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Pra que somar se a gente pode dividir? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 15 June 2016 21:29

Caros amigos, eu voltava para casa no início da noite depois do trabalho e no para e anda do trânsito o melhor que tinha a fazer era relaxar com as músicas que tenho há anos no meu ipod. A última tarefa do dia seria fechar a coluna desta semana, que já estava praticamente pronta, carrega-la no site e enviar o texto para nosso correspondente no Ceará, o Jornalista Roberio Lessa publicar em seu site, o “Carros e Corridas”.

 

Uma das coisas que estava faltando para fechá-la era um título, mas este acabou vindo com a troca de uma letrinha numa música de Vinicius e Toquinho, que de algo belo e poético permitiu a este humilde e atrevido colunista mostrar toda a indignação do mundo com o egoísmo do senhor Bernie Ecclestone em sua linha de raciocínio e processos de gestão da Fórmula 1, que continua sofrendo com a queda de audiência nas televisões pelo mundo e redução de público nos autódromos.

 

Ano após ano – e há anos – a Formula One Management agenda o Grande Prêmio de Mônaco para o mesmo final de semana das 500 Milhas de Indianápolis, algo que inviabiliza a ida de pilotos da Fórmula 1 para correr na mítica prova do oval mais famoso do mundo, feito que Colin Chapman e sua Lotus, com Jim Clark ao volante, realizou na década de 60, quando levou seu conhecimento e a tecnologia da Fórmula 1 da época para mostrar o quanto eles estavam à frente do automobilismo local.

 

Com essa atitude, Bernie Ecclestone impediu que diversos pilotos pudessem ao menos tentar reeditar o feito e Jim Clark e de Graham Hill (no ano seguinte). Não satisfeito, o octogenário dirigente além de apontar seus canhões contra os americanos, atirou também nos franceses, promotores do Campeonato Mundial de Endurance e do Automobile Club d’Ouest, promotores da 24 Horas de Le Mans, que tem ganho visibilidade, importância e fãs ano a ano.

 

Neste final de semana, ao contrário do ano passado, um etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1, o Grande Prêmio da Europa, que será disputado pela primeira vez nas ruas de Baku, capital do Azerbaijão, acontece no mesmo final de semana das 24 Horas de Le Mans, corrida que muitos pilotos da Fórmula 1 já manifestaram ter o desejo de disputar, mas que por força do calendário não será possível, como aconteceu no ano passado, quando o alemão Nico Hulkemberg participou da disputa.

 

Honestamente, eu não consigo entender tal linha de raciocínio. Afinal, um vencedor de uma competição seria uma estrela, um atrativo a mais para a outra. Para a Fórmula 1, um vencedor nas 500 Milhas de Indianápolis ou nas 24 Horas de Le Mans seria uma afirmação de que seus pilotos são mesmo os melhores do mundo, capazes de vencer lá e em qualquer outra categoria... mas, aparentemente, Bernie Ecclestone não pensa assim.

 

O mais decepcionante nisso, pelo menos em relação ao Campeonato Mundial de Endurance, que é uma competição sob homologação da Federação Internacional de Automobilismo, diferente da Fórmula Indy, está numa aparente omissão da entidade em interferir e não permitir a coincidência de datas, permitindo que os pilotos da Fórmula 1 pudessem fazer parte da mais importante corrida de endurance do mundo. Logo a FIA, que tanto interfere em tantas outras coisas relativas à Formula 1.

 

Se na letra da música se questiona “pra que tomar se a gente pode dividir?” parece que a pergunta entre eles é: pra que somar se a gente pode dividir? E com isso perdem todos. Promotores, fãs e pilotos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva