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Um show nas pistas... e um horror fora delas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 04 February 2018 22:46

Olá leitores!

 

Tivemos uma semana de contrastes: ao passo que nas pistas o espetáculo foi garantido, fora delas foi um show de horror.

 

Na Austrália tivemos uma das mais sensacionais provas da atualidade, as 12 Horas de Bathurst, naquela pista em que se você acertar o carro para uma das metades se enrosca completamente na outra, e infelizmente a corrida acabou antes da hora: faltando pouco mais de 20 minutos para o final, o Audi R8 então pilotado por Ash Walsh ficou atravessado na pista após um contato de corrida com outro piloto no trecho de montanha da pista – sim, aquele mesmo em que praticamente não há área de escape e onde quase todas as curvas são cegas. Pois bem, o Mercedes AMG GT conduzido pelo piloto John Martin não conseguiu desviar à tempo e houve um feio choque de lateral de carro contra lateral de carro, ambos do lado do piloto... Walsh acabou levando a pior, e foi conduzido ao hospital mais próximo para radiografias. Após a batida, a direção de prova optou por exibir a bandeira vermelha, encerrando a corrida. O pódio foi composto pelo trio do Audi R8 #37 em primeiro lugar (Frijns/Leonard/Vanthoor), com o Mercedes AMG #75 (Habul/Vautier/Whincup/Marciello) em 2º lugar e o Porsche 911 GT3 R #540 (Pappas/Bleekemolen/Stolz/Lieb) em 3º. Infelizmente o BMW M8 no qual estava Augusto Farfus não conseguiu terminar a prova. Problemas de juventude de um carro novo...

 

Sábado tivemos a corrida da Fórmula E em Santiago do Chile, e ao final da prova os boxes da equipe Techeetah era apenas sorrisos: dobradinha, com Jean-Éric Vergne em 1º lugar e André Lotterer em 2º, com o combativo Sébastien Buemi em 3º. Pista interessante, que propiciou disputas do começo ao final da prova, e também um razoável número de acidentes... logo na primeira volta ficaram 3 pelo caminho, incluindo o competente Nick Heidfeld, e ainda mais alguns ficariam pelo caminho vítimas de falta de confiabilidade em seus carros. Dentre eles, Lucas di Grassi, que abandonou 10 voltas após seu companheiro de equipe Audi Abt, Daniel Abt. Nelsinho Piquet lutou bastante, mas seu carro não conseguiu nada melhor que cruzar a linha de chegada em 6º lugar, após ter batalhado no pelotão dianteiro no começo da corrida.

 

O pessoal da F-Indy também está preocupado com a proteção da cabeça dos pilotos, e ao invés daquela coisa medonha do Halo apresentaram essa semana passada o Windscreen, que parece aqueles parabrisas dos carros de F-1 dos anos 70, ampliado para chegar até acima da altura da cabeça dos pilotos. Certamente mais bonito, com melhor visibilidade e com maior proteção que aquelas tiras de chinelo de dedo...

 

Quem assustou o público foi Rubinho, que foi internado num hospital em Orlando com um princípio de AVC, felizmente ele foi rápido para o hospital e nada de mais grave aconteceu. Ficam os votos dessa coluna para uma completa recuperação.

 

A antítese perfeita para esse espetáculo o qual relatei na coluna até agora foi a decisão monocrática e ilógica do grupo Liberty Media de acabar com as “grid girls”. Evidentemente as hordas politicamente corretas saíram comemorando a decisão, argumentando que “enfim as mulheres serão respeitadas na Fórmula 1”, “acabou o assédio”, “nada mais de servir de chamariz para os homens machistas babões”, entre outros argumentos com a profundidade de um pires. Parece que só faltou ao puritano grupo (aliás, a melhor definição para puritanos feita até hoje foi obra e lavra do mais brilhante jornalista já nascido no território dos Estados Unidos da América, o genial Henry Louis Mencken, que definiu assim, “mostre-me um puritano e lhe mostrarei um FDP”) perguntar à parte interessada, ou seja, às grid girls, que desde o anúncio da infeliz decisão vêm redigindo textos onde explicam que NÃO, elas NÃO se sentem desrespeitadas fazendo esse trabalho. Em o Liberty Media não voltando atrás na infeliz decisão, apenas peço COERÊNCIA: o mesmo grupo é dono de um time de segundo escalão na NFL, o Atlanta Braves, que possui um grupo de cheerleaders que “anima” a torcida nos (inúmeros) intervalos das partidas de futebol americano. Gostaria de saber se os puritanos vão acabar também com as cheerleaders do Braves, que por sinal se apresentam com roupas mais provocantes que as das grid girls. Enfim, esse é o rumo do feminismo década de 2010: ao passo que nas décadas de 1960 e 1970 o feminismo procurava inserir a mulher em todos os campos da Sociedade, nos anos 2010 as grandes “conquistas” resultam em menor opção de empregos para as mulheres... Ó, meteoro, você vai demorar muito para chegar? Aliás, será que Deus ficou contente em trocar os dinossauros pelos seres humanos? Tenho minhas dúvidas...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini