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Testes, micos e NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 25 February 2019 02:26

Olá leitores!

 

Semana movimentada, com muitos testes sendo feitos, muitas novidades e alguns “micos”, além da NASCAR mexendo mais uma vez no regulamento para tentar aumentar a atratividade das corridas para as novas gerações.

 

A Fórmula 1 foi até Barcelona fazer testes, e como de costume a Ferrari andou muito bem (o que me leva a crer que mais uma vez vai ficar devendo o título, como foi comum nos anos 80), completou grande número de voltas e pareceu ter um carro bastante consistente. Quem pode surpreender é a Red Bull, já que miraculosamente não reclamaram do fornecedor de motor… algo me diz que até a segunda metade da temporada a Honda pode ter um equipamento bem interessante para a marca dos energéticos, assim como para a Toro Rosso. Mercedes se concentrou nos pneus mais duros, e quando andou com o pneu macio ele se desgastou bastante.

 

Já que citei os pneus, essa temporada a Pirelli resolveu simplificar um pouco aquela grande quantidade de cores que existiam ano passado, e as borrachas ganharam nova nomenclatura, do mais duro C1 até o mais macio C5. Pela lógica, e como o C5 deve ser usado apenas em pistas de baixa como Mônaco e Hungaroring, por exemplo, suponho que na maior parte das pistas a opção mais macia disponível seja o C4… aquele pneu com a faixa vermelha que a Mercedes sofreu consideravelmente em algumas pistas, e que agora tem nome de explosivo.  Não sei se é um bom prognóstico…

 

Surpreendente o desempenho da Alfa Romeo, quase tão surpreendente quanto as imagens do Kimi Räikkönen sorrindo. Vamos ver se na temporada o desenho revolucionário da asa dianteira deles vai funcionar, bonita ela com certeza ficou. Renault mostrou velocidade e poucos problemas de confiabilidade, parecem ter um bom avanço no trabalho para fazer um carro confiável. No momento, parecem estar adiante da Haas, que nem com o auxílio de sua parceria técnica com a Ferrari deve começar forte a temporada.

 

McLaren aparentemente deve quebrar menos em 2019 que em 2018, mas prefiro aguardar o começo da temporada para bater o martelo a respeito. Já a Racing Daddy, digo, Racing Point começou o ano com cautela, e não deu para perceber muita coisa nos testes a não ser que estão em busca de confiabilidade. Sérgio Pérez merece um carro decente, coisa que não sei se acontecerá.

 

O fundo do pelotão parece ter uma dona garantida: a Williams conseguiu perder as 4 primeiras sessões de treino pois às vésperas do início dos treinos descobriram problemas de projeto… não sei se o problema foi mesmo o que foi ventilado na internet e nos grupos de whatsapp (erro de projeto nos freios), mas se for… deve indicar um forte marco no processo de transformação da Williams em uma Tyrrell. A trajetória descendente está bem semelhante. Chegaram na quarta-feira (quando todos já estavam treinando desde segunda), deram poucas voltas e na quinta-feira também não mostraram nada positivo.

 

MotoGP fez testes em Losail, que não mostraram nada muito diferente dos testes na Malásia, exceto pelo teste da nova “punição alternativa” da categoria: atualmente quando um piloto corta uma chicane ou passa em bandeira amarela ele tem que ceder a posição… só que isso nem sempre acaba sendo uma punição efetiva. Foi testada uma área por fora de uma das curvas, por onde o piloto que recebeu a punição deve passar. Os próprios pilotos gostaram, por ser algo mais previsível do que apenas ceder a posição, o que dependendo da pista ou do trecho em que se cede a posição quase não chega a ser uma punição. Espero que a ideia seja aproveitada.

 

A má notícia no mundo das 2 rodas para o entusiasta tupiniquim é o fato que a filial brasileira da ESPN ainda não chegou em um acordo para transmitir a temporada 2019 do Mundial de Superbike. OK, a emissora relegava a categoria a um papel na melhor das hipóteses terciário na sua programação, mas ao menos era um lugar onde assistir sem ter que depender de links estranhos na internet… a primeira etapa aconteceu na Austrália esse final de semana, e o campeonato começou com duas vitórias do estreante na categoria Álvaro Bautista, que não encontrou resistência efetiva para vencer as corridas do sábado e do domingo na belíssima pista de Phillip Island. No sábado o contratado da Ducati foi acompanhado no pódio pelo atual campeão Jonathan Rea (Kawasaki) em 2º lugar e Marco Melandri (Yamaha) em 3º lugar. No domingo ele foi acompanhado novamente por Rea em 2º e por Leon Haslam (Kawasaki) em 3º.

 

Para terminar, tivemos a segunda etapa da temporada na NASCAR, uma prova de 500 milhas em Atlanta que poderia, perfeitamente, ter umas 400 milhas que não faria mal algum. Os carros estrearam a grande novidade do ano, uma redução na potência dos motores (passaram de 750 para 500 cv) e maior apoio aerodinâmico para fazer os carros andarem mais juntos nas pistas acima de 1,2 milha, sendo que nos ovais pequenos os motores continuarão sendo de 750 cv. Os carros até andaram mais juntos após as relargadas, mas… ainda é cedo para dizer que os resultados desejados foram alcançados. A grande abrasividade da pista de Atlanta é muito específica, e prefiro ver as próximas corridas antes de emitir juízo a respeito. O que sei é que um dos grandes nomes da primeira metade da corrida foi Kyle Larson, que venceu o primeiro segmento e andou bem pacas no segundo (que foi vencido por Kevin Harvick), até achei que poderia chegar ao pódio, mas… a vitória ficou com Brad Keselowski, que superou um período “monárquico” antes da corrida que o fez perder cerca de 3 quilos em 10 horas, e mesmo com o corpo enfraquecido teve a paciência de levar o carro “no colo” até o final da prova, quando o carro estava bem estável na pista e conseguiu resistir ao ataque de Martin Truex Jr, que teve de se contentar com o 2º lugar na prova – e reclamou muito de ter sido atrapalhado no final por Ricky Stenhouse, que lutava para ser o “lucky dog” em caso de nova bandeira amarela. Em 3º chegou Kurt Busch, que fez uma grande corrida e também merecia ter vencido pelo desempenho apresentado no final de semana, logo à frente de Kevin Harvick (4º colocado) e Clint Bowyer fechando o Top 5. Destaques para as corridas de Kyle Busch (6º após largar lá no fundo do pelotão), do pole position Aric Almirola (terminou em 8º) e Erik Jones (7º lugar e uma corrida muito consistente). E a sina de Jimmie Johnson não termina, terminou apenas em 24º lugar. Ô fase…

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini