Olá leitores!

Final de semana com poucas, mas importantes competições, e definitivamente uma enorme, gigantesca decepção, vinda do canal que anunciou há alguns anos que com o fim do Speed a velocidade não sumiria da programação, e recentemente até trouxe de volta para a TV um dos mais brilhantes comentaristas de automobilismo do Brasil, o grande ex piloto Edgard Mello Filho (um que com certeza merece uma matéria sobre ele aqui no Nobres do Grid), e quando chega na época das corridas decisivas do campeonato simplesmente desaparece com a Monster Cup da grade (a XFinity até esse final de semana pelo menos continua pois ainda não devem ter achado nada para preencher o horário) sem nenhuma justificativa ao público que assistia. Verdadeiramente lamentável.

Tivemos etapa do DTM na Áustria, no Red Bull Ring, e no sábado assistimos a uma perfeita demonstração de jogo de equipe: Jamie Green (Audi) tinha o carro mais veloz, fez a pole, dominou a prova, mas ao final da prova obedeceu à ordem da equipe e deixou Mattias Ekström (Audi) obter sua primeira vitória na temporada, afinal ele é o líder do campeonato e Jamie era “apenas” o 4º colocado na pontuação... em 3º lugar chegou Nico Müller, do mesma fabricante. Augusto Farfus teve um susto daqueles: naquela parte mais veloz do circuito, entre as curvas 1 e 2, em plena segunda volta, ele saiu reto naquela “torcida” para a esquerda que ninguém alivia o pé e que nem curva é considerada, e teve sorte em não acertar o guard-rail. Algum problema mecânico, mas acabava ali a chance de aproveitar uma posição de classificação bem decente, 10º lugar. Já no domingo, tudo se encaminhava para uma vitória maiúscula de Jamie Green, que largou na pole novamente e dessa vez não tinha o líder do campeonato por perto para ter de ceder posição... mas dessa vez o motor “abriu o bico”a 2 voltas da bandeirada. Um castigo muito grande para um piloto que foi o mestre da corrida... A vitória acabou caindo no colo do René Rast, novo vice líder do campeonato 21 pontos atrás de Ekström, em mais um pódio inteiramente Audi. Em 2º chegou Mike Rockenfeller, que com esse resultado passa para 4º no campeonato, e em 3º novamente tivemos Nico Müller. Aliás, primeira etapa do ano em que ele sobe ao pódio, e subiu logo duas vezes, no sábado e no domingo. Farfus foi escolhido pela equipe para “marcar” Mattias Ekström, e como a equipe Audi tentou uma manobra ousada e trouxe Mattias para a troca de pneus logo na primeira volta, lá foi Farfus acompanhar o sueco. Claro que isso se mostrou uma estratégia desastrosa para ele, pelo que devemos entender que o 12º lugar foi o que dava para fazer neste domingo.

Era muito esperada a etapa de Aragón da MotoGP pela possibilidade de retorno às pistas de Valentino Rossi apenas 3 semanas após quebrar a perna direita, e efetivamente “Il Dottore” foi a sensação da prova até pelo menos a metade da corrida. Depois disso a dor que ele devia estar sentindo e o forte calor (mais de 35°C de temperatura ambiente) cobraram seu preço e ele teve que se contentar com o 5º lugar – logo atrás do seu companheiro Maverick Viñalez, que esteve irreconhecível na prova e correu muito abaixo do que ele sabe fazer. Com isso, tivemos um pódio 100% espanhol, com vitória do Marc Márquez, 2º lugar de Dani Pedrosa (que cresce muito de rendimento com torcida a seu favor) e o 3º com Jorge Lorenzo, que andou boa parte da corrida em 1º lugar (demonstrando que ao menos nessa pista se entendeu com a Ducati), mas acabou perdendo rendimento no final por conta do desgaste dos pneus. Quem esteve apagadíssimo foi Andrea Dovizioso, que provavelmente jogou no lixo as suas chances de campeonato deixando Márquez abrir uma boa vantagem ao terminar num fraco 7º lugar. Eu diria que Dovizioso teve um dia de Vettel...

Os playoffs da NASCAR continuam, apesar do fã brasileiro não ter visto nada, já que os “responsáveis” pela programação do Fox Futebol 2, digo, Fox Sports 2, terem colocado bem no horário da corrida um “importantíssimo” jogo do Campeonato Argentino de Futebol, um tal de Rosário Central X Banfield, absolutamente irrelevante para grande parte do público brasileiro. Enfim, parece que os amadores não sabem que respeito é algo difícil de conquistar e facílimo de perder. O meu respeito por esse canal que compra os direitos de transmissão de uma categoria e não a transmite é ZERO. Enfim, o vencedor da etapa de New Hampshire foi Kyke Busch, para ódio de boa parte da torcida mais tradicional da categoria, que por algum motivo que ainda não descobri torce contra ele em qualquer situação. Com isso ele garantiu sua passagem para a próxima fase dos playoffs e manteve acesa a chama do bicampeonato da categoria – pelo qual estou torcendo, afinal ver o piloto odiado por muitos ganhar é algo que me diverte bastante. Buschinho fez a pole position, venceu o 2º segmento (o vencedor do 1º foi aquele que vocês já sabem, o devorador de segmentos Martin Truex Jr.) desviando de uma nuvem de fumaça levantada por um acidente, e a partir daí ele cresceu na prova e cruzou a linha de chegada com relativo conforto para o segundo colocado Kyle Larson. Em 3º chegou Matt Kenseth, em 4º Brad Keselowski e fechando o Top 5 o Martin Truex Jr. Na pontuação dos playoffs, Truex continua em 1º, com Larson em 2º e Kyle Busch em 3º.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini