 Olá Leitores,
Continuo por aqui na coluna do grande jornalista Alexandre ‘Gargamel’ Bianchini que está de férias. A coluna desta semana vai ser mais fácil. Tivemos corridas, cagadas, tretas... um prato cheio para eu descer o pau num monte de gente. Acordei cedo para ver o treino da Fórmula E... que coisa chata! Nunca mais faço isso. E agora que descobri que o Fox Bola faz um compacto antes da largada da corrida, que só tem 45 minutos mais uma volta, tchau treino chato! O que não foi chato foi o treino da sexta-feira, que teve uma bela treta entre o “Simpatia em Pessoa” e o “Macarroni”. Os dois brasileiros, que estiveram envolvidos no “crash gate” lá de Singapura – o primeiro por ter provocado o acidente e o segundo por ficar de ‘mimimi’ até hoje e “esquecer” que a Ferrari o liberou na parada dos boxes com a mangueira de combustível ainda conectada – voltaram a trocar “amabilidades” em Marrakesh. “Simpatia” vinha numa volta rápida e foi atrapalhado pelo “Macarroni”. Foi chamado de “amador”! Crítica pesada para quem tem tanta quilometragem profissional, e devolvendo na mesma moeda, disse que o seu crítico não era um “grande exemplo”, esquecendo que este não grande exemplo foi o primeiro campeão da categoria. Podemos nos preparar que vai vir mais treta por aí. Sobre a corrida, começamos pela largada onde Jean-Eric Vergne sofreu um curto circuito cerebral e tentou passar o pole position Sam Bird pela parte interna de fora da pista. Rodou, atrapalhou sua corrida e a corrida de muita gente, como o simpaticíssimo Nelsinho Piquet, que foi o melhor brasileiro no grid acabou caindo para o fundo do pelotão. Outros, pelo contrário, levaram vantagem, caso de Lucas Di Grassi saiu de 11º para 6°, mesmo passando por dentro da confusão, assim como Felipe Massa, que passou em 10° na primeira volta. No capítulo “fogo amigo”, as duas HWA-Venturi se acharam: pneu furado para Gary Paffett e danos terminais para Stoffel Vandoorne. Quem também se deu mal foi o estreante Pascal Wehrlein, que saiu do carro “putinho”, parecia que ia quebrar os boxes por ter que abandonar a prova logo depois da primeira volta. Quem não teve problema e partiram pra cima do líder foram as BMW-Andretti de Antônio Felix da Costa e Alexander Sims. O então líder do campeonato passou seu companheiro de equipe e ambos não demoraram para passar Sam Bird, que não estava “voando bem” como na volta da pole. Exceção a estas duas ultrapassagens e a escalada do pelotão por Jean-Eric Vergne e Andre Lotterer, mostrando que a Techeetah é candidata ao título, a maioria foi graças ao “modo ataque”, que desta vez não foi colocado em um lugar onde os pilotos perdiam muito tempo para tentar recuperar nos 4 minutos seguintes. Espero que nas próximas corridas seja assim. O que espero que não seja foi ver o “Macarroni” desandar o molho e despencar na corrida, sendo ultrapassado por praticamente todo mundo. E não adianta apontar só para o carro porque o Edoardo Mortara passou por ele e foi embora. Com a corrida nas mãos da BMW-Andretti eis que os dois pilotos partem para luta pela vitória e o Antônio Felix da Costa faz uma daquelas pelas quais se faz muita piada com os queridos patrícios aqui no Brasil... deve ter sido um curto circuito cerebral como o do Vergne. Tentou fazer uma curva que não dava depois de retardar demais a freada, se tocou com o companheiro de equipe, passou reto e acabou a corrida enfiado numa barreira de pneus! O companheiro de equipe, Alexander Sims, que precisou fazer um malabarismo para não bater também acabou perdendo não apenas a liderança, mas a chance de ir para o pódio. Terminou a corrida em quarto lugar, atrás de um inteligente Jerome D’ambrosio, que fez uma grande corrida e dos dois carros da Virgin, com Robin Frijns à frente do pole Sam Bird. Humilde, o piloto lusitano reconheceu que errou e que não deveria ter levado a briga pela liderança até aquele extremo. Caso tivesse terminado a prova em segundo lugar e continuaria líder do campeonato. Lucas Di Grassi foi quem não conseguiu muita coisa depois das posições que ganhou com o enrosco da primeira curva. Ficou ali em torno da 6ª posição, indo pra frente ou não, dependendo do “modo ataque”. No final, terminou em 7°, sem conseguir conter o avanço dos pilotos da Techeetah. Nelsinho Piquet foi o 14° e Felipe Massa o 18° e último entre os carros que terminaram a prova. Enquanto isso, nas dunas peruanas, vai rolando o “De Cá”. Ao longo desta primeira parte da competição, tivemos uma trapalhada da organização que foi coisa de gente amadora. O navegador de Sébastien Loeb, Daniel Elena, acusou um erro na planilha da terceira especial, disputada entre San Juan de Marcona e Arequipa, e culpou os responsáveis pela prova pelo tempo perdido no trajeto de 331 km. Por terem vencido a segunda especial, Loeb e Elena foram os responsáveis por abrir o caminho para os carros pela manhã rumo a Arequipa. Em um determinado ponto, a imprecisão da planilha os fez parar e ter que retornar um trecho, perdendo muito tempo. A organização admitiu o erro, mas não abateu o tempo perdido da dupla. Por outro lado, nas motos, O inglês Sam Sunderland venceu sua primeira especial na edição 2019 do Rali Dakar. Ele teve o tempo que dedicou ao resgate de Paulo Gonçalves devolvido pela organização da prova. Com isso, foi o vencedor da etapa do dia. Quem tomou La cabeça foi o time do caminhão de Andrey Karginov. O piloto russo da categoria, ao volante de um Kamaz-Master, foi punido pelos comissários por negar socorro a um espectador que atropelou durante a especial de sexta-feira, disputada entre Tacna e Arequipa, no Peru. O atropelamento aconteceu no km 279 dos 452 km de trecho cronometrado. O sul-africano de 60 anos assistia ao rally (vamos combinar que o cara estava onde não devia) com um grupo de pessoas em uma área proibida e, ao ver a aproximação dos caminhões, caiu, ficando no caminho de Karginov. O caminhão russo acabou passando por cima da perna do homem que não teve sua identidade revelada, causando uma fratura de fêmur. A organização do rally e as autoridades locais ressaltam que é obrigatório que o público respeite as áreas seguras (zonas de espectadores) montadas em conjunto com a organização peruana e com as forças locais de segurança. Karginov tinha completado a especial entre Tacna e Arequipa na quarta colocação. Agora, só no ano que vem! O domingo fechou com Nasser Al-Attiyah ainda líder, apesar do avanço de Sebastien Loeb, que venceu sua terceira especial. Quem vem comendo poeira são os veteranos Carlos Sainz e Stéphane Peterhansel. Nos caminhões o bielorusso Siarhein Viazovich venceu a sexta etapa, neste domingo, nos caminhões, de ponta a ponta. à frente de Dmitry Sotnikov, que vinha em 2º no início e Gerard de Rooy. Sotnikov, porém, teve problemas, tal como Eduard Nikolaev, o líder geral. Eles acabaram apenas com as quarta e quinta colocações, respectivamente. A segunda posição acabou herdada por de Rooy, terceiro na somatória dos tempos. Nikolaev manteve a primeira colocação na classificação geral mesmo com o resultado abaixo do seu usual: o russo, agora, tem 24h28min33s. Seu compatriota Sotnikov é o vice, a 10min13s. O domingo foi complicado para a dupla Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, que busca o bicampeonato consecutivo entre os UTVs. Eles acabaram a etapa entre Arequipa e San Juan de Marcona apenas na sétima colocação, bem distantes do vencedor Francisco 'Chaleco' López Contardo. Quem saiu no lucro foi o espanhol Ferrés, que passou a ser o líder geral em razão da situação do adversário chileno, líder no começo do dia. Sergey Kariakin, que ficu apenas em 4°, subiu para a segunda colocação. Sem a confirmação da situação de Casale, Varela aparece momentaneamente em terceiro, mas ainda haviam cálculos de tempo a serem feitos quando fechei o texto. É isso aí, pessoal. Semana que vem o titular da coluna está de volta. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar |
