Oi pessoal, tudo bem? Quero comemorar com vocês o importante resultado do domingo em Toronto, 11ª etapa da temporada 2017 do Verizon Indicar Series. Mas aí o Amigo Leitor do Metro, sempre atento na Fórmula Indy, pode perguntar: “Peraí, Castroneves, que resultado positivo é esse se você perdeu a liderança da prova e terminou em 8º?” Vou explicar. Se a gente pensar única e exclusivamente no que aconteceu durante as 85, o resultado pode ser considerado meio frustrante. Vocês viram pela Band e pelo Band Sports, na narração do Téo José e comentários do Felipe Giaffone, que assumi a ponta na largada, liderei 24 voltas e só não consegui manter a ponta porque, para mim, a segunda amarela veio em hora errada. Não entendam mal, não estou reclamando da amarela. Essa é uma realidade da nossa categoria e todos nós pilotos já fomos prejudicados e também beneficiados quando ela ocorre. É a regra do jogo e vale para todo mundo. Pena que, dessa vez, não veio numa hora boa para mim, principalmente depois daquela largada, quando pulei de 3º para a ponta. Aposto que teve gente que pensou que eu estava maluco quando viu o que fiz após a bandeira verde. Mas posso assegurar que não teve nada de maluquice, muito pelo contrário. Aquilo ali foi a comunhão de muito trabalho com experiência. O meu pessoal do Hitachi Team Penske Chevrolet fez um trabalho incrível com o meu #3, que ficou muito rápido e equilibrado. Já a experiência é que já larguei em tudo quanto é posição em Toronto e, no domingo, sabia que eu tinha carro para acelerar forte pela parte interna da reta, que é bem menos ondulada, e exatamente onde frear para tomar a primeira curva, que é para direita, com segurança. O segredo ali era velocidade e o ponto exato de frear. Se eu não tivesse velocidade suficiente, não conseguiria passar os caras. E se freasse no lugar errado, travaria as rodas e iria acabar nos pneus. Então, a avaliação foi correta e a execução precisa. Realmente, foi muito legal ter feito aquilo. Sim, o 8º lugar não foi legal. Mas se a gente tirar a visão só da corrida e enxergar o campeonato como um todo, a disputa pelo título ficou mais eletrizante ainda porque, apesar de me manter em 2º, atrás do líder Scott Dixon, a diferença caiu de oito para três pontinhos. Faltando cinco corridas, com 318 pontos em disputa ainda, é quase que um “empate técnico”, como dizem em época de eleição. Então, apesar de não ter bola de cristal, duas coisas eu já posso dizer que vão acontecer. A primeira é que vou dar tudo – e muito mais – para ser campeão. A outra é que a decisão da temporada vai ser de arrepiar. Forte abraço e vamos que vamos! Helio Castroneves Esta Coluna é uma reprodução autorizada da coluna publicada no Jornal Metro. O website NOBRES DO GRID integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados. Contatos:
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