Oi pessoal, tudo legal? Olha, era para eu estar falando aqui de um grande resultado em Long Beach. Por tudo o que fizemos nos treinos e no Qualifying, era para eu lutar pela vitória ou, na pior das hipóteses, pelo pódio. Mas não foi bem essa a história da segunda etapa do Verizon IndyCar Series, que os fãs da nossa categoria puderam assistir, no domingo, pela Band com o Téo José e o Felipe Giaffone. Deu tilt na parte eletrônica e o que me restou foi tentar sobreviver na corrida. O trabalho que todos nós fizemos – AAA Team Penske e Chevrolet – foi ótimo, tanto que, num cenário de domínio aparente da Honda nos treinos, consegui mais uma pole position. Foi a minha quarta pole em Long Beach, a terceira consecutiva e a 52ª da minha carreira na Indy. Se vocês consultarem a estatística, vão encontrar 48 poles. É que a categoria não computa quatro delas em que choveu e não teve Qualifying, mas larguei na frente porque liderava o campeonato naquelas ocasiões. Vocês sabem que sempre vou para uma corrida animado. O carro pode não estar aquelas coisas, a posição de largada pode ser lá atrás, mas sempre alinho com a faca nos dentes e o coração batendo mais forte. Mas no domingo, vou confessar, estava muito mais animado ainda por ter reunido as melhores ferramentas para lutar pela vitória. A estratégia era simples. Largar na frente, andar rápido para abrir uma distância segura e fazer três paradas sem correr riscos. Só que na largada, na hora de lançar potência, o carro deu uma “amarrada”, algo mais ou menos parecido quando se tentar saiu com meio freio de mão ainda puxado. Essa falha eletrônica se deu numa fração de segundos, mas o suficiente para eu cair da pole para a sexta posição. No decorrer da corrida, continuou dando pau e aí complicou. Quando fui para o pit, percebi que o problema eletrônico tinha afetado também o controle de velocidade. É algo que não dá para controlar no pé, então, temos um botão no volante que a gente aperta quando entra nos pits para não ultrapassar o limite de velocidade. Apertei o botão e nada. Resultado: ultrapassei o limite e fui punido. Quando fiz o drive through, queimei o limite novamente. Aí a direção de prova me jogou para o fundo do pelotão. No fim, apesar de chegar em 9º ter sido um resultado bem ruim diante da chance real que tinha de vencer, acabou gerando alguns pontos que podem ser úteis lá na frente. Não deu, não deu. Paciência. O negócio é descobrir o que deu tilt e ir com tudo para Barber, nossa próxima corrida no dia 23 de abril. Forte abraço e vamos que vamos! Helio Castroneves Esta Coluna é uma reprodução autorizada da coluna publicada no Jornal Metro. O website NOBRES DO GRID integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados. Contatos:
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