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Um final de semana de fortes emoções PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 18 February 2019 02:14

Olá leitores!

 

Até que enfim um final de semana com diversas opções de entretenimento para o fã de esporte a motor! Seja motor a explosão ou elétrico, tivemos ação na pista, e da boa.

 

Comecemos com a preliminar da Fórmula E, o Jaguar eTrophy, categoria monomarca disputada com o SUV elétrico da marca inglesa atualmente de propriedade indiana (foi comprada pela Tata Motors), que teve vitória da inglesa Katherine Legge, aproveitando de maneira exemplar sua pole position e contendo os fortes ataques de Bryan Sellers, que fez o possível para ultrapassar a inglesa mas não conseguiu seu intento. Completando o pódio tivemos o brasileiro Sérgio Jimenez, que largou em 8º e se deu bem quando o atrapalhado piloto convidado Salvador Duran, defendendo as cores mexicanas, fez lambança pra cima de outro brasileiro, Cacá Bueno. E lambança é o termo correto para a atitude do elemento… felizmente Cacá (que já estava com problemas de falta de velocidade na reta por defeito não reconhecido pela direção de prova) conseguiu prosseguir até o final e terminou a corrida em 4º lugar.

 

Na Fórmula E propriamente dita, uma corrida conturbada:Logo na segunda volta Nelsinho Piquet quis forçar ultrapassagem pra cima do Vergne, este não quis ceder a posição, e mesmo com aquele apêndice à frente das rodas do monoposto com o intuito de fazer com que os carros não decolem após tocarem rodas… Nelsinho decolou, tocou ainda em Alexander Sims, e parou na mureta de proteção com o carro destruído. Bandeira vermelha, e vimos o bizarro acontecimento (ao menos em provas curtas) de a prova estar paralisada e o cronômetro correndo… em provas de longa duração beleza, mas em corrida de 45 minutos mais uma volta foi no mínimo surreal. Ainda bem que antes da relargada a direção de prova voltou o cronômetro para o horário em que tinha acontecido o acidente, e tivemos a oportunidade de assistir a prova com sua duração completa.

 

Após a relargada a corrida entrou no “modo soneca”, com poucas emoções até as voltas finais, onde aí sim valeu a pena assistir: após o inglês Oliver Rowland (autor de uma belíssima ultrapassagem na primeira largada sobre Di Grassi) perder o controle do carro e permitir a ultrapassagem do brasileiro, o pole position e líder da prova Pascal Wehrlein fez o possível para se defender, mesmo com sua Mahindra não apresentando quase diferença alguma entre o “modo normal” e o “modo ataque”, novidade do novo regulamento. E graças aos parcos pontos de ultrapassagem disponíveis na pista mexicana ele vinha sendo bem sucedido em sua tarefa, mas… ele consumiu mais carga de bateria que o Audi do Lucas, e na última volta acabou sofrendo um ataque mais incisivo do Di Grassi na primeira chicane, onde foi tocado e preferiu passar reto pela chicane. Isso, por si só, já seria suficiente para a vitória do brasileiro (o alemão recebeu 5 segundos de punição após a bandeirada), mas quase em cima da linha de chegada o Mahindra do alemão perdeu mais velocidade ainda, e o brasileiro fez um belo desvio do carro do Wehrlein para não encher a traseira do carro do rival e receber a bandeirada na frente. O 2º lugar do pódio ficou com António Félix da Costa (BMW) e em 3º Edoardo Mortara (Venturi). Felipe Massa, companheiro de Mortara, chegou em 8º lugar e o estreante na categoria Felipe Nasr (Dragon Penske) não passou de 19º lugar.

 

Também tivemos o Rali da Suécia, onde Ott Tänak (Toyota) teve toda a sorte possível e imaginável, já desde a sexta-feira, quando Latvala e Ogier, seus dois mais fortes concorrentes, tiveram saídas de pista, ficaram atolados na neve e caíram para o pelotão de trás da competição. Além disso, a grande estrela da corrida, o francês Sébastien Loeb, não conseguia extrair o máximo do desempenho do seu Hyundai. Dessa maneira, coube a Ott não errar e acelerar para assumir a liderança no sábado e confirmar a vitória no domingo. Atrás dele chegou Esapekka Lappi (Citroën), seguido pelo veloz Thierry Neuville (Hyundai) em 3º. Cobertura mais detalhada com nossos especialistas de rali...

 

Na Fórmula 1 foi uma semana de apresentação de diversos carros, e ao menos na pré temporada me agradou ver que as 3 grandes equipes (Mercedes, Ferrari e Red Bull) partiram para soluções diferenciadas para aproveitar o novo regulamento no tocante à asa dianteira. Vamos ver no começo da temporada qual das soluções se mostra a mais eficiente... as pinturas dos carros para essa temporada ainda carecem de maior tempo de observação. A Red Bull informou que a pintura apresentada não á a definitiva, a Alfa Romeo mostrou fotos de um carro cheio de "cuores", a Haas lembra as antigas Lotus JPS, a Mercedes não ousou (como era de se esperar, aliás), a Renault foi tão conservadora quanto na sua combinação e a Ferrari... bom, a Ferrari abandonou as cores predominantemente vermelho e branco dos anos anteriores para um acabamento preto e vermelho fosco. Que essa combinação não se inspire no futebol e deixe apenas o cheirinho do título...  essa semana agora teremos testes em Barcelona, e podremos ter maiores ideias a respeito do verdadeiro potencial de cada equipe.

 

Esse domingo tivemos as 500 Milhas de Daytona, prova inaugural da NASCAR e que foi consideravelmente contida nas suas primeiras 150 voltas... para enlouquecer no final.  2 bandeiras vermelhas fizeram a prova passar de 4 horas no total, com direito a um Big One envolvendo 21 carros a 10 voltas do final promovido pelo "jênio" Paul Menard, que definitivamente é um cidadão que continua correndo pois o pai deve ter a certeza que o prejuízo que ele dá na pista é menor que o prejuízo dele administrando as empresas da família... após a relargada, outro "intelectual do volante", Clint Bowyer, fez uma manobra de piloto estreante da ARCA (a divisão de corridas regionais da NASCAR, passo para o jovem piloto chegar na Truck Series) e causou mais um Big One, de menores proporções por falta de tanto carro para atingir quanto o anterior, mas ainda assim mais um atraso em uma prova que já estava longa. Aí, na prorrogação, Denny Hamlin aproveitou o lado de cima da pista para largar melhor que Kyle Busch e conquistar a vitória, quebrando um jejum de 47 corridas e comandando o grande resultado para a equipe Joe Gibbs Racing, que fez barba, cabelo e bigode: 1º com Denny Hamlin, 2º com Kyle Busch e 3º com Erik Jones. Também foi um resultado importante para a equipe se recuperar da perda de J. D. Gibbs, que foi quem descobriu Hamlin para a categoria e faleceu no começo desse ano, sendo que o carro de Hamlin tinha adesivos fazendo menção a J. D. Gibbs e também ao patriarca da equipe Wood Brothers, outra perda no mundo da NASCAR desse começo de 2019. Completando o Top-5 tivemos Joey Logano em 4º lugar e Michael McDowell em 5º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini