Olá amigos, 

Recebemos nestas últimas semanas mais dois comunicados de abandono da fórmula 1 vindos da terra do sol nascente. 

A Toyota anunciou pouco depois do final da temporada que estaria deixando a categoria devido aos seus resultados econômicos como montadora. A passagem destes japoneses não foi nada gloriosa. Os resultados foram parcos diante dos bilhões investidos em praticamente 10 anos (entre o anúncio da entrada e o fim). Já as controvérsias, estas foram abundantes. Desde os pilotos nos quais a equipe apostou e que ficaram muito aquém do esperado, fosse por limitações técnicas – deles ou dos carros – fosse por discordar da condução dos projetos, este sendo o caso específico de um dos melhores pilotos brasileiros da geração pós Senna, Cristiano da Mata, demitido após as discussões com Paul Gascoyne (que foi demitido depois de algum tempo por não ter criado um carro vencedor), mas muito mais por estar presa a uma hierarquia industrial engessada, incompatível com a agilidade necessária à tomada de decisões na categoria. 

Agora, no final, depois de uma substancial melhora de performance, depois de acenar com alguns milhões de dolares (e de litros de saquê) para o demissionário campeão de 2007 e apresentar ao mundo o surpreendente “samurai” Kamui Kobaiashi, capaz de aplicar 2 “X” (Interlagos e Abu Dhabi) no campeão do mundo, a gigante nipônica deixa a categoria máxima do automobilismo quase que pela porta dos fundos, levando à reboque um enorme elefante branco, plantado aos pés do monte Fuji e um palacio de cimento, vidro e aço no coração da Alemanha. 

Não bastasse mais uma montadora estar abandonando o circo (a BMW anunciou sua saída há alguns meses atrás) e a Renault estar apontando na mesma direção, a Bridgestone, fornecedora de pneus, avisou que estará deixando a categoria no final de 2010. Além de uma clara mostra de que o modelo de gestão empresarial japonês não tem espaço para “kamicazes”, fica subliminado uma séria discordância com os métodos de gestão recentemente aplicados à categoria pela FIA e pela FOM. Uma evidência disso foi o fato de, após o anúncio, tanto a Michellin como a Goodyear haverem descartado a possibilidade de retornarem a fornecer pneus para a Fórmula 1. 

No próximo mês, na seção Grand Prix Legends, vou mostrar para vocês o quintal da casa do Mika Hakkinen! 

Até lá e aproveite a viagem, Toni... mas volte logo!