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Rumo a conquista da América PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 24 February 2017 08:39

Após muita espera, finalmente os principais campeonatos de automobilismo irão iniciar suas respectivas temporadas em 2017. E como não poderia deixar de ser, com muitas novidades para nós brasileiros, sobre tudo quanto ao futuro de nossos pilotos. Enquanto torcemos pela manutenção de nossos poucos, porém comprovadamente talentosos, pilotos nas principais categorias internacionais, vários outros jovens prometem representar bem o país. E, principalmente, não apenas focando na Formula 1.  

 

Após ser um dos principais destaques da Fórmula 4 Sul-Americana em 2016, a catarinense Bruna Tomaselli (Bruna & Bia Malhas | JZ Racing | WNGSports) anunciou, nesta sexta-feira (17), que disputará a temporada da USF National Championship, que faz parte do Road To Indy, nos Estados Unidos. A piloto competirá pela equipe Arms Up Motorsports. "É mais um passo importante na carreira da Bruna. Após o fim da temporada passada na Fórmula 4, recebemos alguns convites e optamos em participar do USF National Championship, que é uma categoria que estreia no Road To Indy nesta temporada", disse José Nascimento, Manager de Bruna Tomaselli.

 

Após uma boa temporada na F4 sulamericana, a catarinense Bruna Tomaselli vai correr nos EUA.

 

Para Bruna, vários fatores chamaram a atenção na USF National Championship. "São 14 etapas no ano, em oito finais de semana diferentes. O pacote é muito interessante. Os carros são competitivos e a categoria é muito organizada. Além disso, o fato de fazer preliminar da Fórmula Indy é muito bacana. Será um ótimo ano", disse a catarinense, que esteve na sede da Arms Up Motorsports, que fica na pequena cidade de Sheboygan Falls, próxima de Milwaukee, no Estado de Winsconsin, nos Estados Unidos. "Fui muito bem recebida. Nosso primeiro contato foi excelente. Tive contato com vários membros da equipe e pude conhecer o Team Manager, Gregg Borland, que é bem experiente", completou a piloto.

 

O gaúcho Lucas Kohl disputará sua segunda temporada na Cooper Tires USF2000 Championship Powered by Mazda, pela equipe Pabst Racing, onde comandará o fórmula #33, durante as 14 rodadas da competição, que faz parte do Road to Indy. Aos 18 anos, Kohl tem objetivos bem definidos para a carreira, onde o foco principal é chegar à categoria principal de monopostos dos EUA. Natural de Santa Cruz do Sul, Kohl começou sua carreira nos karts aos 10 anos, vencendo sua primeira corrida. Em 2014, foi campeão da Fómula Jr. com oito vitórias em 16 corridas. Em 2015, ganhou experiência no Endurance Brasil, com um Protótipo da categoria P3, conquistando três pódios.

 

O gaúcho Lucas Kohl encarará sua segunda temporada nos EUA. Foto: @Indianapolis Motor Speedway

 

Depois de uma temporada completa e o peso de ser estreante em vários circuitos e numa categoria totalmente nova, Kohl está otimista pra uma promissora temporada de 2017. "Me sinto muito motivado, aprendi muito no meu primeiro ano e está provado que os pilotos que voltam tendem a ter mais sucesso na categoria", analisou. "Também estou muito feliz por estar com a Pabst Racing. Eles sempre fazem um ótimo trabalho e acredito que podemos disputar o título desta temporada".

 

O campeão das 24 Horas de Daytona fez um caminho todo diferente no automobilismo norte-americano, mas voltou a ser cotado para o mundo dos monopostos. Em 1º de março, vai testar pela primeira vez com um carro da categoria, a bordo do Dallara-Honda da Schmidt Peterson Motorsports. Depois de tentar carreira na Europa, onde correu nas Fórmulas 3 alemã e britânica, Derani viu outra forma de prosseguir profissionalmente na carreira, focando nas competições de longa duração e nos EUA. Brilhou com a G-Drive Racing tanto na Europa quanto nos EUA, vencendo provas nas Seis Horas de Spa, nas 24 Horas de Daytona e nas 12 Horas de Sebring. O desempenho chamou a atenção de gente grande e, nesta temporada, veio o convite da Chip Ganassi para correr com o Ford GT em três corridas do Mundial de Endurance. Ninguém ignora quando um piloto entra no radar da Chip Ganassi e, Sam Schmidt chamou o brasileiro para testar um de seus carros da Indy, em teste que contará com a maioria dos pilotos titulares da categoria. Será na pista de Sebring, a experiência com o carro da categoria, ao lado do mexicano Luis Michael Dorrbecker.

 

Pipo Derani, segundo a partir da esquerda, comemorando a vitória em Daytona. Foto: Art Fleischmann

 

“Na verdade, nós testamos Pipo há três ou quatro anos na Indy Lights, e pensávamos nele como um excelente jovem piloto, mas não conseguimos encaixar um acordo para a Lights. Então, ao longo daquele ano, ele se encontrou no turismo e acho que ele verdadeiramente provou seu talento. Tive um relacionamento com o Ed Brown (chefe da ESM Racing, equipe de Pipo no IMSA) por 15 anos, então quando ele começou o acordo entre a ESM e o Pipo, eu disse a ele que achava que tudo daria certo para ele, e assim foi. Mas Pipo sempre quis correr em monopostos”, disse o chefe de equipe em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’. Além do teste, Schmidt afirmou a intenção de encaixar terceiro carro da equipe em algumas provas do campeonato, em especial nos circuitos mistos, para dar oportunidades ao brasileiro e ao mexicano. De toda sorte, este teste poderá colocar Pipo de cara para o gol na Indy, e finalmente começarmos a renovação do que já fora esquadrão brasileiro na categoria.

 

Assim como Pipo, vários brasileiros estão mudando os rumos de suas carreiras, direcionando para o automobilismo na Terra do Trump, por onde a nossa bandeira já tremulou inúmeras vezes nos autódromos da América do Norte. Além de Matheus Leist, o qual esta coluna fora por ar e o gaúcho já tinha mudado seu foco, o campineiro Carlos Cunha Filho realizou baterias de testes privados com a sua nova equipe, a Pelfrey, no Pro Mazda. Com a oportunidade em mãos, Cunha, andou rápido e constante na pista de Sebring, firmando contrato logo em seguida para a temporada. Sabendo das diferenças entre o monoposto do Pro Mazda para os Formula 3, o filho do Cunha está otimista e mirando pódios e vitórias no calendário 2017.

 

Carlos Cunha de Force India ... Nem isso e nem F3 Open, foi pros EUA

 

As primeiras voltas na terra do Tio Sam foram muito positivas para o piloto Matheus Leist. “Foi muito bom, pois a tocada é parecida com o carro da Fórmula 3 na Inglaterra. Já sei um pouco do que precisa para vencer”, definiu o campeão da Fórmula 3 Britânica no ano passado. Vestindo as cores azuis, oficiais da equipe Carlin, o jovem de Novo Hamburgo pegou gosto pelo carro campeão da temporada 2016 nos EUA. “No começo até impressiona a potência, que é até maior que o GP3”, contou. “Mas apesar ser maior e mais pesado, ele tem um comportamento parecido com o Fórmula 3”, explicou. “É um carrão.”

 

Conforme Matheus, foram mais de 300 quilômetros percorridos em Homestead, somando as voltas de manhã e de tarde. “O pescoção está sofrendo”, brincou. “Tem boa aderência, o pneu é maior”, explicou. O primeiro contato de pista com o novo time também deixou o piloto empolgado. “A maioria dos engenheiros são ingleses, com quem já me dei bem na Europa”, salientou. “Depois de conhecer o carro, a gente mexeu bastante coisa na aerodinâmica e também aprendi a alterar as barras estabilizadoras de dentro do cockpit”, detalhou Matheus.

 

Matheus Leist junto do seu novo "brinquedo" de 2017

 

Como o treino era exclusivo, com apenas Matheus na pista, a comparação com rivais ficou para o dia 27 de fevereiro, quando ocorrem testes coletivos. Mas o piloto gaúcho já teve uma referência. “Teve um treino no fim do ano passado e meus tempos foram muito bons no comparativo”, comemorou. No mesmo final de semana, Matheus contará com a presença dos brasileiros acima listados, marcando a presença verde e amarela na Indy e nas categorias de formação para a mesma.

 

Saudações, agora em São Paulo,

 

Fabiano Esteves