Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Daytona e De Cá - a emoção vai começar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 06 January 2019 20:24

Olá Leitores,

 

Olha eu aqui, novamente, tapando buraco (ops) alheio, cobrindo as férias dos colunistas titulares do site dos Nobres do Grid. Desta vez, invado o espaço do grande jornalista Alexandre ‘Gargamel’ Bianchini numa fria do cacete. Como é que eu vou falar de corridas em um final de semana sem corridas? Aperta o cinto que lá vou eu.

 

Não teve corrida, mas teve treino em Daytona. As 24 horas vão ser apenas no último final de semana do mês, mas os treinos para a definição das posições dos pits nas diversas categorias rolaram neste final de semana e a Mazda cravou um 1-2 para a corrida do final do mês. Com direito a quebra de um recorde que já durava 26 anos, Oliver Jarvis marcou 1m33s398 na sessão classificatória que definiu a ordem. A marca japonesa, que corre em associação com o Team Joest do alemão Reinhold Joest, cravou a dobradinha: o carro 77, tripulado por Jarvis, Tristan Nuñez, Timo Bernhard e René Rast, foi 0s025 mais rápido que o carro 55, tripulado por Oliver Pla, Jonathan Bomarito e Harry Tincknell, responsável pela melhor volta do time. A vantagem para o terceiro colocado foi impressionante: 0s863. O Acura DPI #7 da Penske, com o time composto por Helio Castroneves, Ricky Taylor e Alexander Rossi não foi páreo para os Mazda. Nem eles nem os que vieram a seguir, com Cadillac DPi #5 da Action Express, do quarteto formado pelos três vezes vencedores em Daytona, Christian Fittipaldi e João Barbosa, juntos com Filipe Albuquerque e Mike Conway, perdendo outros 0s021. Felipe Nasr ficou no time que marcou o quinto tempo, à frente do time que conta com Fernando Alonso.

 

Não vão faltar brasileiros na corrida anual de protótipos e GT que acontece na Florida. Além dos pilotos que correm regularmente nos Estados Unidos, outros sete brasileiros vão alinhar para a celebre corrida: Na classe GT Daytona o trio Chico Longo, Marcos Gomes e Victor Franzoni pilotarão uma Ferrari 488 GT3, do time brasileiro Via Itália. Daniel Serra também vai de Ferrari 488 GT3, na equipe Spirit of Race. Felipe Fraga vai na mesma classe, a GT3, mas numa Mercedes-AMG do Team Riley. Rubens Barrichello correrá num Cadilac da equipe JDC-Miller na Dpi, categoria principal.

 

Fechando o time dos brasileiros, Bia Figueiredo, ao lado de um esquadrão feminino composto por Simona di Silvestro, Katherine  Legge Jackie Heirincher e Christina Nielsen na classe GTD mostraram que essa baboseira de “Fórmula Girl”, que as pilotas de verdade condenaram, mostraram que mulher pilota de igual para igual com qualquer homem e coube a Bia Figueiredo marcar o melhor tempo entre elas e entre todos os demais pilotos da classe ao volante de uma Acura NSX GT3 da equipe Meyer Shank.

 

Mas antes da corrida em Daytona temos o primeiro evento mundial de automobilismo começando nesta segunda-feira com 11 representantes brasileiros – que esperam viver a maior aventura das vidas deles nos 11 dias de competições que explorarão todos os cantos do berço de algumas das civilizações mais antigas do mundo, como os incas e os andinos.

 

A delegação brasileira na competição conta com campeões e estreantes, mas todos com enorme bagagem nas provas off-road nacionais e sul-americanas. Serão dois integrantes na categoria motos e outros nove na UTV, divisão criada em 2017 na qual o país é o atual detentor do título.

 

O Dakar 2019 (ou De Cá, cpmo o chamamos, por ser disputado do lado de cá do Atlântico), ao contrário dos anos anteriores, será disputado somente em território peruano e cobrirá as cidades de Lima, Pisco, San Juan De Marcona, Arequipa, Moquegua e Tagna, com mais de 5.000 quilômetros no total e quase 3 mil de trechos cronometrados em 11 dias de evento, sendo um deles de folga no meio do trajeto. Um desafio repleto de dunas e desertos, trazendo de volta um pouco do que era o cenário original quando a prova era disputada no norte da África.

 

Nas motos teremos dois os representantes e ambos farão suas estreias na competição. Marcos Colvero e Lincoln Berrocal enfrentarão o desafio de 5.541 quilômetros da categoria com as potentes KTM 450. É uma dupla experiente Colvero tem 46 anos e Berrocal 60. Nos UTV, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin. Consolidada, a dupla tem experiência de sobra para buscar o bicampeonato no Dakar: Varela compete desde 1982 e tem quase 400 provas no currículo. Varela, inclusive, terá neste ano a companhia do filho, Bruno, que fará sua estreia na categoria ao lado do experiente Maykel Justo, que já competiu em sete edições do Dakar como navegador da lenda André Azevedo. Com 22 anos, Bruno é o mais novo da delegação verde-e-amarela, mas já possui conquistas maiúsculas como o Rally dos Sertões de 2017 e o Rali Merzouga, no Marrocos, do ano passado.

 

Além dos Varela, outra família passará parte do mês de janeiro desbravando o Peru: os irmãos Cristian e Marcos Baumgart, ao lado dos navegadores Beco Andreotti e Kleber Cincea, disputarão juntos o Dakar pela primeira vez. Enquanto Marcos faz seu segundo rali, Cristian, que é tricampeão dos Sertões ao lado de Beco, realizará o sonho de criança de competir no maior rali do mundo. Entre os navegadores, Cincea também competiu em 2013 e destaca as dificuldades que prevê no trajeto total de 5.603 quilômetros. “Teremos muita areia durante todos os dias, o que dificulta muito a navegação e a tocada do piloto. Navegar nas dunas é complicado, pois não temos no Brasil e o carro atola fácil, então é preciso ter experiência”, conta. “Competimos muito de carros e será uma experiência completamente nova para nós correr em um UTV e prevemos um trajeto difícil, mas vamos fazer de tudo para terminar em uma ótima colocação”, ressalta Beco. Fechando a lista dos inscritos nas UTVs está o campeão de 2017 das UTVs, Lourival Roldan. Com 60 anos de idade e mais de duas décadas de serviços prestados ao off-road brasileiro, Lourival compete no Dakar desde 2003 e liderou o primeiro time brasileiro a vencer na competição. Neste ano, ele será navegador do português Miguel Jordão.

 

Entre as estrelas internacionais teremos na categoria dos Carros conta com a permanência de “El Matador” Carlos Sainz, que tinha anunciado a aposentadoria e voltou atrás após a vitória neste ano. O espanhol vai correr com o Buggy X-Raid da Mini, que estreou em 2018 sem os resultados desejados. O ‘Dream Team’ da marca da BMW terá ainda o mito Stéphane Peterhansel ao lado de David Castera e Cyril Despres correndo desta vez com Jean-Paul Cottret. Uma troca estratégica de navegadores. A equipe de Sven Quandt ainda vai alinhar outros Mini All4Racing, para Nani Roma/Alex Haro Bravo, Kuba Przygonski/Tom Colsoul, Boris Garafulic/Filipe Palmeiro, Orlando Terranova/Bernardo Graue e Yazeed Al-Rajhi/Timo Gottschalk. Na Toyota, que continua em busca de um título que insiste em escapar de suas mãos, as esperanças são depositadas em Nasser Al-Attiyah/Matthieu Baumel, Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz e em Bernhard Ten Brinke/Xavier Panseri. A equipe PH-Sport terá, em caráter não-oficial, um Peugeot 3008 DKR para Sébastien Loeb/Daniel Elena. Outros dois antigos bólidos da marca francesa estarão na disputa: o DKR Maxi de Harry Hunt/Wouter Rosegaar e o 2008 DKR para Pierre Lachaume/Jean-Michel Polato.

 

Nos Quadriciclos, sem Ignácio Casale e o russo Sergey Karyakin, que trocaram as motos de quatro rodas pelos SxS, o favoritismo recai sobre o argentino Jeremías González Ferioli, ao lado do compatriota Nicolás Cavigliasso. O boliviano Juan Carlos “Chavo” Salvatierra é outra atração da competição. A oposição aos sul-americanos virá, em maioria, dos franceses. Axel Dutrie, Alexandre Giroud e Sébastien Souday são três dos poucos europeus que vêm em 2019 para o Dakar.

 

Entre os caminhões os Kamaz vem com o favoritismo por conta do título de Eduard Nikolaev na última edição. Mas que os russos abram o olho: o holandês Gerard De Rooy, após se ausentar do evento em 2018, volta com tudo. O piloto da Iveco terá de novo a companhia de Darek Rodewald e Moi Torrallardona na tripulação. Em meio ao sem-número de holandeses e tchecos, há que se destacar a presença de Federico “Coyote” Villagra, mais uma vez ao lado de Ricardo Torlaschi e Arturo Adrián Yacopini.

 

Vamos ver como ver como nossos pilotos e navegadores vão se sair. Semana que vem tem mais.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar