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Written by Administrator   
Sunday, 12 February 2017 22:12

Olá leitores!

 

Esse final de semana tivemos a segunda etapa do WRC, o tradicional Rali da Suécia, que pode ser definido como uma corrida dentro do freezer daquela geladeira antiga na casa dos seus avós... neve, gelo, gelo e neve, só falta a aparição especial do Papai Noel por aquelas bandas – aliás, de vez em quando os pilotos se deparam com algum alce ou rena correndo no meio da pista, fugindo daquele barulho estranho que se aproxima. Existem alguns vídeos no YouTube com essa cena, quem tiver curiosidade basta pesquisar. A vitória ficou nas mãos de Jari-Matti Latvala, que dessa vez não cometeu nenhum erro, não foi parar lá na vala, e soube aproveitar muito bem o presente que recebeu na especial final do sábado, quando o menino Thierry Neuville, que liderava a corrida desde a sexta-feira (na quinta foi o próprio Latvala que terminou o dia na liderança), abusou do acelerador, saiu da pista, bateu e perdeu uma roda, despencando na classificação do rali (terminou apenas em 13º). Neuville precisa colocar sua cabeça no lugar, afinal é o segundo acidente em duas etapas seguidas (também bateu no Rali de Monte Carlo), e o carro da Hyundai já provou que é rápido, para chegar à vitória precisa que o piloto não se sabote... em segundo lugar chegou o rapidíssimo Ott Tanak (outro muito afeito aos acidentes...) e em terceiro o atual campeão, Sébastien Ogier. Latvala propiciou à Toyota a sua primeira vitória no WRC nesse século (a última tinha sido em 1999, ainda com aquele Corolla de faróis ovais que virou um autêntico mico de mercado aqui no Brasil) já na segunda corrida do Yaris WRC, um carro que ainda tem mais potencial a ser explorado mas já demonstrou que “nasceu” bem, muito importante para qualquer carro de corrida. Pessoalmente, sou da opinião que quanto mais marcas tiverem disputando a liderança das corridas, melhor.

 

Continuando nas pistas, o garoto Pedro Piquet (não preciso explicar de quem ele é filho, não é?) aproveitou o começo do ano para ir disputar a Toyota Racing Series, categoria neozelandesa semelhante à Fórmula 3, e terminou como vice campeão. Espero que sirva de fôlego para ele andar melhor esse ano na Fórmula e europeia, afinal chegou lá cheio de esperanças após conquistar o título por antecipação na F-3 Brasil, mas percebeu que lá o nível (e quantidade de competidores) é muito mais alto, não fazendo uma boa primeira temporada. Na torcida para ele conseguir se dar bem em 2017...

 

Dos Estados Unidos chegou uma notícia triste: o final das atividades da KV Racing, equipe que propiciou ao Tony Kanaan a sua vitória em Indianapolis em 2013. Dentre as equipes menores, talvez a que tinha melhor nível técnico, pouco atrás da Andretti e não muito longe de Ganassi e Penske, definitivamente fará falta no grid.

 

Por falar em Indy, a categoria está realizando testes de pré temporada em Phoenix, oval que está recebendo uma grande reforma para tentar corrigir um dos maiores problemas da pista, o Sol que no final da tarde ficava diretamente nos olhos dos pilotos ao passar pela reta dos boxes. Agora será aumentada a arquibancada do que era a curva 1, os próprios boxes foram deslocados um pouco mais para adiante, e a linha de largada será logo na saída da antiga Curva 1, que deve passar a ser a última curva, se a lógica for mantida. Proposta interessante, mais conforto para o público e mais visibilidade para os pilotos no período do entardecer, além de área dos boxes mais espaçosa, mas quero ver como vão ficar as relargadas com os pneus frios e a turma dando gás no meio da curva... chances de cacas homéricas acontecerem. Espero estar enganado... a propósito dos testes, os dois primeiros dias tiveram um padrão curioso: os testes realizados com luz natural foram liderados pelas equipes que usam motor e kit aerodinâmico Chevrolet, e os testes noturnos por aqueles que usam motor e kit aerodinâmico da Honda. Será esse um padrão a ser repetido pela temporada? A conferir...

 

A corrida de furadeiras, digo, a Fórmula E, terá essa temporada em Berlin o retorno ao lugar de onde não deveria ter saído: o desativado aeroporto (atualmente um parque público) de Tempelhof, já que o percurso utilizado na temporada passada nas proximidades da Alexandreplatz recebeu críticas dos moradores e o Senado alemão vetou esse traçado. Correm rumores que estão procurando outro lugar na cidade para fazer a corrida, mas é besteira, o melhor lugar, de longe, é Tempelhof. A não ser que larguem de frescuras e reativem Avus, mas aí é sonhar alto demais para o pessoal do motor de máquina de costura...

 

Na F-1 a silly season continua a toda, e o aspecto cômico foi o pai do Lewis Hamilton dar entrevista para um canal inglês aconselhando Bottas a não bater de frente com o filho, pois “encarar Lewis pode destruir a carreira de qualquer um”. Primeiro porquê é ridículo falar isso para o companheiro de equipe do filho, segundo porquê sendo finlandês o menino Valtteri é bastante “cabeça fria” e em outra entrevista, essa para a TV finlandesa, Bottas retrucou dizendo que não gostaria de ser companheiro de equipe dele mesmo... é isso que dá proibir tanto os testes e começar a temporada relativamente tarde, fica arrumando tempo livre para o pessoal ficar inventando discussão pela mídia...

 

O toque bizarro ficou por conta de Sebastian Vettel: lá estava a Pirelli para fazer testes com os novos pneus de chuva intensa na pista de Fiorano, com uma versão modificada do carro de 2015. Vettel, logo no primeiro dia, bateu o carro de um jeito tal que a fabricante de pneus teve que encerrar o teste do segundo dia por falta de peças de reposição para o carro, tão bonita foi a panca do alemão... muito bem, assim mesmo que se faz (só que não)...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini