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Uma paella, um par de hashi e um vinho para acompanhar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 18 June 2018 00:09

Olá leitores!

 

Final de semana histórico no mundo do esporte a motor: finalmente a Toyota conseguiu superar aquela maré de azar que a fez perder tantas vezes em Le Mans, e na MotoGP finalmente Lorenzo fez aquilo para o que ele foi contratado a peso de ouro pela Ducati para fazer: venceu o GP da Catalunha, curiosamente sua segunda vitória seguida depois de confirmada sua saída da equipe...

 

Vamos começar com o que realmente importa, as 24 Horas de Le Mans. Devido à diferença abissal entre os carros híbridos da Toyota e os “convencionais” das equipes privadas, era de se esperar que os japoneses dominassem a corrida, mas... Le Mans é Le Mans, e a própria Toyota já sentiu na pele que ter o carro mais rápido não é sinônimo de vitória certa quando seu carro líder quebrou na última volta da corrida. Literalmente, é um lugar em que – para usar um jargão futebolístico – a corrida só termina quando acaba. Desta vez nada de grave aconteceu com os nipônicos, que levaram seus dois carros até a bandeirada, muito justamente com os dois pilotos japoneses ao volante, Kazuki Nakajima e Kamui Kobayashi. Interessante que, por questão de marketing, claro que era interessante o carro #8, em que estavam além do Kazuki o Fernando Alonso e o Sébastien Buemi, vencesse, mas analisando friamente a lógica indicava que esse seria o carro vencedor, afinal o trio do carro #7 (Kamui Kobayashi, Mike Conway e José María “Pechito” López) era, com a devida exceção do Kobayashi, mais lento que o outro trio. Buemi é claramente melhor piloto que Conway, e Pechito é bom, mas não chega perto do Alonso. Assim sendo, pode-se dizer que foi um resultado direcionado, não por ordens de equipe, mas pela escolha de pilotos. No degrau mais baixo do pódio da LMP1 subiram os pilotos da Rebellion #3, o suíço Mathias Beche, o francês Thomas Laurent e o americano de ascendência brasileira Gustavo Menezes, que chegaram à frente dos companheiros de equipe do carro #1, que teve ao volante Bruno Senna, André Lotterer e Neel Jani.

 

Na LMP2, vitória do carro Oreca #26 da G-Drive, com o ótimo Jean-Eric Vergne acompanhado de Roman Rusinov e Andrea Pizzitola, seguido do Alpine #36 da Signatech pilotado pelo brazuca André Negrão em companhia do experiente Nicolas Lapierre e do Pierre Thiriet em 2º e pelo Oreca #39 da Graff pilotado por Tristan Gommendy, Vincent Capillaire e Jonathan Hirschi em 3º. Nessa categoria também correram Juan Pablo Montoya e Pastor Maldonado, e apesar do Montoya ter dado uma montoyada antes do crepúsculo do sábado e ido de encontro à barreira de pneus, inacreditavelmente (para este que vos escreve) ambos terminaram a corrida, Montoya em 5º na LMP2 e 9º na Geral e Maldonado em 7º na LMP2 e 11º na Geral. O Ligier #47 em que estava Felipe Nasr teve uma corrida atribulada e não passou da 22ª posição na geral.

 

Na categoria LMGTE-Pro a Porsche foi com uma equipe oficial e carros lembrando as pinturas históricas da marca (o 911 com pintura “Rothmans” estava maravilhoso), como comemoração dos 70 anos da marca (off-topic: no final de semana passado teve uma exposição no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em comemoração aos 70 anos da Porsche, e como parte das atrações existia a possibilidade de entrar em um Porsche 911 GTS. Após alguns minutos de fila, chegou minha vez, e descobri que os bancos são maravilhosos, o volante é estupendo, tudo no painel fica no lugar exato em que deveria estar... e a pedaleira, a exemplo do VW Fusca, é completamente deslocada pra direita. Se não fosse PDK e tivesse 3 pedais, pensaria estar em um Fusca) e podemos dizer que a comemoração foi bem sucedida: vitória do “Pink Pig” #92 pilotado por Michael Christensen, Laurens Vanthoor e Kevin Estre, seguido pelo “Rothmans” #91 de Gianmaria Bruni, Richard Lietz e Frédéric Makowiecki em 2º, acompanhados do Ford GT #68 do ótimo trio Sébastien Bourdais, Dirk Müller e Joey Hand. Tony Kanaan, no Ford GT #67, terminou em 4º lugar na LMGTE-Pro, mas sua equipe recebeu uma punição pós bandeirada e caiu para 12º na categoria. Com essa punição, a Ferrari #52 em que estava Pipo Derani finalizou em 5º na categoria, à frente da Ferrari #51 da qual fazia parte Daniel Serra, que chegou em 7º na categoria. A equipe BMW veio muito esperançosa com seu novo M8, mas o carro #81 terminou 12 voltas atrás do “Pink Pig” e o #82 em que estava Augusto Farfus abandonou.

 

Na LMGTE-Am, a categoria em que pilotos profissionais dividem o volante com gentlemen drivers, vitória... Porsche, dessa vez com o carro #77 da Dempsey-Proton Racing. Sim, Dempsey, do Patrick Dempsey, conhecido pelo público feminino como o “McDreamy” da série de TV Grey’s Anatomy, um dedicado chefe de equipe que comemorou muito a vitória dos pilotos Christian Ried, Julien Andlauer e Matt Campbell após um belo duelo contra a Ferrari #54 de Giancarlo Fisichella, Francesco Castellacci e Thomas Flohr (coitado do Thomas, o que seria aloprado se viesse pilotar no Brasil...) que terminou em 2º e por outra Ferrari, a #85, de Jeroen Bleekemolen, Ben Keating e Luca Stolz em 3º.

 

Passando para as duas rodas, vimos Jorge Lorenzo fazer valer a cavalaria da Ducati na longa reta principal de Montmelò e passar Márquez na base do motor logo na segunda volta. O pequeno campeão até conseguiu ficar perto do seu companheiro de equipe em 2019 (consta que ele teria dito aos dirigentes do HRC que “queria um companheiro de equipe forte, mas nem tão forte assim”, ou seja, cuidado com aquilo que você deseja...) por algumas voltas, mas foi perdendo ritmo e ficou sozinho em 2º lugar, sem receber pressão do 3º colocado, Andrea Dovizioso. Até esse ponto, a coisa estava mais ou menos tranquila para Andrea, mas... Dovi conseguiu cair sozinho, de maneira quase amadora, e facilitou muito a vida do Marc no campeonato. Quem agradeceu foi “il Dottore” Valentino Rossi, que conseguiu um 3º lugar que o deixou bastante sorridente após a corrida. Pessoalmente acho difícil Márquez perder o título de 2018, afinal a vantagem dele para o 2º colocado (Valentino Rossi) na pontuação é grande, são 115 pontos contra 88 do italiano, mas... motociclismo é motociclismo, e se as coisas não andavam tranquilas na Ducati, agora que o Lorenzo e o Dovi estão empatados em pontos, a coisa promete pegar fogo. Pode ser briga interna no padrão Alonso X Hamilton na McLaren... convenhamos que pegar fogo nunca foi atração de circo, mas não deixa de ser um caloroso espetáculo. A conferir nas próximas etapas...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini