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F1 é mais que pneu, ora bolhas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 11 July 2018 01:01

Gente, felizmente acabou a copa do mundo... e sem o “equiça”, como andaram me mandando umas fotos (eu não sei o que é pior: se é gente fazer isso de verdade, fazer isso para parecer ser de verdade ou ter gente que gasta seu tempo divulgando isso) pra mim.

 

Pra quem me conhece e sabe que gosto de futebol, que sou “Galo Doido” e que vou para o estádio sempre que posso, sabe que sou um cara “do povo”. Não sou rico, não sou besta e também não tenho papas na língua, seja pessoalmente, por telefone e como vocês já devem estar acostumados (ou não), no teclado do computador quando paro para escrever minha coluna aqui no site dos Nobres do Grid.

 

Durante essa copa do mundo, cheia de peladas sem vergonha, a gente teve três corridas de Formula 1. em todas três teve um monte de coisas que me deixaram bastante incomodado, mas entre todas uma já vem me irritando há algum tempo: a “parada gay”. É bom que fique claro que eu não tenho nada contra quem assume “opções sexuais alternativas”, mas não vou mentir: eu gostava das piadas do Costinha quando ele falava das “bichinhas”. Hoje, com toda a babaquiçe do politicamente correto, ele seria processado por um destes movimentos que tem mais letra e consoante que sobrenome de jogador da seleção da Polônia.

 

Quando começa a transmissão da Fórmula 1 (que está empolgante como deveriam ser as corridas e estas quase nunca o são), vem no “pacote” aquela apresentação dos pneus. Não posso não rir do coitado do Luciano Burti que troca todos os prefixos dos pneus nos seus comentários. Mas também, quer coisa mais chata (o adjetivo não era esse) que essa coisa de “ultra”, “super”, “hiper”, “mega”... e cada um de uma cor, parece a bandeira da parada gay!

 

 

 

Atualmente, a Pirelli entrega sete tipos de pneus para pista seca, além dos intermediários e de chuva extrema. Em 2018, os superduros e os hipermacios passaram a integrar a gama junto com os duros, médios, macios, supermacios e ultramacios. A ideia do Grupo Liberty Media tem como premissa facilitar o entendimento da categoria por parte dos fãs.

 

Essa coisa de pneus mais macios e mais duros já existia nos anos 70, quando a Goodyear e a Firestone eram fornecedoras de pneus da categoria. Provavelmente o pneu macio daquela época era tão duro quanto o rolo de pedra do carro do Fred Flintstone, mas o que era o mais duro, era ainda mais duro, tendo diferenças de durabilidade e desempenho.

 

 

 

A confusão vai continuar, mas ficará restrita aos bastidores e ao preciosismo dos “gatos-mestres” que não deixarão passar a oportunidade de expor o quanto são entendidos explorando a informação que será passada para as equipes pela Pirelli onde serão apresentados os compostos para pista seca como “A, B, C, D, E, e F” ou algo do gênero, e para cada corrida serão apresentados três pneus onde o macio é o A, o médio é o C e o duro é D, com isso mudando de uma corrida para a outra, mas mantendo as laterais com três cores definidas.

 

Para os espectadores, seja na televisão, seja no autódromo, provavelmente será mais compreensível, mas também terão a oportunidade de ir além com os detalhes técnicos que continuaram a ser fornecidos e que quem transmite vai explorar o quanto e o como quiser... e haja pachorra para agüentar os discursos. Mesmo assim, este ponto – que será altamente positivo caso aconteça – ainda é uma negociação em andamento, mas com boas probabilidades de vir a acontecer.

 

As três últimas corridas tiveram particularidades que acabaram, de uma forma ou de outra, proporcionando corridas com resultados aleatórios e diretamente influenciados pelo comportamento dos pneus e de como os carros conseguiram trabalhar – ou não – com os pneus utilizados na França, Áustria e Alemanha, com direito a choro em abundância por todos os lados.

 

Desde que a Pirelli colocou um pneu de perfil mais fino em 1/6 de polegada no GP da Espanha e a Mercedes só foi vista de luneta pela Ferrari e demais adversários foi criado um problema político muito maior que o técnico em si. Depois de Mônaco, que é uma corrida à parte, e do Canadá, que tem os pneus escolhidos com quase 3 meses de antecedência, de volta à Europa para o GP da França, a questão dos pneus voltaram a ganhar força.

 

Enquanto na França a real disputa entre os protagonistas do campeonato ficou comprometida pelo erro do Darth Vettel quando acertou a Mercedes do Anakim, obrigando os dois a correr atrás do prejuízo, deixou com que Neguin Liuis pudesse correr num ritmo confortável e controlar o desgaste dos seus pneus, algo que não iria acontecer com freqüência.

 

 

 

O que aconteceu na Áustria, com os “pneus-pipoca”, que afetaram diretamente o resultado da corrida e mostraram que a Ferrari tinha aprendido rápido a lição que lhe foi imposta no GP da Espanha, sendo os carros vermelhos os que melhor se entenderam com os pneus enquanto nos pneus dos carros das outras equipes parecia haver um surto de catapora.

 

O estrago foi tamanho que para o GP da Inglaterra os pneus oferecidos foram os duros, médios e macios, nada de “pneu com prefixo”, tudo bem conservador para não ter outro surto de catapora na pista em Silverstone. O que a Mercedes não contava era com a agilidade da Ferrari em aprender as lições com as sutis mudanças que os pneus podem provocar de um GP para o outro.

 

Como o choro é livre, o ex-líder do campeonato, Neguim Liuis pediu que a Pirelli só passasse a fornecer pneus com a mesma banda de rodagem mais estreita como a usada na corrida de Barcelona, onde a Mercedes levou nítida vantagem e onde chegou a haver um início de protesto contra um possível favorecimento à Mercedes, mas logo deixado de lado.

 

 

 

Com ou sem uma infinidade de nomes para complicar a cabeça dos comentaristas e encher o saco dos espectadores, a Pirelli precisa fazer com que seus pneus permitam que disputas de verdade aconteçam, que piloto com cabeça seja diferente de piloto cabeça de bagre e não ficar criando artificialidades para ser protagonista do campeonato, que deve ser dos carros e dos pilotos.

 

Se quiser aparecer mais que os outros, pega seus pneus e vai patrocinar a parada gay!

 

Abraços,

 

Mauricio Paiva