Olá leitores!

Enquanto muita gente passou o final de semana em busca dos bailes e blocos pré carnavalescos, nada das folias Momescas por aqui, o negócio é corrida de carros...

Sábado tivemos a etapa portenha da Fórmula E, uma corrida muito boa para recompensar a paixão do argentino pelo automobilismo. Mesmo sob forte calor, os pilotos pisaram fundo e mostraram que não estavam em Buenos Aires apenas por conta do churrasco. Quem mais pisou foi Sébastien Buemi, que largou em terceiro e após 6 voltas já assumia a liderança para não mais a perder. 3 corridas, 3 vitórias, a não ser que a concorrência se mexa parece que o título já tem um favorito... e na verdade a corrida do Buemi foi sossegada (embora ele não assuma publicamente...), depois que assumiu a ponta não foi mais incomodado. A vida do segundo colocado, Vergne, também não foi das mais agitadas... mas do 3º para trás a coisa foi bastante movimentada, com uma boa alternância entre as posições e um espetáculo que certamente valeu a pena. Ao final de várias disputas, o terceiro lugar ficou com o piloto que marcou a pole position, Lucas di Grassi. Analisando friamente, um resultado ruim, já que largou à frente, mas... não é bem assim. O brasileiro sofreu com o carro da largada, que não estava rendendo no mesmo nível que os adversários, e perdeu algumas posições. Voltou a pegar um carro bem regulado no “reabastecimento” da categoria, ou seja, após pegar o outro carro da equipe, com a bateria carregada. Deu sorte que os fiscais não interpretaram a saída dos boxes dele como manobra perigosa, fosse na F-1 teria sido punido com toda a certeza... com um carro em melhores condições nas mãos, conseguiu recuperar um lugar ao pódio. Bela apresentação, talvez com um carro melhor na primeira parte da corrida pudesse ter incomodado o Buemi. Nelsinho Piquet ficou em 5º lugar, mostrando uma evolução do carro, e passando por um susto: foi na frente dele que a equipe Audi Abt soltou o di Grassi de volta à pista... teve a rapidez de reflexos de frear a tempo de evitar o pior, ou seja, a batida dentro dos boxes, mas não ficou feliz, evidentemente. Entre Nelsinho e di Grassi chegou Nicolas Prost, 8 segundos atrás do colega de equipe Buemi... próxima etapa agora apenas dia 1º de abril, na Cidade do México.

E os motores da NASCAR voltaram a roncar, com uma prova extra campeonato (o Clash) e a classificação para a prova de abertura do campeonato, a Daytona 500. No Clash Joey Logano herdou a vitória depois que o intelectual do volante Denny Hamlin inventou de mudar de faixa no meio da curva e tocou em Brad Keselowski na última volta, não causando um “big one” porquê, definitivamente, não era a hora de acontecer... Logano conseguiu se desviar deles e ficou com o troféu maior. Em segundo ficou Kyle Busch e em 3º Alex Bowman, na sua última prova ao volante do carro 88 substituindo o Dale Jr., que já está recuperado de sua concussão.

Por falar no Dale Jr., a prova maior que ele está pronto para outra é que ele largará em 2º lugar na abertura do campeonato. Sim, ele ficou afastado por bastante tempo e parece ter treinado bastante, já que andou muito bem em uma pista com a qual ele tem afinidade e costuma obter bons resultados. Foi superado apenas pelo seu companheiro de equipe Chase Elliot, outro que costuma se apresentar bem em superspeedways. Os dois não terão vida fácil na largada, já que logo na fila atrás ficaram Brad Keselowski e Clint Bowyer, dois que não costumam “afinar” nas largadas... vai ser interessante. Bowyer mostrou que a mudança de motor da Stewart-Haas foi benéfica (mudaram de Chevrolet para Ford), já que a equipe está com 2 carros entre os 8 primeiros (Kevin Harvick largará em 7º). Proporcionalmente melhor que a Penske, que terá o Keselowski largando em 3º e o Logano em 17º... OK, Kurt Busch larga apenas em 22º e a Danica em 24º, mas a Danica é isso mesmo e o Buschão é de lua, talvez esse domingo o alinhamento planetário não estivesse favorável. De resto, merecem menção o ótimo 5º melhor tempo do Truex Jr. com o carro da pequena Furniture Row, o 12º para o Ty Dillon, o 15º do Daniel Suárez e o 18º para o tradicional carro 21 da Wood Brothers, que se não for a equipe em atividade mais antiga na NASCAR é uma das mais tradicionais, com certeza. E provando que sobrenome sozinho não traz desempenho, em penúltimo lugar largará Jeffrey Earnhardt...

E enquanto os carros da F-1 não são apresentados, os pilotos vão dando suas entrevistas cheias de conteúdo... só que não. Todos falando que o desgaste físico será maior esse ano por conta da maior velocidade em curvas. Ué, não tem mais os treinos de pista liberados como antigamente, sobra mais tempo para irem para a academia fortalecer o corpo, simples... e Hamilton andou reclamando de dividir os dados de telemetria com o companheiro de equipe. Ah, tá, então ele nunca se utilizou desse expediente??? OK, faz de conta que eu acredito...

Até a próxima!

Alexandre Bianchini