Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Piloto Automático 1ª Parte PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 16 October 2016 23:55

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

Estive em São Paulo por uma semana este mês... meu Deus. Sempre que volto pra Salvador fico um bom tempo sem reclamar do trânsito na minha cidade. Como é que os paulistas aguentam aquilo vai ser sempre uma prova de superação para mim.

 

Uma coisa que mudou há pouco tempo foi o limite de velocidade nas avenidas da cidade. Apesar de todas aquelas faixas de rolamento, andar a 90 Km/h naquelas marginais eu sempre achei perigoso e fiquei feliz em poder andar mais devagar (70 Km/h ou 60 Km/h) em algumas delas... isso é, quando se consegue, porque normalmente mal se anda em grande parte do dia, de tanto carro que tem nelas.

 

Ouvi dos meus colegas de São Paulo que era um absurdo andar a 50 Km/h na maior parte das avenidas da cidade – que também mal se movem em grande parte do dia – e que aquilo era uma forma de aumentar a arrecadação com multas de trânsito por excesso de velocidade. Achei estranho, uma vez que o trânsito está quase sempre parado, mas não ia eu, a baiana, que ia dar pitaco na loucura alheia.

 

Não sei porque, mas desta vez eu acho que dei sorte. Andei em horários em que era possível andar perto do limite – ou mesmo acima se fosse o caso – por algumas avenidas da capital paulista e, com os nossos carros, confortáveis e macios, é muito fácil não perceber que ultrapassou o limite de velocidade em alguns Km/h. Para evitar distrações, decidi usar algo que, normalmente, é usado em estradas. Aquilo que chamamos – erroneamente – de “piloto automático”.

 

 

 

O que este sistema é, na realidade, é um “controlador de velocidade”. Na indústria americana é chamado de “Cruise Control”. Há algum tempo este equipamento tem se tornado cada vez mais comum nos carros produzidos em série. Um item que há bem pouco tempo era um “opcional”, visto como um item sofisticado que vinha apenas em modelos de luxo.

 

Ao selecionar uma determinada velocidade, o dispositivo a mantém, acelerando o carro automaticamente se for preciso. Tanto nos sistemas mais simples quanto nos sofisticados, ao pisar no freio ou no acelerador o piloto automático é desativado temporariamente. Mas volta a funcionar ao acionar o sistema. Ele foi criado para dar mais conforto ao motorista em longos trechos de direção, como em estradas, mas acabei descobrindo que muita gente tem usado deste equipamento para evitar multas não só nas estradas, como também nas cidades.

 

 

Os primeiros modelos de “piloto automático” funcionavam sem ajuda da eletrônica. Um servo a vácuo movia o cabo do acelerador, que era puxado para acelerar ou empurrado para reduzir a velocidade, dispensando o uso do acelerador. Com os aceleradores sem cabo e o aumento da eletrônica, foi possível enviar um comando para este estabilizar em uma dada velocidade, sendo automaticamente desligado quando se pisa no freio ou no acelerador.

 

O “piloto automático” não é um recurso exclusivo dos carros automáticos. Modelos com câmbio manual, depois que os carros passaram a ter sensores que informam a velocidade para a central eletrônica de comando. Com caixa manual, assim como nos outros pedais, toda vez que a embreagem é acionada o sistema é desligado na maioria dos modelos disponíveis hoje em dia. Em alguns, porém, ao reduzir uma marcha o piloto automático continua ativo. Entretanto, se aparecer uma subida muito íngrime pelo caminho, o sistema é novamente desligado.

 

 

Uma outra utilidade do “piloto automático” e auxiliar na economia de combustível. Mas o papel do motorista é fundamental. Isso porque há situações em que o controlador de velocidade de cruzeiro vai acelerar o carro, como numa subida. Em declives também. Enquanto o motorista tiraria o pé do acelerador, provocando corte de combustível, o sistema manteria uma certa aceleração. A vantagem do piloto automático é que a aceleração acontece de maneira mais suave, o que favorece a redução de consumo no plano. 

 

O acionamento desse sistema pode ser feito através de 4 botões junto ao volante ou que ficam numa coluna de direção, basicamente com os comandos de “ON/SET, RESUME, SPEED+ e SPEED”, ou termos similares, que também podem ser substituídos por símbolos de “+ e –“. Na maioria dos modelos, depois que o motor é ligado é possível acionar o sistema a qualquer momento através do “ON/SET” e para determinar a velocidade pode-se pressionar novamente o ON/SET.

 

 

Além de estabelecer uma determinada velocidade, é possível alterá-la sem ter que usar o acelerador ou tirar do “piloto automárico”. Para alterar a velocidade, acelerar ou frear aperta-se novamente o “ON/SET”. Com essas ações é possível parar de usar o pedal do acelerador. Os botões SPEED + e SPEED -, servem para respectivamente aumentar ou diminuir a velocidade em 1 a 5 Km/h a cada vez que o botão é acionado, dependendo do modelo. Podemos dizer que é um acelerador de mão.

 

O uso do “piloto automático” pode levar o motorista, especialmente em estradas com longos trechos retos e planos a um perigoso estado de relaxamento. Isso pode provocar graves acidentes, inclusive com mortes, uma vez que numa estrada os carros estarão perto dos 100 Km/h. Contudo, há outros perigos até maiores que podem vitimar motoristas menos experientes.

 

 

A intervenção eletrônica pode não se mostrar suficiente para evitar uma colisão e em determinados casos, o uso do “piloto automático” deve ser evitado. Um exemplo disso são estradas sinuosas e com variações de relevo, onde curvas com raios diferentes e variáveis e a necessidade de mudar constantemente de faixa não tornará o uso do dispositivo algo seguro.

 

Dependendo do modelo do veículo, o “piloto automático” funciona em qualquer velocidade entre 0 e o limite atingido pelo veículo. Em outros casos, porém, o sistema atua dentro de uma margem, como a partir de 30 Km/h ou no máximo até 130 Km/h, por exemplo. Para saber exatamente como funciona este equipamento no seu carro, o motorista deve consultar o manual do proprietário, algo que poucas pessoas fazem.

 

 

Como a eletrônica está em constante – e rápida – evolução, já existem sistemas mais modernos, onde através de sensores, semelhantes aos de estacionamento, o assistente de manobra, com os carros fazendo as manobras sem interferência do motorista (Um alento para um monte de gente que eu conheço). Com estes sensores é possível ajustar uma distância fixa do carro que segue à frente. Assim, a velocidade vai aumentando ou reduzindo conforme a proximidade do obstáculo. Tudo é controlado com ajuda de um mostrador digital no painel que mostra os ajustes de maneira intuitiva.

 

Esse sistema mais inteligente existe desde o ano de 1999 e foi lançado pela Mercedes-Benz no seu modelo sedã Classe S. No ano 2000 começou a ser oferecido como um opcional nos carros da BMW Série 7. Hoje em dia esse sistema pode ser encontrado nos carros da Nissan e da Jaguar. Estes e outros fabricantes vem trabalhando em sistemas próprios e cada vez mais sofisticados... mas este é um assunto que vamos falar no próximo mês, onde veremos os veículos que já circulam em alguns países sem motoristas.

 

Muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça


Last Updated ( Monday, 17 October 2016 00:10 )