Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Emoções pra todos os gostos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 08 May 2017 00:00

Olá leitores!

 

Que final de semana interessante! Confesso que alguns finais de semana até têm corridas, mas nada que realmente empolgue o aficionado... mas esse não, seja em 4 ou em 2 rodas, o tempo passado assistindo as corridas não foi desperdiçado.

 

Começamos pelos testes dos “rookies” em Indianapolis no meio da semana, com a luxuosa presença de Fernando Alonso, que em busca de um carro com motor Honda que realmente faça ele andar rápido (e na caça da Tríplice Coroa, ou seja, vitórias em Mônaco, Indianapolis e Le Mans) declinará da corrida de F-1 de Mônaco para participar das 500 Milhas pela equipe Andretti, em um carro batizado de McLaren Andretti Honda, e pintado no tom de laranja original dos primórdios da equipe – não aquela fantasia de Arrows ou Spyker que eles usam na F-1 esse ano. Atingiu quase 360 km/h e foi aprovado para continuar, embora reconheça que o desafio é maior do que ele imaginou de começo, declarando que ainda não se sente à vontade com o carro, que apesar do simulador ser realista na pista mesmo a coisa é mais difícil e que por enquanto é “o carro que o conduz”, não o contrário. Para uma estreia de um europeu logo em um superspeedway, não foi mal em hipótese alguma. Como espanhol, poderia até adotar o apelido “Alonso, el matador”, já que matou 2 pombos com um carro de Indy só. Murphy realmente existe: a pista tem 4 km, 15 metros de largura, o carro tem 2 metros de largura, qual a probabilidade estatística de você nesse cenário acertar ao mesmo tempo 2 pombos que dão um voo rasante sobre a pista? Deve ser mais ou menos como acertar na loteria sozinho... enfim, que ele tenha boa sorte nos testes seguintes esse mês.

 

Também tivemos a etapa inicial do DTM, como de costume em Hockenheimring, e na prova de abertura no sábado o pole position Lucas Auer (Mercedes) achou que a vitória dele seria tranquila após conseguir manter sua posição de largada. Pobrezinho... até ganhou, efetivamente, mas teve que segurar a forte pressão nas últimas 5 voltas feita pelo ótimo Timo Glock (BMW), que largou em 4º, se enroscou com os adversários até alcançar no Auer, e acredito que se a prova tivesse mais 4 ou 5 voltas ele teria encontrado uma brecha para passar. Sem dúvida, Glock foi o nome da corrida. Completando o pódio chegou Mike Rockenfeller (Audi), ao passo que Augusto Farfus, nosso representante na categoria, não passou de um 13º lugar. Já no domingo quem marcou presença foi a chuva, que passou pelo autódromo, deu uma folga na hora da largada (mas a pista ainda estava úmida), mas voltou no meio da prova para dar mais emoção à prova. Impressionante como o acerto de chuva de alguns carros fazia a frente ter movimentos oscilatórios verticais naquele trecho de alta velocidade que antecede o hairpin... visualmente foi muito estranho, e acredito que naquela velocidade os pilotos também não deviam estar se sentindo confortáveis. Nessas condições, claro que houve um grande número de toques, batidas e trocas de tinta entre os carros, o que inclusive causou o abandono do Farfus, que logo no começo da corrida levou razoável batida por trás, prejudicando sensivelmente o desempenho do carro e fazendo com que ele desistisse de prosseguir na 13ª volta. Uma pena. A vitória ficou nas mãos de Jamie Green (Audi), que conseguiu se adaptar melhor às condições longe do ideal, seguido por Gary Paffett (Mercedes) em 2º e Marco Wittmann (BMW) em 3º.

 

Também no sábado aconteceu a 2ª etapa do WEC, as 6 Horas de Spa-Francorchamps, que propiciou ao público belas disputas em todas as categorias. Na principal (LMP1), domínio e dobradinha Toyota, ficando a vitória com o carro #8, do trio Buemi/Nakajima/Davison, que após longa luta se sobressaiu à dupla do carro #7, Conway/Kobayashi. Completando o pódio, chegou o Porsche #2 do trio Bamber/Bernhardt/Hartley. Também tivemos brasileiros na pista nas categorias LMP2 e GTE-Pro: na LMP2 o Bruno Senna, em parceria com Nicolas Prost e Julien Canal, terminou a prova em 2º na categoria (8º na geral), Nelsinho Piquet, Hansson e Beche levaram o seu carro até o 4º na categoria (10º na geral) e André Negrão, acompanhado pelos companheiros Panciatici e Raques, terminou em 6º na categoria. Já na GTE-Pro o carro de Pipo Derani terminou em 4º na categoria e o de Daniel Serra acabou em 7º na categoria. Agora WEC só em junho, para a disputa das 24 Horas de Le Mans.

 

A corrida de Jerez de La Frontera da MotoGP prometia emoções desde o warm up, e realmente o público saiu satisfeito do autódromo. No warm-up o safety-car se acidentou. Sim, isso mesmo, o carro de segurança bateu na barreira de pneus, não estou fazendo piada... ainda bem que sempre existe um de reserva. A corrida (a número 3000 da história do Mundial de Motovelocidade) foi vencida de ponta a ponta por Dani Pedrosa, que logo na largada fez por valer sua pole position e sumiu na frente. Claro que após a corrida ele quis valorizar o feito dizendo que não foi tão fácil quanto pareceu para o espectador... OK, conta outra. Em 2º, mais de segundos atrás (e o Pedrosa querendo que a gente acredite que não foi fácil...), chegou Marc Márquez, fazendo a dobradinha da Honda em uma pista onde normalmente eles andam bem. A surpresa ficou com o 3º colocado: Jorge Lorenzo, chegando ao seu primeiro pódio com a Ducati, justamente em uma pista que não tem grande quantidade de trechos onde a velocidade máxima melhor das Ducati poderiam fazer a diferença. Uma excelente pilotagem a do Lorenzo nesse domingo. Seu companheiro Dovizioso, confirmando a boa fase da equipe, chegou em 5º. Por outro lado tivemos o “inferno astral” da Yamaha: a melhor moto da marca ao final foi a do Johann Zarco (4º), da equipe Tech3, que não tem uma moto tão evoluída como as de Viñales e Rossi. Menino Maverick até que conseguiu um honroso 6º lugar, mas a lenda Valentino Rossi brigou com a moto boa parte da corrida e o melhor que alcançou foi um magro 10º lugar. Essas posições acabaram embolando a pontuação do campeonato, agora “Il Dottore” tem apenas 2 pontos à frente de Viñales, 4 para Márquez e 10 para Pedrosa.

 

Com um grid cada vez mais magro aconteceu a 3ª etapa da Fórmula Truck, dessa vez em Londrina, com a vitória de Paulo Salustiano (Mercedes), seguido por Alex Fabiano (Mercedes), o famoso “GG”, em segundo lugar, Cristina Rosito (Volvo) em 3º, Alan Chanoski (Iveco) em 4º e fechando o pódio Witold Ramasauskas (Mercedes) em 5º. Gosto muito da categoria, mas admito que ver tão poucos caminhões na pista (largaram apenas 8) me deixa triste. Espero que a categoria se recupere...

 

E a NASCAR também esteve movimentada: no meio da semana os comissários informaram que a vitória do Logano em Richmond semana passada não valeu para fins de classificação para os playoffs da categoria por “irregularidades na suspensão traseira”. Não entraram em detalhes, mas como a punição recebida foi a mais pesada prevista pelo regulamento, deve ter sido realmente algo decisivo... Já nesse domingo tivemos uma das etapas mais esperadas da categoria, a de Talladega, a “Terra do Big One”. O primeiro segmento foi vencido por Brad Keselowski (ele sabe que qualquer pontinho conta lá na frente...), e o segundo ficou nas mãos de Denny Hamlin, que no meio da corrida estava com um carro excelente para as condições da pista. Tudo indicava que a vitória ficaria entre os dois vencedores de segmento, mas... Talladega é Talladega. E vamos lembrar que até agora não tinha acontecido um Big One... ele enfim veio, a 20 voltas pro final. Menino Allmendinger deve ter se esquecido como se empurra o carro da frente (ele geralmente anda melhor em ovais curtos e circuitos mistos), empurrou Chase Elliot de modo que esse rodasse (vamos esclarecer, não era disputa pela 20ª posição, era briga lá na frente, 2º lugar em questão...), esse acabou bloqueando a passagem de Logano, que ainda acertou Allmendinger fazendo com que esse capotasse. Ao todo 16 carros se envolveram no acidente, alguns ainda conseguiram voltar à prova com esculturas de Silver Tape na carroceria, outros chegaram ao final da linha. Aliás, a prova entrou em bandeira vermelha para que conseguissem limpar corretamente o monte de óleo que ficou no asfalto e desvirar o carro do AJ. Nesse momento, o líder era Kyle Busch... quase meia hora depois, relargada, e Buschinho mantinha a liderança, nova bandeira amarela, nova relargada, e Buschinho na frente. Parecia que enfim ele iria desencantar... até que a 3 voltas do final nova bandeira amarela, dessa vez causada por Bowyer, que tocou em Ryan Newman e o jogou no muro. Com a corrida em prorrogação, dada a relargada a estrela de Ricky Stenhouse Jr. brilhou mais forte, ele assumiu a liderança após uma bela disputa com Kyle Busch e venceu pela primeira vez na categoria principal. Em 2º chegou McMurray, que por centímetros conseguiu ultrapassar Buschinho (que terminou em 3º), seguidos por Almirola em 4º e Kahne fechando o Top 5. Sim, é isso mesmo, vitória do Stenhouse, com Almirola no Top 5. Sim, eu também demorei para acreditar nisso...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini