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Menos extrapista e hipocrisia, por favor PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 25 February 2018 23:50

Olá leitores!

 

Mais uma semana em que a movimentação extrapista foi maior que entre os guard-rails, mas ainda assim produtiva. Os carros da F-1 já foram apresentados, com a Red Bull mostrando uma pintura absolutamente maravilhosa mas que não acredito que seja adotada durante a temporada – mesmo caso da McLaren, que apresentou um carro em um tom de laranja muito, mas muito parecido com aquele utilizado na época do fundador da equipe, Bruce McLaren, mas que pessoalmente duvido que resista ao início da temporada, devendo ser substituído pela pintura do patrocinador que pagar mais. Mas já valeu à pena ter visto o carro com essa pintura histórica. No mesmo dia que essa coluna sair, começarão os testes coletivos em Barcelona, oportunidade que teremos para ver em 3 dias o reserva de luxo da Williams, Robert Kubica, pilotando para algum tipo de teste que não dê para deixar na mão de novatos... no geral, as equipes procuraram esconder a monstruosidade estética chamada Halo em cores escuras, exceto Ferrari (que adotou tiras de sandália vermelhas) e Williams, que possui as tiras brancas. Quero ver ao final da corrida qual cor vai estar essas tiras brancas da Williams, acho que até o início da temporada europeia eles pintam de escuro o Halo da Williams... vai ficar “lindo” salpicado de óleo, pedaços de borracha de pneu, uma belezura.

 

E enquanto essa semana o alcaide eleito pela população mais burra do Brasil (o paulistano) apresentou o projeto de “bairro com centro comercial” dentro da área do futuro ex autódromo de Interlagos (respeitando a vontade expressa do eleitor dele, já que desde o começo da campanha ele deixou bem claro que a intenção era se desfazer do autódromo, apenas as pessoas com sérios problemas cognitivos acreditaram em contrário), saiu a notícia que um empresário argentino está negociando com os atuais donos da F-1 a volta da categoria para a Argentina, tendo inclusive projeto para REFORMAR (não para ACABAR, entenderam eleitores paulistanos??) o autódromo Oscar Galvéz, comprovando que o argentino médio é, no mínimo, 10 vezes mais inteligente que 2/3 da população de São Paulo... por isso respeito pra caramba essa população, os argentinos tem melhores carros, melhores autódromos, melhores torcedores, melhores carnes, melhores vinhos, melhores jogadores de futebol, em praticamente tudo os argentinos são melhores que os brasileiros. Ou ao menos melhores que os brasileiros de São Paulo, Capital...

 

E o caminho brasileiro no automobilismo norte americano está sendo pavimentado: foi confirmada a presença de Rafa Marques na equipe Pelfrey, juntando-se a Carlos Cunha, que correrá na Juncos na temporada 2018 da Mazda Pro Series. Votos de muito sucesso a esses dois brasileiros, e aos outros que também buscam seu lugar nos ovais da Indy: teremos Bruna Tomaselli e Lucas Kohl na USF2000 (a categoria abaixo da Mazda) e Victor Franzoni na Indy Lights (a categoria acima).

 

A “piada” da semana foi o diretor comercial do Liberty Media, Mr. Bratches, ao defender o teto orçamentário para a F-1, dizer que a intenção é tornar a categoria “mais competitiva, para que os fãs não comecem a nos abandonar”. Se não fizerem tanta burrada, quem sabe os fãs que a categoria já tem não abandonem, já que nesse atual formato acho difícil que novos fãs passem a acompanhar a F-1. Em tempo, fica o pedido, #BernieComeBack...

 

Saindo dos bastidores para o que realmente interessa, a atividade na pista, afinal começou a temporada 2018 da Superbike. No paradisíaco circuito de Phillip Island, a primeira corrida foi vencida pelo veterano Marco Melandri (Ducati), que fez valer sua (longa) experiência sobre Tom Sykes (Kawasaki, 2º lugar) para cuidar um pouco melhor dos pneus e ter melhor desempenho no final da etapa. Completando o pódio tivemos Chaz Davies (Ducati), outro que se deu bem poupando os pneus, que sofreram um bocado na pista australiana. Aliás, os pneus fornecidos pela Pirelli “apanharam” tanto do asfalto que por questões de segurança foram instituídos pit-stops obrigatórios nas duas corridas... a segunda etapa também teve Marco Melandri como vencedor, só que desta vez acompanhado por Jonathan Rea (Kawasaki) em 2º e Xavi Foret (Ducati) em 3º.

 

Também tivemos a 2ª etapa do campeonato 2018 da Nascar, dessa vez em Atlanta, com a mais do que merecida vitória do Kevin Harvick, que já tinha vencido o 1º segmento e terminado o 2º segmento em 5º, dominou a parte final da prova, sendo que sua dominação não foi ameaçada nem por uma bandeira amarela a pouco mais de 20 voltas do final – afinal, só nas duas primeiras voltas após a relargada ele já abriu praticamente 1 segundo do segundo colocado... esta é uma pista na qual ele gosta muito de pilotar, aonde ele conquistou sua primeira vitória na categoria principal, mas onde ele vinha tendo uma série de azares que o impediam de repetir essa vitória. E nesse domingo, 17 anos após, ele conseguiu novamente chegar ao topo da classificação e repetir sua homenagem a Dale Sr., fazendo o nº 3 com os dedos para a arquibancada. A propósito, foi o final de semana dele, já que ele também correu e venceu na XFinity Series no sábado. Em 2º chegou Brad Keselowski, que tentou bravamente mas não teve como alcançar Harvick nesse domingo, em 3º Clint Bowyer (que fez uma ótima corrida com o carro #14 que já foi do Tony Stewart), em 4º Denny Hamlin e fechando o Top 5 chegou o atual campeão Martin Truex Jr, se recuperando após largar em último por não ter passado em uma das vistorias pré largada...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini