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Neve, NASCAR e nachos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 05 March 2018 00:12

Olá leitores!

 

O que dizer desta semana que passou? Uma semana que logo na sua primeira metade teve Kimi Räikkönen demonstrando o mais genuíno humor finlandês ao postar uma selfie com as árvores cobertas de neve de fundo e a legenda “não tenho certeza se estou na Finlândia ou na Espanha” só pode ser classificada como uma grande semana.

 

Começando com os testes, atrapalhados por uma onda de frio que trouxe na quarta-feira neve para locais onde, geralmente, no final de fevereiro normalmente se tem apenas frio (Espanha e Itália sofreram...), e fazendo os pilotos de países mais ao norte da Europa se sentirem, literalmente, em casa... os finlandeses e o Sirotkin devem ter amado. Sintetizando (já que muito foi escrito em diversos sites durante os dias de teste), podemos nos preparar para o pentacampeonato do Hamilton. Não acho que Bottas consiga se impor sobre o inglês, e a Ferrari precisa melhorar consideravelmente se quiser ter alguma chance de disputar os dois degraus mais altos do pódio com a dupla da Mercedes. A Toro Rosso conseguiu treinar com o motor Honda sem quebrar e a McLaren parece ter se encontrado com o motor da Renault. Agora, eu vou rir um bocado se a Toro Rosso durante a temporada andar mais que a McLaren... os pilotos parecem não ter se incomodado com o Halo (embora Gasly tenha rasgado o macacão em seu primeiro dia de testes e reclamado da dificuldade de entrar e, principalmente, sair do carro com ele), e apenas Kevin Magnussen levantou a lebre de que a visibilidade pode ser prejudicada ao percorrer a Eau Rouge, em Spa. Do jeito que o mundo anda chato, capaz de manterem o Halo e tirarem Spa do calendário. Pior, criarem uma chicane na entrada da curva... ninguém merece essa geração nova, criada a leite de soja com pera... Os testes pré-temporada ainda não acabaram, mas acho pouco provável que o equilíbrio de forças mude até a estreia em Melbourne.

 

A MotoGP terminou sua sessão de testes coletivos de pré-temporada (desta vez no Catar) e a surpresa foi o anúncio da Tech3 que, ao final dessa temporada, acabará com uma parceria que durou 20 anos com a Yamaha. Curiosamente, o mais veloz no último dia de testes foi Johan Zarco, com a Yamaha da Tech3... e a surpresa se deveu ao fato de ser uma Yamaha, não ao fato do Zarco ter sido mais veloz que os pilotos da equipe oficial. Aparentemente, a equipe de fábrica andou testando uma série de soluções que não deram certo... ou escondeu o jogo muito, mas muito bem mesmo. Se não esconderam o jogo, a disputa do título deve ficar novamente entre Honda e Ducati, com a Suzuki incomodando a Yamaha em algumas pistas. E Jorge Llorenzo continua o chorão mór da categoria, siempre a llorar... esse consegue reclamar mais que o Vettel, não que isso seja fácil.

 

E os donos da F-1 anunciaram que a F1 TV, com acesso a acompanhamento personalizado das imagens, estará disponível em boa parte do mundo. A parte ruim do mundo, como o Brasil, China e alguns países do Oriente Médio, ficará de fora... aliás, o Brasil também ficará sem os testes de pneus da Pirelli, acredito que pela tendência da população a, nos últimos 30 anos, eleger apenas políticos que defendem malfeitores e portanto ter problemas de segurança pública bastante severos. Foram plantados ventos, agora a população colhe as tempestades que plantou...

 

Mas vamos ao que interessa, atividade na pista. No México tivemos mais uma etapa da categoria de furadeiras, digo, da Fórmula E, e finalmente Daniel Abt conseguiu sua primeira vitória, após o franco favorito da prova, Felix Rosenqvist, ter que abandonar por problemas mecânicos. Daí foi só ultrapassar Turvey, que ainda conseguiu terminar em 2º lugar e era razoavelmente mais lento que o alemão, para conseguir o maior troféu da etapa. Não foi uma corrida das mais emocionantes, em parte talvez pela excessiva preocupação em colocar chicanes na pista. OK, aquela primeira chicane após o curvão é bem pensada, mas após fazer o Estádio tão travado, qual a utilidade daquela chicane no meio da finada Peraltada? Ela propicia algum ponto de ultrapassagem? Não, apenas atrapalha quem está se preparando para grudar no carro da frente para ultrapassar. Não faz sentido, e para a próxima temporada seria um gigantesco favor, além de uma atitude inteligente, dispensar essa chicane. O degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Sébastien Buemi, que se consolidou na 4ª posição da tabela de classificação e se aproximou do 3º na pontuação, Sam Bird, que teve um péssimo sábado e não pontuou. Os brasileiros não foram mal: Nelsinho Piquet terminou em um bom 4º lugar, muito próximo de Turvey e Buemi, e Di Grassi conseguiu um honroso 9º lugar após largar em 20º graças a uma punição e depois se atrapalhar na hora de ultrapassar “Pechito” López (que foi apenas 12º). Considerando isso tudo, uma bela corrida.

 

E na 3ª etapa do campeonato da NASCAR, realizada em Las Vegas, Kevin Harvick não deu chance para ninguém: venceu o 1º segmento, venceu o 2º segmento e venceu a corrida com pouco mais de 3 segundos (em oval, isso é uma eternidade) sobre o “home boy” Kyle Busch, que teve que se contentar com o 2º lugar. Podemos dizer que Harvick fez o que quis na pista, teve o melhor carro e a melhor pilotagem, de longe, e entrou para o seleto “clube dos 100”, afinal foi sua 100ª vitória nas categorias nacionais e sua 39ª na principal. É o 4º piloto com maior número de vitórias combinadas entre as 3 categorias de abrangência nacional. Esse parece ser o ano dos Ford, o carro está muito rápido. Em 3º mais um Kyle, dessa vez o Larson, em 4º o atual campeão Martin Truex Jr. e fechando o Top 5 o ótimo Ryan Blaney, que chegou à frente de seus companheiros de equipe muito mais famosos e badalados, Brad Keselowski (6º) e Joey “encrenca” Logano em 7º. Aliás, a senhora progenitora do Joey Logano deve ter sido muito lembrada pelos colegas de profissão, já que ele deu algumas fechadas bem acintosas em alguns pilotos... pessoalmente não gosto dele, acho que é o “Dick Vigarista” da categoria. Rápido, mas desleal.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini