Olá fãs do automobilismo, Quando vocês estiverem lendo a minha coluna a Fórmula 1 já terá voltado das férias e com duas corridas logo em sequência: Spa-Francorchamps e Monza. Provavelmente minha agenda entre estas duas etapas do campeonato será mais voltada para atender meus pacientes aqui nos Estados Unidos. Ando preocupada com a “abstinência” de vitórias brasileiras na Fórmula Indy. O assunto abstinência de vitórias incomoda qualquer piloto, especialmente aqueles habituados a vencer e particularmente os que já conquistaram títulos mundiais na categoria (exceto pelo Kimi Raikkonen que parece “não estar nem aí” pra nada). Fernando Alonso e Sebastian Vettel que o digam e, coincidentemente, o anterior e o atual primeiro piloto da Ferrari. Mas isso é mesmo apenas uma coincidência? Sebastian anda angustiado com a situação que está vivendo na Ferrari... A frequência das consultas de Sebastian aumentou do ano passado para este. Não é para menos. Depois de uma primeira temporada promissora, inclusive com a conquista de três vitórias e uma pontuação surpreendentemente próxima da obtida por Nico Rosberg, segundo colocado no campeonato e piloto da “imbatível” Mercedes. A Ferrari parecia ter reencontrado o caminho para voltar a lutar pelo título. A conduta de Sebastian durante as sessões que tivemos ao longo do ano foi passando da esperança para a desesperança. Já nos testes pré-temporada ele percebeu que estavam mais distantes das Mercedes do que no final da temporada do ano passado. Pior que isso foi ver todos os esforços no sentido e mudar esta realidade não terem êxito e ao invés de serem a força a ameaçar a hegemonia da equipe alemã, viram-se superados pela Red Bull, que passou metade da temporada passada correndo atrás de um motor para seus carros. Estar realizando um sonho é algo bom, desde que este sonho seja bom! Sebastian foi criado e formado para ser um piloto de sucesso. Isso começou desde os tempos em que andava no kartódromo onde seu ídolo e inspiração – Michael Schumacher – cresceu. Depois disso, foi abraçado por Helmut Marko e a Red Bull, que investiram em seu potencial e o retorno dado foi mais do que talvez eles esperassem (uma vitória com a Toro Rosso e um tetra campeonato). O ano seguinte, quando o regulamento mudou e a Red Bull perdeu performance e terreno por culpa do projeto equivocado da Renault para seus motores foi um duro golpe no espírito de Sebastian. É difícil estar tão acostumado ao sucesso e, de um momento para o outro, vê-se impossibilitado de repetir suas atuações e conquistar resultados. Junte-se a isso a chegada de um companheiro de equipe que conseguiu tirar mais do carro, que conseguiu ofuscá-lo na equipe e nas arquibancadas, tudo aquilo de uma vez só foi muito para Sebastian... foi quando ele veio me procurar. Em 2015, a promessa era se aproximar e enfrentar a Mercedes de igual para igual no ano seguinte... Em nossas conversas, ele sempre falava da inspiração que era Michael Schumacher em sua vida e no sonho de um dia correr na Ferrari e reeditar ao menos parte da história que seu ídolo escreveu nos onze anos em que lá esteve. De certa forma, Sebastian – como 10 em 10 pilotos – tem aquele fascínio que a Ferrari exerce sobre todos os meninos desde os anos de kart. O problema é que depois da promissora temporada de 2015, a temporada deste ano tem se mostrado um pesadelo onde quase nada dá certo. Se no ano passado eles chegaram a perturbar a Mercedes em algumas corridas, este ano viu os carros prateados passar por seu carro com extrema facilidade, não importava o que ele fizesse ou o quanto se esforçasse. Mas este ano tem dado muito mais dores de cabeça do que alegrias. Não é fácil fazer um competidor (porque é isso que eles são: competidores) manter um nível de motivação próximo do que costumam ter enquanto estão no auge de suas performances e resultados no período em que eles estão inferiorizados em relação aos concorrentes, mais por conta dos equipamentos que estão usando do que por sua capacidade de conseguir manter-se em um alto nível de resultados. O momento requer um cuidado muito especial e um processo de fortalecimento mental para que a estabilidade emocional não venha comprometer a performance. Falamos longamente sobre os gestos e as palavras que tem sido mostrado nas transmissões das corridas com ele reclamando de forma “extremamente intensa” contra os retardatários que tem que enfrentar no decorrer da corrida, em somatório a pressão que ele tem se colocado por não estar conseguindo conquistar aquilo que planejou e tanto deseja. É preciso recuperar o homem e o piloto Sebastian Vettel... Sebastian precisa descobrir em si o ponto de equilíbrio para então conseguir estabelecer um crescimento para atingir suas metas. Contudo, a equipe precisa ajudar e este ano o foco precisa ser dividido entre conseguir fazer algo com os recursos que tem e investir tudo o que for possível para o ano que vem e as mudanças de regulamento fazerem o vento mudar de direção e soprar para os lados de Maranello. Além de, logicamente, a Ferrari não errar a mão no projeto e fazer outro carro que venha a frustrar seu melhor piloto. Beijos do meu Divã, Catarina Soaresrios que tem que enfrentar no decorrer da corrida, em somatdo nas transmissental para que a estabilidade emocional n Renault pa
|