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E as coisas vão voltando ao normal! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 21 August 2016 23:15

Olá leitores!

 

Mais um final de semana com competições de alto nível nos autódromos do mundo, e apenas uma delas conseguiu ser vista pela TV no Brasil, lamentavelmente. Pelo menos dessa vez não cortaram a premiação no pódio, o que já é um grande avanço.

 

Comecemos com o WRC, esse final de semana tivemos uma das etapas que acho mais interessante, o Rali da Alemanha. Velocíssimo, alternando entre estreitíssimas estradas entre vinhedos onde mal cabe a largura do carro e algumas pistas militares largas, mas com blocos de cimento feitos para delimitar a trajetória de tanques de guerra, ou seja, imagine o resultado de bater um carro de rali neles... e o acidente mais grave do final de semana foi justamente no Panzerplatte, no sábado, quando o Citroën da dupla Lefebvre/Moreau raspou lateralmente em um desses blocos, começou a derrapar lateralmente e foi ao encontro de uma frondosa árvore que não tinha a menor intenção de sair do seu lugar, muito menos por um carro de rali. Felizmente os parâmetros de segurança evoluíram muito nos últimos anos, e apesar da gravidade do acidente a dupla não corre risco de morte, em que pese as fraturas sofridas. Que eles possam se recuperar o mais rápido possível. A vitória acabou ficando nas mãos do Sébastien Ogier, que quebrou um jejum de vitórias que durava desde seu triunfo no Rali da Suécia – espero que encerre também a sessão choradeira dele, que está reclamando muito do regulamento que preconiza que a largada no primeiro e segundo dia obedeça à ordem de pontuação. Agora que o título está mais próximo, que ele pare de reclamar um pouco, pois está parecendo criança mimada que o papai não comprou o brinquedo que queria. O pessoal da equipe VW deve ter ficado muito feliz com a quebra do jejum na sua corrida “de casa”. Ele foi acompanhado no pódio pela dupla da Hyundai, respectivamente Dani Sordo e Thierry Neuville em 2º e 3º lugares. A marca está evoluindo sensivelmente o carro nesse ano, e poderia ser uma candidata a vitórias ano que vem... se não fosse o fato que ano que vem o regulamento muda, e os carros virão com novas especificações técnicas. Mas não deixa de ser bom ver outras marcas que não a VW ocupando o pódio.

 

E nesse final de semana o DTM visitou a Mãe Rússia para a corrida de Moscou, com a etapa do sábado sendo disputada debaixo de uma considerável chuva, que fez brilhar mais ainda a estrela do vencedor Robert Wickens (Mercedes), que assumiu a liderança logo no começo e não foi mais incomodado até a bandeirada final. Foi seguido pelo ótimo Paul di Resta em segundo, e o pole position Gary Paffett em 3º, um pódio 100% Mercedes. Farfus não fez uma boa corrida, largando e terminando em 14º lugar com seu BMW. Já a corrida do domingo, disputada com tempo seco, viu o domínio da BMW, com a vitória de Marco Wittmann, segundo lugar do Tom Blomqvist, e completando o pódio totalmente BMW veio o Bruno Spengler em 3º lugar. Augusto Farfus dessa vez fez uma bela apresentação, largando em 6º e terminando em 4º lugar. A lamentar o fato da pista moscovita claramente ser inadequada para carros de corrida. Com seu traçado travado, acredito que uma corrida de motos seja muito emocionante nela, mas para carros a corrida vira um desfile, com pouquíssimas ultrapassagens. Lembra-me muito os primeiros tempos de Jerez de la Frontera, antes de suprimirem um esse e aumentar um pouco a média horária da pista. E Jerez produz corridas de moto realmente empolgantes, mas para carros “não funciona”.

 

Por falar em motos, tivemos etapa da MotoGP em Brno, na República Checa, o lugar onde aparecem as mais belas grid girls da temporada do Mundial de Motovelocidade. E foi uma corrida especial, vencida por aquele que usou a melhor estratégia, aquele que arriscou mais, e assim tivemos a quebra o jejum de 35 anos que um inglês não vencia na categoria rainha da motovelocidade (antes dele, a última vitória da terra da Rainha Elizabeth II foi do Barry Sheene na Suécia). Sim, Cal Crutchlow fez bonito e colocou seu nome na história da categoria. Segunda vitória de uma Honda privada esse ano, o que eu vejo com ótimos olhos: quanto maior o número de equipes disputando a vitória, melhor. Se foi por causa da chuva, isso não importa, o importante é que ocorreu a primeira vitória de um piloto pouquíssimo acostumado a visitar o pódio. Ele não foi o único destaque da corrida, claro, que foi uma etapa interessantíssima desde a largada. As Ducatis apareceram como fortes candidatas à vitória até a metade da corrida, quando começaram a ter problemas mecânicos (Dovizioso) ou perder rendimento. No caso de Iannone, os pneus estavam quase se desfazendo ao final da corrida, e foi realmente impressionante no mau sentido ver o estado do pneu dianteiro do italiano. Não foi para o chão pois não era o dia dele cair... Em segundo lugar chegou Valentino Rossi, que fez uma classificação razoável, largou mal, esteve abaixo do 10º lugar, mas na segunda metade da corrida se recuperou – o que não aconteceu com seu companheiro Lorenzo, que é o Alain Prost das duas rodas, choveu, tremeu. Ele terminou apenas em 17º lugar, 1 volta atrás dos líderes, após 2 trocas de moto... que dureza... em 3º chegou Marc Márquez, que fez uma bela participação. Largou na pole, perdeu posições, mas se recuperou no final. Outros pilotos que tiveram uma atuação de destaque foram o 4º colocado Lori Baz (impressionante ver um piloto de moto com mais de 1,90m...), piloto da Avintia Ducati, e o 6º colocado, Eugene Laverty, da Aspar Ducati. A chuva fez eles mostrarem melhor seu talento. Destaques negativos, além do Lorenzo, foi o Pedrosa, apenas 12º com uma Honda oficialíssima de fábrica. Fraco.

 

Na Moto 2, disputada sob considerável chuva, a coisa mais estranha foi a infantilidade do menino Sandro Cortese na última volta quando Mattia Pasini o ultrapassou. Gente, quando você ultrapassa alguém e acaba abrindo muito a curva, o mínimo que se deve fazer é olhar para o lado de dentro da curva para ver se tem alguém ali... pois é, o elemento não olhou, bateu carenagem com carenagem, caiu, e o que poderia ser a pontuação de um 5º lugar não foi pontuação alguma. Jênio...

 

A corrida de Bristol da NASCAR deveria ter sido no sábado, mas a chuva fez com que fosse adiada para o domingo, e a prova teve como vencedor Kevin Harvick, que usou e abusou da sorte (ou do azar dos concorrentes...) para alcançar sua segunda vitória no ano. Foi seguido por Ricky Stenhouse Jr. em 2º lugar, Denny Hamlin em 3º, Austin Dillon em 4º (bela corrida do garoto) e fechando o Top-5 tivemos Chris Buescher. Seu Kurt Busch conseguiu fazer um “mini Big One” na segunda pista mais curta da categoria. Sempre acho que o talento deve ser reconhecido, nem que seja o talento para fazer bobagem.

 

Eu adoraria comentar a prova de Pocono da Indy, mas a chuva adiou a corrida para essa segunda-feira, então... não deu.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini