Olha, vou falar uma coisa para vocês. Assim como em Indianapolis, eu tinha tudo para vencer a etapa no Texas Motor Speedway, que foi disputada na noite de sábado e vencida pelo meu companheiro de equipe, o australiano Wil Power. Como vocês se lembram, na Indy 500 eu cheguei em 2º, grudado no Takuma Sato. Até a posição de largada foi mais ou menos semelhante, pois nas duas larguei no meio do pelotão. Como está ficando evidente quando se trata de oval, os pilotos que correm com o kit da Honda se mostram mais rápidos no Qualifying, enquanto em ritmo de corrida nosso, que temos o kit Chevrolet, é mais consistente. Mas aí o leitor do site dos Nobres do Grid, que sabe tudo de Indy e é muito atento, pode perguntar: “Ô, Castroneves, se estava tudo tão parecido com Indianapolis, por que deu “zebra” no Texas?”. Muito boa a pergunta e é fácil explicar não apenas uma, mas as várias “zebras” que pintaram no circuito de Fort Worth. Eu já tinha pulado para o pelotão da frente e fiz um pit maravilhoso. Tenho certeza de que ganharia mais posições ainda. Mas aí o James Hinchcliffe bateu no meu carro em pleno pit. Parecia aqueles filmes de ‘Gordo e o Magro’, quando um jogava torta na cara do outro (os mais velhinhos se lembram disso, tenho certeza). Sei lá, acho que ele tentou sair na minha frente, acelerou demais, o carro dele atravessou e bateu no meu. Acabei sendo jogado para cima do carro do Takuma e perdi um tempão para sair daquela confusão. Na pista, levei uma batidinha por trás do Mikhail Aleshin e, logo depois, o meu pneu furou. Resultado? Lá foi o Castroneves para o muro. Teve gente que começou a xingar o russo, pensando que o pneu furado fosse o traseiro esquerdo, exatamente na parte onde ele havia tocado a proteção. Na verdade, se teve alguma influência, eu não sei dizer. Mas o pneu que furou foi o dianteiro direito. Pelo sim, pelo não, depois do que aconteceu comigo e com outros pilotos, a direção de prova estabeleceu um pit obrigatório a cada 30 voltas sem amarela, por motivo de segurança. Mas aí eu já estava fora. E por falar em fora, para completar o sabadão totalmente sem graça para mim, perdi a vice-liderança e caí para 4º no campeonato, atrás do líder Scott Dixon, meu teammate Simon Pagenaud e do Takuma. Querem saber? Não tem problema. Tem um monte de corrida ainda e vou para cima dos caras. Neste fim de semana, a gente não corre. É o primeiro domingão sem atividade de pista desde muito tempo, mas no outro será a etapa de Road America, um circuito misto permanente que é uma maravilha. Mas sobre isso eu falo na semana que vem. Forte abraço e vamos que vamos! Helio Castroneves Esta Coluna é uma reprodução autorizada da coluna publicada no Jornal Metro. O website NOBRES DO GRID integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados. Contatos:
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