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Retrospectiva 2018 (2ª Parte) e as previsões de Pai Alex PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 30 December 2018 22:46

Olá leitores!

 

Aproveitaram bem os festejos de Natal? Espero que sim! Vamos continuar com nossa retrospectiva de 2018…  O WEC está no meio de uma “supertemporada”, como eles mesmos definiram, iniciada nas 6 Horas de Spa-Francorchamps em 5 de maio de 2018 que só terminará nas 24 Horas de Le Mans de 2019, com largada prevista para 15 de junho de 2019. Até o presente momento, a equipe Toyota está na liderança da LMP1, mas não com a folgada vantagem que seria de se esperar… ainda faltam 3 corridas, sendo a 24 Horas de Le Mans com pontuação em dobro, e 118 a 90 sobre a Rebellion não é tão grande vantagem assim para quem é a única equipe oficial de fábrica. Entre os pilotos, liderança na LMP1 do trio Alonso/Nakajima/Buemi, ainda com vantagem (102 a 97) sobre seus companheiros de equipe Toyota López/Kobayashi/Conway. Até o momento os brasileiros Bruno Senna e André Negrão estão, respectivamente, em 5º e 8º lugares na classificação, e lembrando que André fez apenas uma participação na LMP1, disputando na realidade o campeonato da LMP2. Por falar na LMP2, felicidade para o ator Jackie Chan, que tem um dos carros em 1º (#38) e outro em 3º (#37) na pontuação, separados pelo carro #36 da Signatech Alpine, sendo que esse tem no seu trio titular o brasileiro André Negrão. Na GTELM-Pro, liderança folgada da Porsche sobre a Ford (181 a 105), e as últimas 3 provas do campeonato prometem muita emoção ainda… até devido ao fato da próxima etapa ser as 1000 Milhas de Sebring, pista que é sensivelmente diferente das outras da temporada, principalmente no quesito ondulações. No aguardo… Lembrando que o calendário da temporada 2019/2020 já foi divulgado, com o retorno (assim esperamos…) da categoria a São Paulo para uma corrida de 6 Horas em 01 de fevereiro de 2020… se algum “iluminado” daqueles que foram colocados no poder pelo tenebroso eleitor de São Paulo não conseguir acabar com Interlagos até lá, espero presenciar a prova.

 

Em 2018 o antigo WTCC foi substituído pelo WTCR, com um regulamento mais simples (na parte técnica; a pontuação conseguiu fazer a NASCAR parecer simples) e menos caro que o WTCC, que estava sofrendo com falta de competitividade… o resultado foi uma temporada absolutamente eletrizante, que terminou com a vitória do interminável Gabriele Tarquini. Sim, lembram dele? Aos 56 anos continua competitivo, trocando tinta nas pistas com pilotos muito mais jovens, e foi o primeiro campeão do mundial de carros de turismo na atual configuração. O regulamento não permite mais envolvimento oficial das fábricas como o anterior permitia, e isso levou a uma série de equipes particulares com equipamentos diversos – já que vale o que foi homologado para os campeonatos regionais e nacionais de TCR – e gerando a curiosidade de ver o Grupo VW participando com VW Polo, Audi RS3 e Seat León Cupra… o que vimos durante a temporada foi o domínio da Hyundai, com o seu i30N TCR, que teve 4 pilotos entre os 8 melhores colocados na pontuação (campeão, vice, 4º e 7º colocados, respectivamente Tarquini, Yvan Muller, Norbert Michelisz e Thed Björk).

 

Aqui no Brasil, na Copa Truck foi feita uma adaptação do sistema de “playoffs” da NASCAR, com os três primeiros colocados das copas regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Mercosul) disputando a grande final com pontuação bônus. Interessante, e o primeiro campeão nesse formato foi Roberval Andrade, que venceu o favorito Felipe Giaffone em uma prova muito disputada em Pinhais (PR), e que teve Wellington Cirino terminando em 3º no campeonato. Na esperança de uma grande temporada 2019…

 

A Stock Car conseguiu chegar a uma prova de decisão de título em Interlagos que, em que pese a duração muito curta e os problemas extra pista, coroou o talento de Daniel Serra como grande campeão do ano, em uma acirrada disputa com Felipe Fraga. Os pilotos fizeram sua parte para o espetáculo durante o ano, falta a organizadora da categoria fazer a parte DELA e valorizar o excelente produto que tem para que a Stock Car enfrente os desafios que possui, principalmente ligados à evasão de patrocinadores – em minha opinião, vinculada diretamente à pouca exposição provocada por um contrato com a TV Globo que não obriga a emissora a mostrar a premiação do pódio e a horários espremidos no meio da programação futebolística do Esporte Espetacular, nas manhãs de domingo, um horário HORROROSO para atrair o público para as pistas. Enfim, não sou eu o organizador, eles que se virem para enfrentar o problema. A solução está clara até para quem não tem formação nas áreas de Administração e/ou Economia, falta tirarem a venda dos olhos…

 

O Brasileiros de Marcas e Pilotos teve como grande campeão Vicente Orige, um ótimo campeonato, com carros iguais aos que vocês dirigem nas ruas, que nitidamente sofre com falta de promoção, com custos irreais para a realidade brasileira, e com uma questão técnica que me incomoda: o escapamento do carro deve ter cerca de meio metro de comprimento, e na realidade o carro mais faz barulho que anda. Barulho ensurdecedor para um resultado final não lá aquelas coisas no cronômetro… o escape sai atrás da caixa de roda dianteira. Que tal um escapamento um pouco maior, saindo em um lugar decente do carro, com um ronco mais identificado com os carros de rua, e um pouquinho mais de esforço na divulgação? A prova final, em Interlagos, aconteceu antes das 9 da manhã de domingo… sério? Isso tudo para “encaixar o evento na programação da Stock Car”? Compensa? Desculpem o excesso de sinceridade, não acredito.

 

Poderia falar das categorias de fórmula brasileiras, mas não vou encostar nos pacientes que se encontram na UTI, respeitá-los-ei…

 

Quanto à minha consulta com o babalorixá Pai Alex, a agenda dele estava muito concorrida e consegui um “encaixe” para uma sessão curta… entrei em seu terreiro e ele já me aguardava com copos e muito gelo, já que o calor que tem feito em São Paulo é digno da Indochina. Entreguei o pagamento etílico de costume, ele abriu uma das garrafas, serviu dois copos com muito gelo e começamos com o jogo de búzios… segundo Pai Alex, “o cantor de rap (creio ser Hamilton) não vai ter dificuldade em conseguir o sexto título, já que o adversário se atrapalha sozinho, ele não tem briga em casa, e o adversário tem que se preocupar com o novato que vai tirar o lugar dele”, e “os touros vão chifrar a terra, tentando acertar o caminho para o futuro, muita fumaça vai subir” (creio que se referiu aos motores Honda estourando). Perguntei das mudanças dos pilotos, e ele disse, jogando os búzios várias vezes e bebendo em igual proporção, que “o finlandês da birita vai correr mais solto sem pressão, o Sorrisão tem tudo para terminar as corridas em boa posição, mas vai ter que ter muito cuidado para não quebrar, e o povo do fundo nem adianta falar que vão continuar no fundo”. Então está… Fui direto e perguntei se o Alonso vai conquistar em 2019 a tríplice coroa, e esvaziando a primeira garrafa de destilado ele jogou as contas novamente e afirmou que deve ficar para 2020, próximo ano ainda está meio nebuloso e “não é que a chance não existe, mas ainda tem muita coisa contra, os búzios mostram algo mais claro para frente”. Perguntei também dos pilotos brasileiros que tentam chegar na F-1, e ele abriu outra garrafa, jogou os búzios, pegou o baralho de tarô, embaralhou e espalhou as cartas… confesso que fiquei meio apreensivo com a demora, mas ele acendeu um charuto e abriu meio sorriso… “para 2019 nada de muito animador, mas deve ter 2 pilotos chegando em categoria de topo em 2020, não necessariamente F-1, mas aos poucos teremos boas notícias dessa meninada que está lutando lá fora”. Mais alguns goles, baforadas de charuto e leitura de cartas e búzios e ele afirmou que deveremos ter boas surpresas em corridas longas, mas que não deve ser fácil. “Caminho cheio de pedras e troncos, mas com a ajuda dos orixás nossos representantes vão chegar em posições de topo”, nas palavras dele. No tocante à F-E, ele afirmou que a segunda metade vai ser melhor que a primeira, e que não devemos esperar título nessa primeira temporada com os carros novos, mas que a segunda (já na segunda metade do ano) deve ser bem melhor. Fica a esperança, como sempre…

 

A expressão relaxada e sorridente fechou quando perguntei das categorias nacionais. “Menino, muito pavão para pouco zoológico, gente querendo aparecer e se favorecer antes de favorecer a competição, a coisa não está boa”, disse, após esvaziar a segunda garrafa de destilado e jogar diversas vezes os búzios e ler seguidamente as cartas. “Toda vez que puxo o baralho, uma das primeiras das cartas a aparecer é a do enforcado, isso não é bom sinal, e em todas as leituras a roda da fortuna foi a última a aparecer. Pode melhorar, mas bem mais lá pra frente, talvez após troca de dirigente ou de regulamento, não vai ser melhora a curto prazo não”. Assustei-me ao ver o gim sendo bebido no gargalo, mas ele embaralhou rapidamente as cartas e as distribuiu novamente, depois jogou mais três vezes os búzios e afirmou que “é bom que brasileiro não desista, pois muita luta vem por aí e os primeiros meses não vão ser fáceis, com muito dinheiro saindo das competições, vai ser um período complicado para quem depende de verba para se manter nas pistas, muita batalha para sobrevivência, que felizmente deve melhorar na segunda metade do ano”.

 

Eu iria fazer mais perguntas, mas o próximo a se consultar já tinha chegado… ele se despediu com uma expressão de preocupação, mas pedindo para eu marcar a consulta do ano que vem com mais antecedência. Assim pretendo fazer, Pai Alex, o objetivo é esse…

 

A todos meus leitores desejo uma ótima entrada em 2019, eu sairei de férias e as próximas duas colunas serão feitas pela competentíssima equipe do Nobres do Grid, já que me encontrarei em LINS (Local Ignorado e Não Sabido) para relaxar um pouco após um ano dos mais difíceis, em todos os aspectos… tudo de bom para todos nós neste próximo ano!

Até a volta!

 

Alexandre Bianchini 
Last Updated ( Sunday, 06 January 2019 20:39 )