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Written by Administrator   
Monday, 21 August 2017 01:09

Olá leitores!

 

Mais um final de semana com muita ação nas pistas, e com direito a performances de altíssimo nível.

 

Vamos começar com a NASCAR, que teve corridas desde a quarta-feira (Truck Series), passando pela noite de sexta e da noite do sábado. A atuação de Kyle Busch em Bristol só não foi perfeita, pois ele deixou de ganhar o segundo segmento na prova da categoria principal. De resto, só deu o Buschinho. Impressionante é pouco para definir o que ele fez nas 3 categorias do pequeno oval de meia milha com curvas bem inclinadas e retas tão curtas que os carros param nas duas retas para trocas de pneus e reabastecimento, pois não dá para colocar os boxes em uma única reta. Uma pista muito exigente física e mentalmente, pois não dá para relaxar um único instante: ou você está na curva, ou você está ultrapassando/sendo ultrapassado por alguém, ou tudo isso ao mesmo tempo. Nesse ponto o horrível circuito de Martinsville é mais fácil, as curvas são muito mais fechadas mas as retas são maiores, dá para respirar um pouco... Bristol é mais “hardcore” nesse ponto, e temos que reconhecer que não é das pistas mais fáceis de se pilotar. Pois bem, Buschinho venceu quarta à noite, sexta à noite e também no sábado à noite, a famosa “varrida”. Tanto que a comemoração do sábado foi com uma vassoura, varrendo o teto do carro... falando do sábado, em 2º lugar chegou Erik Jones, que teve chances reais de alcançar sua primeira vitória na categoria nessa pista, mas não conseguiu pelo simples fato que o Kyle Busch estava impossível de ser batido. Como consolo, o garoto Erik (que ano que vem irá para a Joe Gibbs fazer companhia ao Buschinho) aumentou consideravelmente o número de voltas lideradas por ele: no meio da prova já tinha alcançado a soma de todas as voltas lideradas até então (ao todo liderou 260 das 500 voltas da prova), e dentre os pilotos que não venceram na temporada ele é o que está mais à frente para ir para os playoffs. Foi o melhor desempenho dele na temporada, e espero que sirva como incentivo psicológico para as etapas restantes do campeonato. Em 3º chegou Denny Hamlin, que fez um trabalho discreto porém constante e graças a isso terminou muito bem a prova. Em 4º terminou Matt Kenseth e em 5º (o primeiro dos “não Toyota”) chegou Kurt Busch, comemorando sua corrida de nº 600 na NASCAR.

 

Tivemos também DTM, e mais uma vez um péssimo serviço da retransmissora oficial da categoria para o Brasil, que mostrou o VT da prova do sábado na hora em que estava acontecendo a corrida do domingo... enfim, é muito difícil ser fã de automobilismo no Brasil, um país que valoriza única e exclusivamente um esporte: o futebol. Dependendo do gosto pessoal do dono desta ou daquela emissora, pode-se valorizar também tênis ou golfe, mas esporte a motor na TV brasileira é relegado a, na melhorzinha das hipóteses, 3º plano, quando não 4º, 5º, 6º plano... bom, vamos ao que interessa: no sábado o pódio foi totalmente BMW, com Timo Glock ocupando o degrau mais alto, seguido por Marco Wittmann em 2º e por Maxime Martin em 3º. Dessa vez ninguém jogou ele para fora da pista, e também o pé frio não atrapalhou, e Augusto Farfus pôde mostrar o seu desempenho, terminando a corrida em 6º lugar. Já no domingo outro pódio monomarca, só que dessa vez da Audi, com Mike Rockenfeller em 1º, Loic Duval em 2º e Mattias Ekström em 3º. A bem da verdade não seria monomarca, já que quem efetivamente recebeu a bandeirada na frente foi Marco Wittmann, mas seu BMW estava com o tanque de combustível muito vazio e os comissários não conseguiram retirar o 1kg regulamentar de gasolina do tanque, pelo que ele foi desclassificado. Uma punhalada na pretensão dele de defender o título conquistado ano passado, mas... regulamento é regulamento. Farfus voltou a apresentar bom desempenho, sendo o 3º dos carros BMW a cruzar a bandeirada, em 8º lugar, a menos de 2 décimos de segundo do Timo Glock (7º) e pouco mais de meio segundo atrás do melhor BMW, o de Maxime Martin. Quando não jogam ele para fora da pista, ele consegue mostrar o quão bom é.

 

Esse final de semana tivemos também uma das etapas mais interessantes do WRC, o Rali da Alemanha, aquele que passa por estradinhas de asfalto que devem ser meio metro mais largas que o carro nos vinhedos do Mosel e que no sábado tem a tradicional etapa pelo campo de treinamento de tanques de guerra, a Panzerplatte, com aqueles marcos de concreto para delimitar a pista que podem não fazer grande estrago nos tanques, mas que para os carros de rali costumam ser fatais. A vitória ficou nas mãos do rapidíssimo Ott Tänak, que se mostrou em grande forma e se manteve na liderança desde a sexta-feira, mostrando um ótimo desempenho do seu Ford Fiesta. Em 2º chegou Andreas Mikkelsen, que arrancou tudo o que podia do seu Citroën DS3 mas não conseguiu alcançar o estoniano, e em 3º o líder do campeonato Sébastien Ogier, que alcançou a liderança da pontuação depois que Thierry Neuville teve que abandonar no sábado com problemas mecânicos. A briga pelo título está bem acirrada esse ano, vamos ver como será até o final...

 

E para terminar, a etapa de Pocono da Fórmula Indy, que teve uma aula de relargadas propiciada por Tony Kanaan, mas cuja vitória ficou nas mãos de Will Power, que nas voltas finais propiciou ao público uma bela e intensa disputa com Josef Newgarden, que teve que se contentar com a 2ª colocação na prova. Alexander Rossi andou forte a corrida toda, mas no final teve de assistir de camarote a disputa entre Newgarden e Power, já que seu carro não tinha desempenho para pressionar os dois pilotos à frente. Em 4º chegou Simon Pagenaud, correndo com a cabeça e pensando no campeonato. Fechando o Top-5 terminou Tony Kanaan, que foi magistral nas relargadas durante boa parte da corrida, mas cujo carro perdeu rendimento no final e esse 5º lugar ficou como prêmio de consolação para o brasileiro. Hélio Castroneves terminou em 7º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini