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Um autódromo quase esquecido PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 11 June 2016 09:10

Olá amigos do Nobres do Grid.

 

Algo sem lógica acontece por essas bandas de cá do Brasil.

 

Até parece que a cabeça de algumas pessoas anda esquentando e embaralhando os pensamentos.

 

Mas antes de você, amigo leitor do Nobres do Grid continuar a ler essas linhas de lamento eu faço uma pergunta.

 

Se você tivesse um autorama em casa deixaria ele guardado para ir jogar no de outra pessoas a mais de três mil quilômetros de distância?

 

Pois bem. É mais ou menos isso que está acontecendo aqui no Ceará.

 

Após a transferência de uma equipe para integrar o certame paulista, nunca mais a categoria de protótipo se sustentou com um grid superior a 10 carros, e o pior, nem mesmo alinhou na pista cearense em 2015.

 

Se não bastasse essa ida de uma equipe com seis carros, pilotos e um outro número de mecânicos, os que ficaram aqui com os seus CTM e Spirit decidiram pagar caro pelo frete e embarcaram seus bólidos para São Paulo, deixando ao abandono o Autódromo Virgílio Távora.

 

Carente de reformas, o Autódromo Internacional Virgílio Távora sobrevive apesar do descaso do governo do estado, seu dono.

 

Não fossem os bravos guerreiros da categoria Marcas, 2015 teria passado sem nenhuma corrida e para este ano, os pilotos e os dirigentes da resistente categoria decidiram encarar com bravura esses tempos bicudos e já fecharam vários acordos para começar a temporada de 2016 no dia 10 de julho.

 

De acordo com Gerardo Aguiar Cristino, dirigente do Clube de Competições Automotivas (CCA), que organiza a competição, a decisão pela data foi tomada em conjunto com a Federação Cearense de Automobilismo (FCA) para que os competidores possam ter mais tempo de mobilizarem-se a fim de viabilizar financeiramente a competição.

 

 

Gerardo Aguiar Cristino, presidente do CCA (ao centro), um abnegado do auomobilismo cearense. 

 

Segundo me informou  Haroldo Scipião, presidente da FCA, a entidade busca apoio institucional para diminuir o valor das inscrições. O aporte, mesmo que seja conseguido após a realização da prova, será dado aos pilotos com a devolução integral do valor da inscrição. “Temos que nos unir nesse momento. O Ceará tem um bom autódromo, nossa pista tem um traçado admirado por pilotos de todo o Brasil, e a Federação entende que passamos um momento difícil na economia brasileira, e isso atinge o esporte, e com o automobilismo não é diferente. Fazer corrida tem custos, e eles precisam ser pagos. Por enquanto temos aí os pilotos de Marcas confirmados, mas sei que as outras categorias estão sendo sondadas. Espero que todos se unam e coloquem seus carros dia 10”, disse o dirigente.

 

Gerardo Cristino também mostra ânimo, e relata todo o esforço do grupo de Marcas para a realização do campeonato. Ele espera um ano competitivo e fala das novidades deste ano com relação ao regulamento. “As equipes discutiram exaustivamente o regulamento, quebrando arestas, deixando todos os carros com igualdade de motores. E a grande novidade: a caixa/relações serão as mesmas para todas as marcas, assim todos terão as mesmas condições de igualdade para brigar por um lugar no pódio.

 

 Os pilotos do Ceará sáo uma classe unida e disposta a fazer com que as corridas continuem acontecendo.

 

O Clube CCA veio com uma proposta nova de redução de custos. Administrativamente realizou duas mudanças pontuais no regulamento: 1°) Troca da marca dos pneus, no qual obteve redução de 12% no custo do pneu; 2°) Com a unificação das caixas e suas relações respectivas para cada fabricante, evitou assim que as equipes pesquisassem novos conjuntos de engrenagens , poupando tempo e principalmente dinheiro. Vai ser um grande ano, um ano de retomada, e espero que as outras categorias vejam se unir para fazer um Automobilismo Cearense mais forte”, afirmou Gerardo. 

 

Agora é esperar para ver se a movimentação inicial vai contagiar aqueles que estão com seus carros guardados na garagem aqui no Ceará, já que os que decidiram por São Paulo parecem inclinados a ficarem por lá.

 

Cada juiz com sua sentença, cada doido com sua mania, mas um pouco de união em torno do automobilismo da terrinha não ia ser ruim, afinal, até Nelson Piquet já veio correr aqui no Ceará e levou para Brasília um carro com DNA cearense, o Espron.

 

 O campeonato cearense de marcas e pilotos é o mais forte do nordeste, mesmo sem ter o apoio necessário.

 

E por falar em Espron, uma criação do engenheiro e projetista Pedro Virgínio Barbosa com Alexandre Romcy, como faz falta nosso querido Pedro (falecido em 13 de janeiro de 2012)!

 

Ainda hoje acho estranho entrar no Eusébio e não me deparar com o “Dr. Pedro”, como costumava chamá-lo. Sinto um imenso vazio, e sei que se ele estivesse ainda aqui seria o primeiro a buscar unir todos em defesa de nossa pista.

 

Até a próxima.

 

Grande abraço para todos.

 

Roberio Lessa