Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Rapadura é doce, mas não é mole PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 May 2017 00:20

Olá leitores!

 

Uma semana agitada no mundo do esporte a motor, afinal o grande final de semana dos monopostos (último domingo de maio) está chegando... primeiro vamos para a notícia ruim, o acidente do campeão mundial de Motociclismo de 2006, Nicky Hayden, que foi atropelado enquanto treinava com uma bicicleta em uma estrada vicinal italiana. Sofreu múltiplas fraturas, mas o mais preocupante são os extensos danos cerebrais, segue desde quarta-feira internado em condição estável, porém crítica, e infelizmente acho que devemos nos preparar para a pior notícia possível...

 

Mas vamos ao que interessa, carro na pista: tivemos a segunda rodada dupla da temporada do DTM, no circuito misto de Lausitzring (aliás, acho que depois da Indy deixar de ir para lá o oval não foi mais utilizado para corridas, no máximo para testes, espero estar errado). No sábado, vitória de Lucas Auer e seu Mercedes rosa (mesmo patrocinador da Force India, por sinal), após largar na pole position e não ser mais incomodado. A verdadeira vitória de ponta a ponta. Em 2º, assistindo ao desfile do Auer de camarote (ao menos nas retas, que eram os únicos lugares onde ele conseguia enxergar o líder lá na frente), chegou Robert Wickend (Mercedes), e em 3º, conquistando seu primeiro pódio, René Rast (Audi). O brasileiro Augusto Farfus foi apenas o 12º colocado, mas foi o 3º entre os carros da BMW, que não se encontraram na pista, exceto o do belga Maxime Martin, que conseguiu um 4º lugar. Aliás, Farfus chegou à frente dos colegas de BMW Wittmann e Spengler, e terminou grudado em outro carro da BMW, o do badalado Timo Glock. Então o resultado não foi bom, mas foi uma boa apresentação perante colegas de fábrica com mais renome. Já no domingo a vitória ficou nas mãos do Jamie Green (Audi), que com inteligência soube esperar o melhor momento para dar o bote certeiro e ultrapassar o pole position Robert Wickens, conquistando sua segunda vitória em 2017. Em 2º chegou o ótimo Mattias Ekström (Audi), que não teve grandes dificuldades para passar o 3º colocado Robert Wickens (Mercedes). Farfus terminou em 14º lugar, novamente o 3º melhor carro da BMW, dessa vez à frente do Glock (que terminou em 15º).

 

Ainda no sábado tivemos a etapa parisiense da Fórmula E, e as furadeiras, digo, os carros propiciaram um bom espetáculo nas estreitas ruas em torno da Place des Invalides, ao menos da 3ª posição para trás... pois o pole position Sébastien Buemi não foi ameaçado em rigorosamente nenhum momento da prova, nem nas relargadas. A prova dele foi a definição dicionarizada de “domínio”, realmente impressionante o desempenho do suíço da equipe Renault. Verdade que com esse domínio todo o campeonato fica mais chato, já que as chances do Buemi não ser campeão se tornam extremamente remotas, mesmo com ele perdendo uma das etapas para disputar outra categoria. Teria sido mais emocionante para o campeonato se o brasileiro Di Grassi não tivesse TANTO azar em uma única corrida: não se encontrou com o carro em momento algum da prova, levou batida do Félix da Costa quando o ultrapassou, levou punição pois o iluminado do mecânico soltou ele antes do tempo mínimo necessário para a troca de carros estipulado pelo regulamento, depois ainda bateu quando tentava recuperar a volta mais rápida da prova e salvar pelo menos um pontinho na etapa. Enfim, não era o dia dele. Atrás do Buemi chegaram o José Maria López em 2º e o Nick Heidfeld em 3º. Nelsinho Piquet ficou em um bom 7º lugar, mais do que adequado para a equipe ruim da qual faz parte.

 

Na noite do sábado aconteceu a etapa festiva da NASCAR, prova não válida para o campeonato mas que faz o vencedor ir para casa com o bolso mais cheio: a All-Star Race. E após 12 tentativas, finalmente o milhão de dólares ficou com Kyle Busch, cujos mecânicos devem ter ficado muito felizes, afinal é de praxe dividir o prêmio com a equipe...

 

E esse final de semana o Mundial de Motovelocidade esteve na França, no acanhado Circuit Bugatti de Le Mans (tudo o que a pista das 24 Horas tem de legal esse Circuit Bugatti tem de chato, corrida de moto ainda vai, mas de carro consegue ser tão ruim quanto Hungaroring), e a vitória ficou nas mãos do garoto Maverick Viñalez, que está fazendo valer a grana que a Yamaha investiu para romper o contrato dele com a Suzuki. Cada centavo. A disputa entre 3 Yamahas (Viñalez, Rossi e Zarco) foi intensa durante a prova inteira, e decidida no final graças a um erro do “Dottore” Rossi, uma disputa de encher os olhos do público, que certamente saiu satisfeito de ver o francês Johann Zarco em 2º lugar, conquistando seu primeiro pódio em frente à sua torcida. Em 3º, se aproveitando da queda do Valentino, chegou Dani Pedrosa, que atuou como espectador da disputa pela ponta nas voltas finais, sem jamais conseguir participar da briga – e conseguindo um bom resultado para quem após a largada estava na sexta posição. O momento bizarro da etapa francesa aconteceu na Moto 3, onde nada menos que 17 pilotos caíram em uma mesma curva, vítimas de uma mancha de óleo deixada por outra moto com problemas. Parecia um “big one” da NASCAR, muito curioso. Aliás, teve piloto com muita sorte de não ser alvejado pela moto do coleguinha que vinha escorregando atrás...

 

Também tivemos corrida de Stock Car em Santa Cruz do Sul, com uma curiosa bandeira amarela durante a prova toda nas curvas 2 e 3 do circuito, afinal já que os pilotos não sabem se comportar em uma pista que não tem 150 metros de área de escape asfaltada, você tem que colocar uma bandeira amarela para evitar acidentes no ponto menos seguro da pista... é cada uma que vou lhes contar, caros leitores, não é fácil não, o comportamento dos pilotos de hoje deve dar nos pilotos de antigamente o mesmo desgosto que os craques do futebol brasileiro dos anos 70 e 80 têm quando assistem as partidas de agora. Enfim... na primeira corrida, vitória maiúscula do pole position Rubens Barrichello (Full Time), que soube controlar bem a sua vantagem para Marcos Gomes (Cimed, 2º colocado), que bem que tentou tomar a liderança mas nunca esteve em posição de efetivamente ameaçar a liderança. Fechando o pódio chegou Thiago Camilo (Andreas Mattheis), que conseguiu resistir aos ataques de Átila Abreu e Max Wilson pelo último degrau do pódio. Já na segunda corrida a vitória ficou nas mãos da estratégia certeira da equipe RC para o Ricardo Maurício, que sacrificou sua primeira corrida para ter o carro mais “na mão” na segunda, galgando posições no pelotão graças aos pneus em melhor estado e conquistando uma vitória mais do que merecida. Em 2º chegou Antonio Pizzonia (RX Mattheis), que também adotou estratégia parecida e conquistou uma boa colocação com seu chassi novo (tanto ele com Lucas Foresti tiveram que descartar os chassis acidentados no Velopark; só não fiquei sabendo se a Full Time Academy mandou a conta do chassi do Lucas para a RX Mattheis, afinal pelo que o Pizzonia fez na etapa passada era o que merecia ter acontecido). O pódio foi completado pelo Sergio Jimenez (Hot Car).

 

E nesse final de semana tivemos a classificação para as 500 Milhas de Indianapolis, que no sábado assustou a todos com o grave acidente do Sebastién Bourdais, que não apenas está fora da corrida como do restante da temporada. Bateu de frente no muro da Curva 2, a quase 320 km/h, força de impacto equivalente a 118 vezes a força da gravidade, fraturou bacia e quadril e a enorme sorte dele é que os médicos do Hospital Batista de Indianápolis tem longa experiência em tratamento de fraturas ocorridas na pista (lembrando que a cidade tem, além do Superspeedway, um oval curto com razoável programação). Será substituído pela Dale Coyne na Indy 500 pelo australiano James Davison, mas ainda não se sabe quem o substituirá no restante da temporada. A pole position ficou com Scott Dixon (Ganassi), que foi quase uma milha mais rápido que o segundo colocado, Ed Carpenter, que corre com equipe própria. Fechando a primeira fila teremos Alexander Rossi (Andretti). Fernando Alonso surpreendeu a todos pela sua rápida adaptação ao oval, e largará na 5ª posição, à frente de gente muito tarimbada na pista como Kanaan (7º), Power (9º), Montoya (18º), Helinho (19º), entre outros.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini