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Os 500 Km de Interlagos. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 26 August 2009 15:27

 

Dentre as principais provas do automobilismo brasileiro, sem dúvida a dos 500 Kms. realizadas no Autódromo José Carlos Pace – Interlagos, inicialmente e sempre no dia 7 de setembro, ocupa um lugar de honra, mantida até nossos dias pelo Automóvel Clube Paulista, cuja última edição realizou-se nos dias 1 e 2 deste mês de agosto. 

 

A primeira prova deu-se em 1957, pelo anel externo, e lá estava eu, então na “arquibancada”, aliás, diga-se, como curiosidade, no papel de “vela”, acompanhando uma dileta prima e seu namorado. Obviamente, creio ter sido negligente naquela incumbência, pois nada mais me interessava senão observar, babando, os monopostos mecânica continental e nacional, aos quais a prova era reservada, e tão somente. Ainda sem haver atingido a idade como eventual e desejoso participante, nada mais restava senão admirar “as baratinhas” e seus pilotos, como o Ciro, Eugeninho, Godofredo Viana Filho, o Camilão, Aguinaldo, Rugero Peruzzo, José Gimenez Lopes, Luiz Valente, sêo Chico, Marivaldo, Pedro Victor, Fritz e Celso Lara Barberis, este último para quem torcia por influência da prima que, no Colégio Elvira Brandão, era colega da namorada dele. Fato é que todos esses protagonistas tornaram-se meus amigos e companheiros de corridas logo mais no decorrer do tempo, com os quais tive a oportunidade de passar bons momentos de aprendizado e de muita alegria e divertimento mútuo. 

 

É bom não esquecer que aquela corrida contou com a estréia do Luizinho nas pistas brasileiras, cuja colocação teremos de perguntar a ele!!!. A vitória, quiçá, também, pela nossa torcida, foi do Celso com Maserati-Corvette 4500cc., quem no decorrer dos anos seguintes em 1958, 1960 e 61, igualmente foi o vencedor, interrompido pelo Fritz D’Orey, Ciro, o Roberto Gallucci por duas vezes, assim até 1964, quando a prova passou a ser disputada por carros esporte, turismo e GT; e, pelo circuito completo. 

 

 

Infeliz e somente, tivemos a oportunidade de compor o “grid” de largada por uma única edição, em 7 de setembro de 1964, já, então, fazendo parte da Equipe Willys, guiando os Renaults 1093 de números 42, o mais lento dos três da equipe, pois mais pesado que os outros dois, o 40, o mais leve e de preparação mais aprimorada, além do que, na realidade, sua carroceria era de um Dauphine ainda importado da França, de chapa muito fina; e, o 41, como intermediário. A ordem da numeração em termos de rendimento fora pura coincidência! 

 

 

Naquela época, a Simca, na procura de ofuscar o sucesso das Berlinetas Willys Interlagos, naquela prova guiados pelo Bird, Moco, Chiquinho, inscreveram dois  recém importados Simca Abarth, então conduzidos pelo Ciro, Toco, Jaime e Lolly. Parada dura para as berlinetas que chegaram em 2º. 3º. e 4º., atrás da Abarth tocada pelo Ciro e o Toco, a segunda Abarth deixou de completar a prova por pane na embreagem a qual prejudicou o câmbio, o mesmo acontecido com o Piero Gancia e Zambello, com Alfa Zagato. Da 5ª. à 7ª. colocações, essas ficaram com os Renauts 1093, tocados pelo Carol, Danilo de Lemos, Valdemir Costa e eu, revezando-se na direção. 

 

 

A bem, da verdade esta edição dos 500 kms. deu-se em clima bastante “caseiro” sem muitas disputas interessante face ao domínio das Abarth, sem chance para as Berlinetas, as quais somente tiveram cuidado com a Zagato, enquanto pilotada pelo Zambello, até que fosse alijada da prova. 

 

 

As Abarth viravam em 3’43”9/10, um “temporal” na época para o circuito completo de Interlagos, quando as Berlinetas marcavam tempos perto e acima dos 4’. Não foi à toa que as primeiras chegaram à 8 voltas na frente do segundo colocado, o carro 22 tocado pelo Bird e o Luizinho, num, total de 68, em 4h17’58”9/10, média horária de 117,22 Km/h. 

 

 

De 1964 em diante, exceção deste, mas nos anos subseqüentes, foram admitidos todos os tipos de automóvel e categorias então existentes no país, e mesmo vindos do exterior, então, em espacial, os Formula Vê, em 1967, aliás, neste ano exclusivamente para os mesmos, após uma série de acidentes de pequena monta, venceu um Aranae, em mãos do Totó e do Bubby Loureiro, depois os Fitti Vê, pela ordem, Moco e Carol, Papa Omelete e Maneco, entre outros.

 

 

Após e já desde 1965, automóveis memoráveis disputaram os 500kms. como Porsches 907, 908 e 910, Ferrari 512, Alfa Romeos P33 e GTA, Chevron B19, Lola T70 e Ford GT40; guiados pelos locais e estrangeiros como o Reinhold Joest, Herbert Müller, Lella Lombardi, entre outros. De 1974 em diante, a prova foi disputada, basicamente, por carros Turismo Divisão 1, 2 e 3, até que nos últimos anos por protótipos e Ferraris e Porsches como aconteceu recentemente na última edição.

 

Last Updated ( Wednesday, 26 August 2009 15:40 )