Olá leitores! O GP Brasil de Fórmula 1 poderia ser dividido em 2: a parte que teve a participação de Max Verstappen foi ágil, interessante e empolgante. A parte em que ele não esteve envolvido foi previsível e burocrática. Provavelmente mais do que em qualquer outra etapa do ano, dessa vez ele efetivamente mereceu ser eleito pelos espectadores no site da categoria como o melhor piloto da etapa. Apenas discordo frontalmente da postura dos idosos encarquilhados da FIA relativa à punição do jovem holandês por (merecidamente) xingar e dar uns empurrões no Esteban Ocon após este ter acabado com a chance de vitória dele. Até acho que o Max foi comedido: fosse eu no lugar dele e o Ocon já teria recebido de cara um “cola brinco” daqueles de deixar o telefone sem sinal dois dias e dando ocupado mais uns 3 ou 4 ... mais ou menos como aquela vez que o jogador de futebol Edmundo, então no Flamengo, quis passar a mão no rosto de um jogador argentino (não lembro de que time) chamado Zandoná, e logo após fazer isso ainda virou as costas para ele... tomou um sopapo de mão fechada no pé da orelha que nunca mais repetiu aquela graça na carreira dele. Receber punição por receber punição, que seja por merecimento... Vitória de Lewis Hamilton, que se encontra naquela fase da “sorte de campeão”, mesmo que não faça exatamente uma grande corrida a vitória cai nos braços dele... mais ou menos o que vem acontecendo na MotoGP com o Marc Márquez. Aí abre brecha para as pessoas inventarem teorias da conspiração envolvendo o motor Mercedes da Force Daddy, digo, Racing Point Force India, e a atitude jenial (com J mesmo) do Ocon... nada disso, apenas aquela fase em que tudo dá certo pra ele. Seu lacaio Valtteri Bottas (5º) não teve a mesma sorte, apanhou muito mais dos pneus mas mostrou no outrora chamado “país do futebol” ser um zagueiro daqueles que faz falta na defesa de qualquer time, pois raras vezes vi alguém ser tão bom em defender posição como ele. Afinal, em algo ele tem que ser bom... Em 2º lugar, absolutamente indignado com todos os motivos, chegou o melhor piloto da corrida toda, Max Verstappen, que foi o “show man” da prova, fez ultrapassagens importantes, teve a estratégia correta, mas teve o lugar no degrau mais alto do pódio retirado por um piloto que – por algum motivo – achou que estava na NASCAR e que seria uma ótima ideia tirar a volta de atraso ali, naquele ponto, com um “bump and go”... enfim, por incrível que pareça a Dona FIA após a corrida ainda puniu o garoto com 2 dias de “serviço comunitário”, a serem cumpridos nos próximos 6 meses. Tem gente gagá na FIA, só digo isso... seu companheiro Daniel Ricciardo (4º), independente da posição que tenha terminado, tem que comemorar que finalmente o carro não quebrou nessa etapa. Sim, nesse ano em que ele está comendo o pão que o Ciclope amassou terminar a corrida, em qualquer posição, é para ser muito comemorado, e eu arrisco a dizer que para quem largou mais para trás esse 4º lugar foi simplesmente genial. Em 3º terminou aquele que deveria ser o companheiro de Leclerc ano que vem, Kimi Räikkönen, que mais uma vez mostrou que hoje em dia é um piloto melhor que o badalado tetracampeão que permanecerá na equipe ao passo que ele irá para a Sauber... definitivamente a direção da Ferrari faz coisas que resistem à lógica. Enfim, sem carro para disputar a ponta o finlandês fez o que era possível, e o 3º lugar era o melhor que a Ferrari poderia almejar essa corrida. Seu companheiro Sebastian Vettel terminou em 6º lugar, 22 segundos atrás do finlandês quase quarentão... vai ser engraçado ver o Leclerc botando tempo no alemão. Por falar em Charles Leclerc (7º), ele não só levou a Sauber para o Q3 na classificação como largou em 8º, em poucas voltas estava em 6º e só perdeu essa posição pro Vettel por conta de pneus muito mais desgastados. Um gigante em Interlagos o garoto monegasco. Seu companheiro Marcus Ericsson (20º) foi um GIGANTE na classificação, conseguindo o 6º lugar na largada, mas na corrida recolheu o carro para os boxes após o assoalho do carro se soltar na volta de instalação, a equipe tentar um reparo de emergência antes da largada e – evidentemente – esse reparo não dar certo. Que várzea, Sauber, que várzea... como que o assoalho se solta???? Em 8º e 9º chegaram os pilotos da Haas, respectivamente Romain Grosjean e Kevin Magnussen, os últimos a não tomar volta dos líderes, ambos fazendo corridas consistentes e sem erros... não acredito que escrevi isso sobre eles... Em 10º lugar, fechando a zona de pontos, terminou Sérgio Pérez, que não fez uma má corrida, mas também não brilhou como em outras etapas. Prova correta, sem erros, com a cabeça no lugar. Exatamente o oposto daquilo que fez o seu companheiro Esteban Ocon (14º), que deu muita sorte de não ter feito o que fez para cima do Nelson Piquet, Nigel Mansell, Jody Scheckter, entre outros... nada mais a acrescentar. Próxima etapa em Abu Dhabi, naquele autódromo em que pensaram em tudo do lado de fora da pista e improvisaram tudo do lado de dentro da pista... vamos ver o que acontece. E na NASCAR foram definidos os 4 pilotos que decidirão o título em Homestead próxima semana: Kyle Busch, Joey Logano, Martin Truex Jr. e Kevin Harvick. Antes da corrida final, já sabemos que será prova proibida para cardíacos, pois com Buschinho e Logano disputando título tudo pode acontecer... a corrida de Phoenix foi mais tranquila que algumas edições anteriores, com o destaque desta vez ficando por conta do número de abandonos por acidentes, mais comum em superspeedways que em ovais curtos. O primeiro segmento foi vencido por Chase Elliott, que tinha grande desempenho até a hora em que se envolveu nos enroscos alheios... uma pena. Vitória cerebral de Kyle Busch (que também ganhou o segundo segmento), seguido por Brad Keselowski em 2º, Kyle Larson em 3º Aric Almirola em 4º e Kevin Harvick fechando o Top 5. Harvick que foi punido no meio da semana com a perda da passagem para a final garantida corrida passada com a vitória por conta de uma inspeção mais detalhada que descobriu uma alteração não permitida no aerofólio do carro e levou a suspensão do chefe de equipe dele até o final desse ano... que beleza... E temos brasileira sendo campeã nos EUA!!! Sim, vocês não leram errado, brasileirA. A brasileira Alline Cipriani garantiu na prova final da categoria Trans-Am (uma das mais tradicionais de carros de turismo nos EUA e que batizava a versão topo de linha do Pontiac Firebird) o título da categoria TA3 em seu ano de estreia na categoria, com seu Ginetta G55 #60. A brasileira, que começou a temporada pensando em fazer apenas 3 ou 4 provas, viu que as coisas começaram a dar certo e continuou... ainda bem, já que pôde voltar para casa com o troféu de campeã!! Parabéns, Alline Cipriani!! E na TA2, tivemos Rafa Matos, que correu na Fórmula Indy e na Stock Car, conquistando o título. Parabens estendido.
Até a próxima! Alexandre Bianchini
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