só nas conquistas na pista, onde os números falam por si, mas também em suas ações, seu exemplo, um legado enorme deixado por um jovem com pouco mais de 30 anos.

 

Pra mim, uma influência enorme e que me levou a trabalhar hoje com este esporte tão emocionante e que “vicia”. Impossível estar no meio do automobilismo e não se apaixonar.

 

Comecei a acompanhar esportes e ver corridas, principalmente, por influência do meu pai. Acordávamos de madrugada, passávamos as manhãs de domingo grudados na TV. Era o nosso momento especial.

 

Lembro que durante um período havia manutenção da rede de energia elétrica na região onde morávamos, no Jardim Paulistano, em São Paulo, todo os domingos pela manhã. Mas isso não impedia que a gente acompanhasse as corridas. Tínhamos uma pequena TV, que era ligada no “acendedor de cigarros” do carro, e lá íamos nós. Ficávamos ali na garagem até a corrida acabar.

 

No primeiro título do Senna, em 1988, fiz meu pai sair mais cedo de uma festa (a formatura de um de seus irmãos) para me levar para o hotel para ver a corrida.

 

Eu, com 13 anos, não parava quieta no hall do hotel, onde outras pessoas também acompanhavam a corrida na TV. Pulava, gritava, como chorei. De desespero no começo da prova. E de alegria no final com a conquista do primeiro título.

 

Vieram mais dois títulos, todas as poles, vitórias, pódios. Como nossas manhãs de domingo eram felizes... Até aquele 1º de Maio. Eu já estava na faculdade de jornalismo e sonhava um dia ter a chance de entrevistar o meu maior ídolo. Infelizmente, não deu tempo.

 

 

 

Ainda lembro das lágrimas nos olhos do meu pai, quando veio a confirmação da morte do Ayrton... Uma das poucas vezes em que o vi tão emocionado.

 

Vivi o luto com toda a nação. Chorei até não poder mais, comi pouco, dormi mal aquela semana inteira. Fiz minha mãe ir comigo ver o cortejo passando próximo a rua lá de casa. Tenho certeza de que todo mundo se lembra daquele dia...

 

Continuei a faculdade, segui acompanhando a Fórmula 1, torcendo muito e, quem diria... Anos depois eu estava cobrindo meu primeiro GP do Brasil, em Interlagos, pelo jornal A Gazeta Esportiva em 1998. Lá estava eu... entrevistando Michael Schumacher, Mika Hakkinen, Rubens Barrichello...

 

Entrei neste meio da velocidade e não saí mais. Até tentei por seis meses. Mas não consegui e voltei.

 

Não entrevistei o Ayrton, mas tive a sorte de entrevistar algumas vezes o Emerson Fittipaldi e o Nelson Piquet. Lembro que adorava entrevistar o Nelsão. Voltava para o jornal feliz e sempre com alguma pauta que renderia uma manchete e tanto no jornal. O Nelson e seu jeito autêntico eram sinônimos de boas entrevistas.

 

Passados 25 anos, minha paixão pelo Ayrton continua. E certeza que ele me inspira a continuar neste esporte até hoje. Quanta honra hoje olhar para traz e ver que eu já trabalhei com tantos pilotos importantes na nossa história, como o Christian Fittipaldi e o Rubens Barrichello, que eu também admiro demais.

 

25 anos de saudade... Mas a gratidão eterna por ter acompanhado estes anos de glória do Brasil nas pistas!

 

Fernanda Gonçalves

 

Fernanda Gonçalves é Diretora Executiva da FGCom Assessoria em Comunicação

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