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Titulos e vitórias consagradoras PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 October 2018 00:53

Olá leitores!

 

Pelo menos em duas categorias, tem gente que esse final de semana pôde estufar o peito e gritar “é campeão!”, ou, se eles preferirem, cantar “We are the champions”, uma das mais emblemáticas músicas da excelente banda Queen, absolutamente apropriada para o brasileiro Felipe Nasr e para o britânico Gary Paffett, além de uma prova com final para muitos inesperado na NASCAR, mas que, em minha humilde opinião, fez total justiça à evolução de pilotagem do piloto que foi para o “winner’s circle”.

 

Comecemos com o título do brasileiro: sábado teve a prova final do campeonato Wheathertech SportsCar (IMSA) em Road Atlanta, a prova chamada de “Petit Le Mans”, com 10 horas de duração e que serve também para classificar equipes do campeonato norte americano de Endurance para participar das 24 Horas de Le Mans... e sinceramente, foi uma corrida espetacular. Tem muita corrida de curta duração por aí que não tem um décimo da emoção que a última hora de corrida teve, absolutamente sensacional. Os títulos em jogo ficaram em aberto por boa parte da corrida, e nos minutos finais ainda não se podia bater o martelo sobre quem ficaria com o troféu maior. A estratégia de combustível e de acerto do carro (para a parte diurna ou noturna da corrida) fez com que as últimas horas de prova fossem um verdadeiro jogo de xadrez, decidido apenas e tão somente na última volta, com o toque dramático do então líder Filipe Albuquerque (que pilotava o Cadillac DPi #5 em parceria com Christian Fittipaldi e Tristan Vautier), que teve pane seca a 2 curvas do final da prova e cruzou a linha de chegada em 4º lugar literalmente “no embalo”, e isso pois tem uma pequena descida no final da volta... fosse em Interlagos, tinha ficado parado no meio da subida dos boxes, com certeza. O fato é que o 8º lugar foi suficiente para a dupla Eric Curran e Felipe Nasr (Cadillac DPi) conquistar o título com 4 pontos de vantagem sobre seus maiores concorrentes, a dupla Jonathan Bennett e Colin Braun (Oreca LMP2), que terminaram em 7º lugar. A vitória caiu no colo do Cadillac DP1 #10 de Jordan Taylor/Ryan Hunter-Reay/Renger van der Zande, seguidos pelos Mazda DPi Team Joest #77 de Oliver Jarvis/Tristan Nunez/Lucas di Grassi em 2º lugar e #55 de Jonathan Bomarito/Marino Franchitti/Spencer Pigot. Quem também fez bonito foi Daniel Serra, que venceu na categoria GTD com Ferrari 488 GT3 (primeira vitória do ano desse carro na categoria) da Scuderia Corsa dividindo o volante com Gunnar Jeannette e Cooper MacNeil. Outro brasileiro, Felipe Fraga, também correu na GTD e terminou em 7º com o Mercedes-AMG GT3 #71 que dividiu com J. C. Perez e Maximilian Buhk.

 

Esse final de semana também tivemos a prova final do DTM em Hockenheim, com a despedida da Mercedes do campeonato em grande estilo, conquistando o campeonato de pilotos e de construtores, embora o grande destaque tenha sido o piloto do Audi #33 René Rast: vencendo as corridas do sábado e do domingo, ele conseguiu a impressionante marca de 6 vitórias consecutivas (sim, isso mesmo, SEIS corridas em sequência) e conquistou um impressionante vice campeonato para quem começou tão mal a temporada como ele... no sábado Rast foi acompanhado no pódio por Robin Frijns (Audi) em 2º e por Timo Glock (BMW) na 3ª posição. Farfus abandonou por conta de uma estranha explosão na sua porta, que inclusive acionou o Pace Car para limpeza da pista. Já no domingo a 2ª posição ficou com Marco Wittmann (BMW) e a 3ª com o campeão da temporada, Gary Paffett (Mercedes), que no final da temporada “atropelou” o então favorito Paul di Resta (também da Mercedes) e que teve que se contentar com o 3º lugar na tabela de pontuação.

 

E voltando ao tema Endurance, pelo WEC foi disputada outra tradicional corrida, as 6 Horas de Fuji, pista de propriedade da Toyota e que viu uma apresentação magistral do Toyota #7, pilotado pelo trio José Maria “Pechito” López/Kamui Kobayashi/Mike Conway, que largou em 8º para, após algumas disputas com o outro Toyota, se sagrar o vencedor da prova. O Toyota #8, de Fernando Alonso/Sébastien Buemi/ Kazuki Nakajima, teve que se contentar com o 2º posto, ao passo que o degrau mais baixo do pódio ficou com o Rebellion #1 de Bruno Senna, Neel Jani e Andre Lotterer.

 

Passando para as duas rodas, o Mundial de Superbike veio para a América do Sul visitar o país que realmente ama o esporte a motor, a Argentina, com uma rodada dupla de resultado previsível, ou seja, duas vitórias de Jonathan Rea, que agora acumula nada mais do que 10 vitórias consecutivas. Sim, DEZ corridas em seguida ocupando o lugar mais alto do pódio. Poucas vezes se viu um “casamento” tão bom entre o piloto e sua moto, afinal não dá para dizer que essa supremacia é fruto de superioridade técnica da Kawasaki sobre as demais motos... dos 545 pontos que a marca tem no campeonato de Construtores, 520 vieram do Rea. É, realmente é quase uma simbiose perfeita entre o piloto e a sua moto. Já que o vencedor é conhecido, vamos aos coadjuvantes: na primeira corrida Rea foi acompanhado no pódio por Marco Melandri (Ducati) em 2º e pelo turco Toprak Razgatlioglu (sim, levei quase um minuto para escrever o nome do cidadão) em 3º com sua Kawasaki de equipe privada, ao passo que na segunda quem chegou em 2º foi Xavi Forés (Ducati privada) e em 3º Marco Melandri (sim, Ducati “oficial” chegou atrás da particular, coisas do Superbike).

 

E a NASCAR foi para uma de minhas pistas favoritas, a espetacular Talladega, em uma corrida que, se faltou um verdadeiro “big one” como os fãs da categoria apreciam, por outro lado teve um final absolutamente fantástico e uma vitória mais do que merecida para um dos grandes “underdogs” da categoria, Aric Almirola, que na relargada já na prorrogação seguiu de perto o líder (e companheiro de equipe Stewart-Haas) Kurt Busch de maneira que, quando ele perdeu pressão de combustível já na última volta ele estava lá para conquistar sua primeira vitória desde 2014 e garantir vaga na próxima fase dos Playoffs. A prova de Talladega foi marcada pelo domínio absoluto dos 4 carros da Stewart-Haas, que fizeram um “comboio” que muito dificilmente era acompanhado pelos outros carros, mesmo os outros Ford. Realmente a equipe encontrou um acerto perfeito para a pista e dominou de maneira absoluta. O primeiro segmento foi vencido por Kurt Busch, e o segundo por Kevin Harvick. Tudo indicava que a vitória ficaria com um dos carros comandados por “Smokey Bear” Stewart, mas a lógica indicaria que seria um dos dois vencedores de segmento... pois é, só que como os pilotos aproveitaram uma bandeira amarela no segmento final a 50 voltas do final, todos pararam para reabastecer e ficaram com o combustível “no limite”... daí que Harvick entrou nos boxes para um “splash and go” na prorrogação e Buschão ficou com o tanque praticamente seco no final, pelo que merecidamente a vitória ficou com o “operário” da equipe, e não com as “estrelas”... Almirola foi seguido por Clint Bowyer em 2º, Ricky Stenhouse Jr. em 3º, Denny Hamlin em 4º lugar e Joey Logano fechou o Top-5. Agora o corte de mais 4 pilotos ficou para a próxima etapa, próximo domingo no Kansas... e tem um bocado de gente em situação não exatamente confortável. Keselowski, Blaney e Larson estão na zona de corte, e o atual campeão Truex Jr. se encontra perigosamente no final da zona de pontuação necessária para passar para a próxima fase, onde só 8 disputarão o privilégio de prosseguir na disputa do título; a conferir na próxima semana, deve ser outra prova proibida para cardíacos.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini