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Até onde a F1 ainda é uma categoria laboratório?!? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 10 December 2009 21:39

 

 

O automobilismo e em especial a F1 sempre foi vista como o local onde se testam as soluções que futuramente estarão nos nossos carros.  Assim surgiram dispositivos simples como o espelho retrovisor (sim, eles não existiram sempre) ou outros mais complexos como ABS, transmissões automáticas e injeções eletrônicas.

 

Entretanto, se olharmos em retrospecto, qual foi a última grande inovação técnica da F1 que foi transportada para os carros de rua?!? É, parece ser uma resposta mais difícil do que esperávamos.

 

“Se Colin Chapman estivesse vivo, ele estaria de saco cheio da F1.”

Gordon Murray, engenheiro sul-africano 

 

Essa pergunta também está sendo feita pelos engenheiros e pelos próprios dirigentes da categoria. Recentemente, o consultor técnico da FIA, Tony Purnell disse que o grande desafio da categoria é conseguir um equilíbrio entre ser um esporte com entretenimento e oferecer soluções técnicas para o mercado automobilístico.

 

O problema é  que a própria FIA atua constantemente como o órgão castrador de qualquer pesquisa técnica mais apurada. Na ânsia de reduzir os gastos das equipes, a entidade impôs uma série de medidas técnicas que tornaram os carros e as soluções das equipes extremamente semelhantes entre si. Pior: quando a entidade decide estimular a pesquisa e inovação técnica, como foi no caso do KERS, ela não dá a devida vantagem para quem desenvolve o sistema. Não por acaso, alguns times viram que ao invés de gastarem 30 milhões de dólares num sistema que traria pouca vantagem, seria muito melhor investir esse dinheiro em pesquisas aerodinâmicas (caso da Brawn e Red Bull).

 

“KERS?!? Pura queima de dinheiro.”

Flávio Briatore, ex chefe de equipe da Renault

 

Entre meados dos anos 1970 e meados dos anos 1990, a F1 testou e exportou para os automóveis de série dispositivos como: motores turbocomprimidos, pneus radiais, injeção eletrônica, suspensão ativa, freios ABS, transmissões automáticas, computadores de bordo, câmbio CVT. Porém, basicamente desde 1995, a categoria que mostrava as novidades que viriam para os carros de série parou de inovar. Força de seu próprio regulamento, e dos mantras entoados por Max Mosley, que ano após ano impôs motores iguais, eletrônica padronizada, aerodinâmica padronizada, pneus iguais, etc.

 

O Renault R5 foi um dos primeiros modelos turbo a fazer sucesso no mercado: herdeiro direto do F1 turbo.

 

 

 

Longe vão os tempos onde tínhamos motores de arquitetura completamente diferente entre si, como nos anos 1980 quando BMW, Porsche, Honda, Ferrari, Renault e Alfa Romeo tinham motores com 4 cilindros em linha, ou com 6 ou 8 cilindros em V.

 

A crise mundial é  sim um dos fatores por trás da debandada das montadoras da F1. Entretanto, a falta de inovação técnica também está entre os motivos das equipes de fábrica abandonarem a categoria em efeito dominó. O presidente da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn afirmou que a F1 não apresenta mais nenhum desafio tecnológico para os engenheiros e para as equipes.

 

O questionamento que deve ser feito é: como corrigir esse problema nos próximos anos, e, qual seria o campo de inovação para os engenheiros da F1?!?

 

A resposta porém parece ser mais simples e óbvia possível: a F1 deve atuar como o laboratório para a utilização de novas tecnologias que sejam ecológicamente viáveis. Motores que sejam econômicos, e que usem combustíveis alternativos. Materiais utilizados para construção dos carros que sejam ecológicamente corretos.

 

Será que agora que teremos uma nova gestão a FIA irá incentivar esse tipo de pesquisa?!? Veremos... 

 

 

 

Last Updated ( Thursday, 10 December 2009 22:11 )