Olá amigos, tudo bem? A vida de todos é feita de ciclos e a minha não é diferente. Os ciclos se iniciam, perduram por um determinado tempo e terminam. Das coisas mais importante até as bem simples, tudo tem começo meio e fim. É justamente essa fase que estou vivendo agora, terminando um ciclo e ao mesmo tempo iniciando outro. Depois de 20 temporadas ininterruptas na Indy, sendo 18 delas na Penske, chegou ao fim o meu período de piloto full time na categoria. Ao longo desses anos todos foram três equipes (Bettenhausen em 1998, Hogan em 1999 e Penske a partir de 2000), 30 vitórias, 50 poles, 6037 voltas lideradas e três vitórias na Indy 500. Tenho muito orgulho de tudo o que construí na Indy e dos esforços que fiz para ser sempre merecedor do respeito da equipe e do carinho dos fãs. Não fui campeão, é verdade, mas sei que dei o melhor de mim. Tenho total consciência de que lutei sempre com o máximo de minhas forças, sempre buscando o melhor, mesmo quando os resultados não eram os esperados. Agora, inicio uma nova fase. O Roger Penske montou um time para disputar o IMSA Sports Car Championship, que é o mais importante campeonato dos Estados Unidos de provas de longa duração. Ou seja, saí da mais importante categoria norte-americana de fórmula para a mais importante de Endurance. Mas não sairei totalmente da Indy, pois continuarei disputando a Indy 500. Apesar da troca de competição, continuo correndo na Penske, onde tenho uma relação especial em diversos níveis, mas sobretudo de lealdade. Fiquei muito emocionado quando Roger Penske, no anuncio da minha transferência, me colocou no mesmo grupo de Mark Donohue e Rick Mear, dois pilotos históricos que ajudaram a construir a história da Penske. Quando Roger acrescentou o meu nome a essa dupla, confesso a vocês, a emoção foi muito forte. Nossa primeira corrida já foi no sábado passado e logo de cara deu para mostrar que a Penske não veio para brincar. Fiz a pole e fui ao pódio com o 3º lugar, ao lado dos meus companheiros Juan Pablo Montoya e Simon Pagenaud, que dividiram comigo a condução do carro. Foram 10 horas de corridas e nos divertimos muito, além do forte aprendizado em um carro rápido e moderno, mas totalmente diferente de um Fórmula Indy. E por falar em despedida, essa é a minha última coluna no Site dos Nobres do Grid. Não sei exatamente quantas escrevi aqui desde 2015. Para o Jornal Metro foi desde 2010, coincidindo com a vinda da Fórmula Indy para São Paulo. Acho que passou de 300! Só quero agradecer todo o carinho nesses anos todos e dizer que continuo acelerando e contando com a torcida de vocês. Vamos que vamos e até qualquer hora. Helio Castroneves Esta Coluna é uma reprodução autorizada da coluna publicada no Jornal Metro. O website NOBRES DO GRID integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados. Contatos:
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