Chegamos! Estamos de volta à Europa para o Rally da Córsega, a etapa Francesa do WRC, uma etapa que tem características muito particulares e que sempre proporcionam um final de semana de muitas emoções para os fãs de Rally que invadem a ilha mediterrânea e se instalam nos vilarejos e nas encostas escarpadas para poder acompanhar o mais de perto possível a passagem dos competidores. Rota • Trechos asfálticos clássicos. Estreitos e tortuosamente redondos em volta de montanhas escarpadas, concentrados principalmente no topo da ilha, perto da costa leste do parque de serviços do aeroporto de Bastia. • Resistência é fundamental - cada etapa contém um estágio longo e cansativo, culminando no trecho monstro de 55,17 km de Vero para Sarrola-Carcopino. • A ação de sexta-feira segue a sudoeste de Bastia para dois loops de dois estágios. • Sábado é o mais longo, cobrindo quase 140 km e se estendendo até a ponta mais ao norte de Cap Corse e depois para o oeste, perto de L'Île Rousse. • O último dia viaja para o sul e cruza a “espinha” da ilha para estágios na costa oeste, perto de Ajaccio, que hospeda a chegada. Estágio icônico. • Vero - Sarrola-Carcopino. Que maneira de começar a manhã de domingo! Este é o estágio mais longo do rally desde 1986 e não foi conduzido desde 2001, quando foi abordado como dois testes separados. Subiu para 885 metros, o ponto mais alto do rally, ao cruzar a passagem de Tartavella. Desafio • Estradas de montanha apertadas e sinuosas são muitas vezes delimitadas de um lado por uma face de rocha e do outro por uma queda acentuada no mar. • Asfalto áspero e abrasivo exige alta demanda de pneus. • Estradas estreitas significam que os erros podem ser severamente punidos. • Voltas e reviravoltas colocam grande ênfase na produção e na entrega precisa de notas de ritmo. Configuração do carro • Suspensão de asfalto - configurações baixas que proporcionam estabilidade e melhor equilíbrio. • Diferentes características da estrada no mesmo grupo de estágios significam que a configuração é muitas vezes um compromisso. História do Evento • A etapa do WRC da França realizou-se na deslumbrante ilha da Córsega de 1973 a 2008. • Sequências intermináveis de curvas deram ao evento o apelido de “O Rally das 10.000 Curvas”. • Após um ano de ausência devido à rotação, o rally mudou-se para a região da Alsácia do continente francês em 2010, antes de retornar à Córsega em 2015. O que há de novo em 2018 • Maioria disso! A rota foi revisada significativamente e quase dois terços da distância do palco mudou desde o ano passado. Apenas dois dos sete estágios são os mesmos. • Bastia recebe o início pela primeira vez desde 1978. • A manifestação visita a ponta do Cap Corse no extremo norte pela primeira vez desde 1995. Principais destaques • O início da noite de quinta-feira leva o WRC ao coração de Bastia, na Place St Nicolas. Uma sessão de autógrafos, a chance de pegar uma ‘selfie’ com os melhores pilotos, exposições e outros entretenimentos prometem diversão para todos. • A igreja de La Porta, e o gancho de cabelo diretamente fora de suas portas, tornou-se um dos locais lendários da Volta de Córsega ao longo dos anos. • Mais de um século depois de ter sido fechado, a antiga prisão de Chiavari vai sediar o pódio de Power Stage no domingo. • O cenário - as paisagens montanhosas proporcionam vistas de tirar o fôlego. • Estágios muitas vezes passam por aldeias estreitas que oferecem excelentes oportunidades de visualização. O shakedown da Córsega, como todo o “shake”, deve sempre ser tomado como uma pinçagem, mas nos deu alguns momentos interessantes, o do Citroen C3 WRC. No Shakedown Kris Meeke em seu C3 andou mais rápido do que todos. Tivemos no estágio de abertura um Kris Meeke e um Sebastian Loeb absolutamente prontos para vencer. No ano passado só uma vidente apostaria em Meeke e o Citroen para uma vitória provável e já a partir de 5,45 km do percurso deste estágio percebemos que o piloto britânico seria dificilmente igualado. Ele fez o melhor tempo com 4 minutos. Tanto em condições secas como também com a estrada molhada e úmida, a Citroen mostrou manter o melhor ritmo. Isso não significa nada para a disputa dos demais estágios, mas o carro francês está lá, mas nas estradas tortuosas da ilha será necessário manter um ritmo idêntico para testes muito mais exigentes. Muito confortável, Sebastien Loeb também andou forte e apontava para uma promissora etapa para a Citroen. O que Meeke fez no shakedown transpareceu noestágio especial Sorbo Ocagnano de 5,45 km provou ser a referência onde o piloto Citroen C3 terminou com uma vantagem de 2,2 segundos sobre o Hyundai i20 de Andreas Mikkelsen. As tempestades da tarde de quarta-feira garantiram que a lama fosse arrastada para as estradas pelos pilotos cortando as curvas. Os tempos abrandaram rapidamente e todos, com exceção de Sébastien Loeb, registaram o seu melhor tempo durante a sua primeira passagem no estágio. Quando foi pra valer, no estágio inicial, Thierry Neuville abriu caça ao líder do campeonato, Sebastien Ogier. Mikkelsen liderou um trio de carros da Hyundai. O norueguês parou o cronômetro a 0,8s à frente de Thierry Neuville, com o espanhol Dani Sordo a 0,5s atrás. O líder do campeonato, Sébastien Ogier, foi o quinto com o companheiro de equipe na M-Sport, Elfyn Evans, um segundo atrás, sexto. Enquanto a maioria completou apenas o mínimo de três corridas, Evans fez seis, permitindo que Phil Mills, substituto do lesionado Dan Barritt, tivesse mais oportunidades de se aclimatar. O rally começa pra valer nesta sexta-feira, com previsão de sol para o resto do fim de semana, as etapas são esperadas para secar e as condições devem permanecer consistentes por todos trechos no final de semana. O Rally da Córsega de 2018 “começou oficialmente”, e que começo! A manhã da sexta-feira teve duas especiais muito insidiosas: o estágio 1 (La Porta - Valle de Rostino) de 49.03km e o estágio 2 (Piedigriggio) de 13.55km. Ambos os estágios seriam repetidos à tarde. Todos os pilotos começaram nos compostos mais duros. Essa foi a visão que Sebastien Ogier impôs aos seus adversários desde a manhã da sexta-feira na Córsega... No primeiro estágio, Ogier imediatamente aproveitou a posição inicial e imprimiu uma excelente referência, apesar do fato de que o francês não sentiu seu fiesta a 100%. Loeb partiu agressivo e fez o segundo tempo com apenas 9s de atraso e foi seguido por Tanak e Meeke, que no entanto, com tempos mais altos e pouco menos de 20s. Logo atrás destes veio Neuville, que se queixou de dificuldades com os freios no início do estágio. Mau começo para Mikkelsen que cometeu um erro, e tempos altos para o Toyota de Latvala e para Lappi. No estágio 2 Ogier foi ainda é o mais rápido Ogier impordo um tempo impressionante. Na tentativa de buscar a diferença, a má notícia da saída do traçado de Sebastien Loeb, ocorrida em condições um pouco estranhas. Erro de pilotagem ou um problema no carro? Com certeza a questão virá a se aprofundada, mas independente disso a disputa do Rally perde imediatamente um dos protagonistas. Em um estágio mais curto, obviamente, as diferenças são menores. Meeke e Neuville só perderam 2s para Ogier. Tanak perdeu 7s e quem não estava se encontrando era Andreas Mikkelsen que fez uma pequena saída na estrada e perdeu mais tempo. Neuville fez o que podia, mas não conseguia acompanhar o ritmo de Ogier. Assim, antes da parada para o almoço era Ogier quem liderava. Neuville era talvez o piloto que no momento perdia menos em relação ao líder. O belga fez algumas alterações no seu i20 para tentar fazer algo diferente no período da tarde. Meeke e Tanak também teriam a oportunidade de responder ao campeão francês da M-Sport Ford. Após os dois primeiros estágios matinais e o inesperado abandono do dia de Loeb, o Rally da Córsega repetiu os mesmos estágios, mas desta vez com trechos um pouco menores. No estágio 3 (La Porta-Valli di Rostino), com 49 km voltou a ter Sebastian Ogier como o piloto a ditar o ritmo, inalcançável para todos os demais competidores. O pentacampeão do mundo, acompanhado por Julien Ingrassia e uma perfeito Ford Fiesta “pararam o relógio” em 31m44.1s para uma média alucinante de mais de 92 km/h, melhorando o tempo feito pela manhã. Bravamente Thierry Neuville em seu Hyundai i20 tentou de tudo, mas foi 10s mais lento. Kris Meeke em seu Citroen DS3 e Ott Tanak no seu Toyota Yaris foram próximos a 20s mais lentos, enquanto para todos os outros mais de meio minuto. Quem parecia poder desafiar Ogier era seu compatriota, Loeb. Mas o eneacampeão acabou fora da estrada. No estágio 4 (Piedigriggio) Esapekka Lappi no Toyota Yaris foi o único a conseguir no dia ser mais rápido que Sebastien Ogier. O finlandês mostrou ser possível ser mais rápido que o francês naquele estágio de 13,5 km, no estágio mais curto do dia. A sexta-feira terminou com Sebastien Ogier na liderança com uma boa vantagem sobre Thierry Neuville em 33.6s. Kris Meeke ficou em terceiro, com 38.7s para o líder. Em quarto ficou Ott Tanak. O estoniano tinha 44.2s. Não parecendo serem capazes de lutar pelo pódio, salvo problemas com os quatro primeiros vieram Lappi, Evans, Sordo, Latvala, Mikkelsen e Bouffier. Foi dia muito ruim para Latvala, ele quase nunca conseguiu encontrar o ritmo, enquanto o norueguês Mikkelsen cometeu alguns erros óbvios que o penalizaram por alguns segundos. Apenas para lembrar, a dupla Loeb-Elena da Citroen voltaria para a competição no sábado. Sebastien Ogier e Julien Ingrassia no Ford Fiesta se mantiveram na liderança do Rally da Córsega, quarta rodada do campeonato mundial de 2018, no final da primeira volta, realizada na manhã do sábado. Com a grande vantagem estabelecida na sexta-feira, Ogier começou a administrar a vantagem já no sábado. A dupla francesa administrou, sem correr riscos a sua condução, a grande vantagem sobre seus adversários, construída nos longos estágios de ontem. Em vez disso, atrás deles, o vencedor de 2017, Thierry Neuville, não conseguia reproduzir as performances que no ano passado lhe permitiram triunfar. O belga, atrás do líder Ogier por 41.6s, foi forçado a defender-se daquele que abriu o caminho para seu segundo sucesso na ilha no ano passado: Kris Meeke ocupava a terceira posição absoluta, apenas 5.2s de distância do piloto da Hyundai. Uma luta, que pelo lugar de honra, mas também envolvendo Ott Tanak, naquela altura o quarto colocado com seu Toyota Yaris, estava apenas 7.3s que o separam os dois à sua frente, fruto do bom resultado com a vitória na especial #7 (Novella 1). O quinto lugar ficou com Esapekka Lappi e seu Toyota Yaris, 1m11s do líder. Atrás dele encontramos uma decepcionante Dani Sordo, tão competitivo na etapa mexicana quanto sutilmente no asfalto que o viu vencer em 2012 com o Mini. A sétima posição ficou com Elfyn Evans, historicamente não muito tranquilo e com um sentimento ainda a ser construído com Phil Mills, campeão mundial de 2003 e vencedor aqui com Petter Solberg e o lendário Subaru Impreza. O terceiro é fechado pelo terceiro Toyota de Jari-Matti Latvala, Andreas Mikkelsen (o mais decepcionante de sempre) e Bryan Bouffier com o terceiro Ford Fiesta da M-Sport. Neuville continuava correndo atrás do prejuízo, numa dura disputa pelo segundo lugar geral. O “canibal” Sebastien Loeb, o único que havia dado a impressão de ser capaz de perturbar o compatriota Ogier, ocupava apenas a 29ª posição no geral depois do acidente de ontem. Para o nove vezes Campeão do Mundo, o consolo foi ter vencido os estágios 5 e 6. Na parte da tarde nada mudou para o líder consolidado Sebastian Ogier, que de forma segura manteve-se firmemente na liderança do Rally da Córsega. A vantagem obtida na sexta-feira foi extremamente útil no sábado para permitir uma corrida de controle, algo que o campeão conseguiu muito bem. Após o almoço foi a “hora da Toyota”. Dominante nos três estágios da tarde. Os melhores tempos saíram da equipe japonesa, com Esapekka Lappi ganhando o Estágio #8, de 35 km, de uma maneira muito convincente, conseguindo derrotar o “insano” Loeb no estágio #9 enquanto o estoniano Ott Tanak conquistou o estágio #10, que estabeleceu o fim dos trabalhos do sábado. Vivo na briga para se recuperar do péssimo rally do México, Ott Tanak voava no asfalto da Córsega. Se a luta pela vitória não parece estar ao alcance dos adversários de Sebastien Ogier, a diaputa pelas posições seguintes está bastante acirrada. Neuville (Hyundai), Meeke (Citroen), Tanak (Toyota) e Lappi (Toyota) travam uma verdadeira guerra nas sinuosas estradas asfaltadas do percurso mediterrâneo. No estágio #9, o britânico chegou a superar Thierry Neuville, mas no estágio seguinte, cometru um erro e foi parar no meio da vegetação, devolvendo o segundo lugar para o belga e deixando apenas três na disputa, com o estoniano Ott Tanak se impondo ao belga no final do dia oir um mísero décimo, ficando a 44.5s do líder. O quarto lugar ficou com Esapekka Lappi, 54.9s do francês. Dani Sordo fechava o top 5, mas a 1m46.7s do líder e os aplausos ficam ara Sebastien Loeb, que independente dos mais de 20 minutos de desvantagem, vem se divertindo e voando na Córsega. Na luta pela segunda posição Kris Meeke passou dos limites e também foi parar fora da pista. O domingo ainda reservaria duas especiais. A Vero-Sarrola-Carcopino, com 55,17 Km e a Penitencier de Coti-Chiavari, de 16,25 Km, onde aconteceria a disputa dos Power Stages. O Rally da Córsega terminou no domingo e o “Rally das 10.000 curvas mostrou-se difícil, mesmo para os mais experientes, como vimos nos últimos dias. Vimos cenas como a do multicampeão, Sebastièn Loeb, que terminou sua sexta-feira com seu Citroën C3 em uma vala, tendo que ter um lanche à beira da estrada do copiloto vida Daniel Elena. O asfalto não é realmente o “prato principal” para Jari-Matti Latvala, que após uma saída teve que abandonar a corrida por ter danificado o roll-bar. Foi uma corrida interessante, com suas 10.000 facetas e os eventos inesperados que atingiram os pilotos. No domingo, Ogier fez mais uma sessão de controle sobre os adversários. Neuville furioso, Ogier administrador. Depois de ter lidado com os 55 km do penúltimo estágio (Sarrola-Carcopino), Ott Tanak, que ocupava a segunda posição, venceu o estágio, impondo 12.6s sobre Kris Meeke. Em terceiro lugar, Thierry Neuville, que admite ter atingido algo com a retaguarda no mesmo local de Lappi, sentindo uma vibração até o final do especial. Perdeu apenas 13.2s do líder. Ogier, administrando, fechou em quarto, a apenas três décimos da Hyundai número cinco. Loeb foi o quinto. Ao meio dia e dezoito minutos começou o Power Stage pelos 16,25 km finais. A última chance de Thierry Neuville tentar o retorno. Mas um problema mecânico aflige seu Hyundai, terminando a última etapa especial do rally com um gosto amargo em 9º lugar, fora dos pontos de bônus. É a vez de Lappi pegar todos os pontos em jogo, tirando Loeb por 2 segundos, e outro de Ogier, por 3,4s, fez o mesmo tempo de Meeke. Tanak ficou em 5º lugar, seguido pelo espanhol Sordo. Thierry Neuville terminou frustrado o rally da Córsega apesar do terceiro lugar... mas podia ser pior. O Rally terminou com mais uma vitória para Ogier, seguido pelo ex-companheiro de equipe Tanak com 36.1s de desvantagem. Depois de três longos dias de competição, um Neuville decepcionado fechando o pódio, e nem mesmo deixando declarações, no entanto, centra-se no resultado que trouxe pontos importantes para o campeonato. Dani Sordo foi o quarto e, Elfyn Evans fechou o Top 5. Por fim, Esapekka Lappi conseguiu ultrapassar Andreas Mikkelsen, assumindo a 6ª posição em detrimento do norueguês. E Ogier amplia sua liderança antes do WRC seguir para a Argentina. O campeonato tem a liderança de Sebastien Ogier, com 84 pontos, seguido de Thierry Neuville com 64, Ott Tanak com 45, Andreas Mikkelsen com 41 e Kris Meeke e Esapekka Lappi fechando o top 5 empatados com 36 pontos. As equipes cruzarão o oceano para o Rally da Argentina no final do mês de abril. Até lá então! Arivederci, Redação do Rally.it |